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Por que devo perdoar?
S. A. Z., via internet
R.: Caso você seja alguém que tenha o Senhor Jesus como seu Salvador, a principal razão é porque Ele mesmo assim determinou: Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe; e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe
(Lc 17.3,4). Todos nós conhecemos a oração que o Mestre ensinou, na qual o perdão dos nossos pecados está condicionado ao que concedemos a quem nos ofende (Mt 6.12). O Espírito Santo, usando o apóstolo Paulo, explicou esse princípio de maneira incontornável: Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo
(Ef 4.32).Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim
fazei vós também (Cl 3.12,13). Portanto, devemos perdoar porque fomos igualmente perdoados pelo Senhor. E nunca é demais lembrar as terríveis advertências que Ele fez acerca da recusa em relação ao perdão devido (Mt 6.14,15; 18.23-35).
A frase “há poder nas suas palavras” é uma afirmação bíblica?
D. C. X., sem identificação da cidade
R.: O que essa frase comunica é bíblico: A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto (Pv 18.21). Na verdade, Provérbios e Eclesiastes – os livros de sabedoria da Bíblia Sagrada – estão repletos de ensinamentos sobre o alcance e o devido uso de nossas palavras. É de enorme importância estudá-los, a fim de viver de modo sábio e construtivo, pois as palavras tanto vivificam quanto matam. Isso não significa que exista poder mágico no que falamos, mas implica na revelação do que há em nosso coração (Lc 6.45). Jesus deixou explícito o peso do que existe em nosso íntimo, o qual é revelado por aquilo que dizemos (Mc 7.14-23). Portanto, o cristão zeloso não falará nada que possa contaminar alguém; pelo contrário, usará suas palavras para edificar as pessoas ao seu redor (Ef 4.29). Em sua epístola, Tiago mostra como a maneira com que usamos nossas palavras no dia a dia afeta e revela nossa caminhada com o Senhor (Tg 1.26; 3.1-12). Assim, cabe a nós usarmos a língua para trazer à existência as promessas registradas na Palavra de Deus. É exatamente isso que denominamos “determinação”. Como este espaço é pequeno para explorar devidamente o tema, recomendo algumas obras publicadas pela Graça Editorial, como as de minha autoria, Sua saúde depende do que você fala e Curso Fé, assim como o livro de Billy Joe Daugherty, O poder de suas palavras.

Em 1 Coríntios, capítulo 11, versículos 4 e 5, o apóstolo Paulo diz: Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. O uso do véu é obrigatório para as mulheres nas igrejas?
Y. V. C., via internet
R.: Antes de entrar no mérito dessa questão, advirto: caso você seja membro de uma igreja que ensina o uso do véu pela mulher, sua obrigação é obedecer a seus líderes (1 Ts 5.12,13; Hb 7.7,17). Afinal, ainda que não seja obrigatório, usar o véu na igreja nunca será pecado, mas rebelar-se contra a liderança da igreja sim! (1 Sm 15.23). Em nossa igreja, não determinamos nem proibimos o uso do véu, por entendermos que, em Corinto, ele desempenhava um papel que, em nossa cultura atual, não tem mais o mesmo significado. Como a passagem bíblica afirma, o véu simbolizava que a mulher estava sob a autoridade de alguém — o marido, o pai, ou um parente masculino mais velho. E não se tratava do uso apenas no culto, mas também em todo lugar público, pois indicava que aquela mulher era honrada e de família. Tanto é assim, que os historiadores e comentaristas bíblicos são unânimes quando afirmam que apenas as sacerdotisas de Afrodite não usavam o véu, ao se prostituírem nos rituais de adoração à deusa do amor em Corinto. Assim, o véu era um símbolo de honra, recato e sujeição. Algumas irmãs daquela cidade, ao se converterem a Jesus, entenderam que, como o Salvador as libertara de toda sujeição, podiam dispensar o uso do véu. Porém, o apóstolo Paulo as advertiu do contrário, pois, por razões óbvias, se as cristãs dispensassem o véu, trariam enorme escândalo para o Evangelho naquele lugar. Em nossa cultura, há vários símbolos e outras posturas que denotam honra e recato e que devem ser usados zelosamente pelos seguidores de Cristo (1 Tm 2.8-10; 1 Pe 2.11; 3.7).
A Igreja pode se reunir hoje apenas nas casas, como era feito, desde o início, conforme descrito em Atos dos Apóstolos?
K. X. A., sem identificação da cidade
R.: Isso acontece atualmente, em vários lugares do mundo, onde o Evangelho de Jesus é proibido, e Seus seguidores são severamente perseguidos. Estes se reúnem secretamente, em grupos bem pequenos, para adorarem ao Senhor e se edificarem mutuamente pela Palavra de Deus, como nos primeiros séculos da Era Cristã. Entretanto, esta não é a realidade do nosso país, graças a Deus e à vigilância atenta dos irmãos eleitos para o Poder Legislativo. O que me incomoda um pouco em sua pergunta é o advérbio somente, como se a frequência a um templo fosse errada. Note que, em Jerusalém, os apóstolos se reuniam nas casas dos cristãos, mas também no templo, diariamente (At 2.42-47). Com a perseguição iniciada no martírio de Estêvão, os cristãos se espalharam pelo mundo, fazendo discípulos como o Senhor lhes ensinara (At 8.1-4ss). Os encontros de fé aconteciam onde era possível, e não apenas nas residências, tanto que Paulo ocupou uma escola em Éfeso, usando-a como templo por cerca de dois anos (At 19.9-10ss). Está totalmente equivocada a ideia de que a igreja estabelecida em templos é corrompida ou não bíblica. Os “desigrejados” estão em clara desobediência à Palavra de Deus (Hb 10.24,25).
A Igreja Evangélica ou um crente individualmente devem buscar reparação legal contra possíveis abusos cometidos por meio de declarações da imprensa ou de quaisquer pessoas que ajam para difamar, injuriar ou ofender os seguidores de Cristo?
O. T. R., via internet
R.: Buscar direitos não é buscar vingança, mas restabelecer o equilíbrio que foi injustamente rompido. O cristão não tem direito à vingança, pois Deus mesmo é seu vingador, mas tem à reparação justa e devidamente ajuizada nos termos da lei. Afinal, as autoridades civis foram constituídas por Deus para garantir a justiça e a ordem (Rm 13). O apóstolo Paulo, ao se entender prejudicado por causa das intrigas dos judeus e da corrupção do governante local, usou os direitos que tinha como cidadão romano e apelou para o tribunal de César (At 25). Portanto, não é errado o cristão ou a igreja usarem os direitos que a legislação prevê em sua defesa, desde que isso seja feito por um advogado zeloso, segundo o devido processo legal e observadas todas as prescrições bíblicas referentes aos inimigos humanos da fé (Rm 12.14-21).


