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Jornal das Boas-Novas – 252
01/07/2020
Carta Viva – 252
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Foto: Cassidy Rowell / Unsplash

NEM TUDO CONVÉM

Pais e especialistas ensinam como transmitir os valores bíblicos à nova geração

POR ANA CLEIDE PACHECO

Na essência da Palavra, estão princípios e verdades eternas, os quais devem ser passados de geração em geração. É o que declara Deuteronômio 6.2: Para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados. Mas o que esperar de uma sociedade em que os valores mudam de maneira constante, ao sabor dos ditames da mídia? Não raramente, os pais têm dificuldade para conviver com tantas novidades, e muitos deles nem sequer acompanham o desenvolvimento, a vida social ou escolar dos filhos devido à falta de tempo. Enquanto isso, as famílias são perseguidas por influências externas, que chegam pela TV e, principalmente, por meio da internet.  

A pedagoga Mary Lúcia Inácio, mãe de Maria Alice, de 17 anos, acredita que oração, amor e diálogo esclarecedor sejam essenciais para uma educação dentro dos preceitos bíblicos Foto: Arquivo pessoal

Que o diga a pedagoga Mary Lúcia Inácio, 44 anos, a qual experimenta os desafios de educar a filha adolescente Maria Alice, 17 anos, e transmitir-lhe as diretrizes cristãs. Ela acredita que oração, amor e diálogo esclarecedor sejam essenciais para uma educação dentro dos preceitos bíblicos. “Nossa sociedade vive de forma permissiva, algo totalmente contrário à Palavra”, resume. Mary atua na área da Educação há 20 anos. Portanto, tem visto, bem de perto, a luta de pais ao longo dessas últimas duas décadas. “Vários deles não conversam com os filhos, por diversos fatores, e isso não é aconselhável.” Em certas situações, comenta a pedagoga, é necessário os responsáveis darem uma atenção especial e agirem com (bastante) sabedoria. “Procuro explicar isso a eles. Afinal, educar é um ato de amor”, destaca Mary Inácio, membro da Assembleia de Deus Ministério Palavra Fiel de Austin, em Nova Iguaçu (RJ).

A vendedora Cícera Duarte Ferreira, 43 anos, é mãe de Robertt Bruno, 23, e Júlia Ellen, 20. Para ela, independentemente da fase em que estejam, um dos aspectos cruciais é saber impor limites. “Não podemos permitir que os filhos façam tudo o que querem. Isso é um desafio, pois temos de falar não o tempo todo. Louvo ao Senhor, pois tive a bênção de criar os meus no Evangelho.”

Membro da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) Funcionários 2, em João Pessoa (PB), ela ressalta que, no Nordeste, existe uma cultura forte com relação às festas juninas. “Quando meus filhos eram pequenos, vários amiguinhos iam a essas festividades e os convidavam. Meu marido e eu éramos firmes e indicávamos na Palavra o porquê de não poderem participar delas.” Entretanto, Cícera reconhece que nem sempre era fácil sustentar as proibições. “Às vezes, nós nos sentíamos culpados, porém Deus nos auxiliava. É primordial apontar a verdade desde a infância. Como está em Provérbios 22.6: Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele. Dessa forma, criaremos adultos sadios.”

A vendedora Cícera Duarte Ferreira, 43 anos, com os filhos Robertt Bruno, 23, e Júlia Ellen, 20: “Não podemos permitir que os filhos façam tudo o que querem. Isso é um desafio” Foto: Arquivo pessoal

A analista de vendas Damiana Duarte Pereira de Souza, 40 anos, está de acordo com Cícera Ferreira. “Mostro aos meus filhos o texto de 1 Coríntios 6.12a: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm”, relata Damiana, mãe de Bianka, 12 anos, e Davi Lorenzo, cinco, e membro da IIGD Funcionários 2, na capital paraibana. Há alguns meses, sua filha manifestou o desejo de namorar. “Por meio de uma conversa franca e com base nas Escrituras, expliquei que existe tempo para tudo. Ela entendeu, e percebi que, quando confiamos no Senhor, Ele cuida de todos os detalhes.”

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