Um pecado gravíssimo
09/12/2025
Um pecado gravíssimo
09/12/2025

COMPARTILHE

Pintura a óleo de Girolamo Romani (1485-1566): Mulher lavando os pés de Jesus durante jantar na casa de Simão, o fariseu – Foto: Renáta Sedmáková / Adobe Stock – Modificado por IA

VENCENDO DESAFIOS


Ao abrir as portas de sua casa para Jesus, Simão, o fariseu, fez mais do que oferecer um jantar: criou uma oportunidade para que as pessoas tivessem um verdadeiro encontro com o Salvador (Lucas 7.36-38), ouvissem a Sua Palavra e Lhe rendessem adoração. Naquele ambiente, uma mulher, conhecida por seus pecados, aproveitou a chance de se aproximar do Nazareno. Com lágrimas, lavou-Lhe os pés e os enxugou com os cabelos. Ali, ela recebeu perdão e teve a vida transformada (Lc 7.50).

No entanto, ao convidar o Filho de Deus para a ocasião, Simão não O honrou como era costume na época. Naquela cultura, recebia-se o visitante oferecendo água para lavar os pés — já que as sandálias eram abertas, e as ruas de terra deixavam os pés empoeirados. Havia também o hábito de dar um beijo de saudação e ungir a cabeça com azeite daquele que era recebido em sinal de respeito e hospitalidade. Entretanto, Simão não fez nada disso.

Assim também acontece com muitos que convidam o Salvador para entrar em sua vida: não O honram nem O adoram como Senhor. Para Simão, aquele jantar era apenas um evento social; para a mulher pecadora, porém, foi momento de salvação e restauração — uma oportunidade que ela aproveitou.

É impressionante que ela não tenha dito uma palavra sequer nem mesmo para pedir perdão. Contudo, sua atitude falou mais do que qualquer discurso, e, por isso, o bom Pastor lhe garantiu que seria lembrada para sempre (Mt 26.13). É certo dizer que Jesus não entrou verdadeiramente na casa de Simão, e sim no coração daquela mulher, que O recebeu com amor, humildade e fé genuína.

Ainda hoje, o Rei dos reis anseia encontrar pessoas e ser encontrado por elas. Um encontro verdadeiro com o Messias é um divisor de águas: sempre existe um antes e depois de conhecê-Lo. Para isso, é preciso abrir a porta do coração, pois Ele está à porta e bate (Ap 3.20), pronto para entrar, habitar e mudar a vida de quem O recebe, assim como a história da sua família (At 16.31).

Não veja um culto, uma pregação ou uma visita como algo comum. Cada encontro com Jesus é uma chance singular de transformação. Afinal, onde o Senhor está, tudo pode acontecer!

Pr. Rogério Postigo
Advogado e líder estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Minas Gerais


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *