Sociedade | Revista Graça/Show da Fé
Jornal das Boas-Novas – 252
01/07/2020
Carta Viva – 252
01/07/2020
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01/07/2020
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01/07/2020

O pedagogo Bruno Ahnert, 42 anos, acentua ser preciso balancear os momentos de agir com autoridade e abertura. “Converso com os pais e percebo a dificuldade de alguns sobre qual é a melhor forma de educar: sendo mais autoritário ou mais liberal. A resposta está no equilíbrio. Chamo isso de educação responsável.” 

O pedagogo Bruno Ahnert com a família: “Converso com os pais e percebo a dificuldade de alguns sobre qual é a melhor forma de educar: sendo mais autoritário ou mais liberal” Foto: Arquivo pessoal

É importante, ressalta Ahnert, dedicar tempo aos filhos, contando histórias, divertindo-se com eles e sendo firme quando necessário. “Como pais, podemos apresentar valores aos filhos nas brincadeiras, durante as refeições, em que paramos tudo, de fato, para ouvir como foi o dia deles, elogiando-os e os encorajando”, opina o pedagogo, membro da Igreja Batista Jardim Camburi, em Vitória (ES). Os pais, salienta Bruno, devem alcançar o coração dos filhos. “E isso só se consegue com boa vontade, disposição, tempo de qualidade e com a demonstração do amor de Deus, que habita em cada um de nós.”

Dilemas dos filhos – Outra questão relevante – no contexto das famílias cristãs – é o desenvolvimento da fé. A pedagoga Ana Beatriz Simião Ivo de Jesus, 29 anos,evidencia queos pequenos necessitam ter a própria experiência de salvação. “Caso a criança não seja levada pelos pais a construir sua vida com Deus, acabará reproduzindo mecanicamente os padrões fora dos de Cristo. Pode ser também que, em uma determinada hora, não aceite ou se rebele contra preceitos cristãos”, adverte a especialista, integrante da Assembleia de Deus em Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. O exemplo dos pais na caminhada de fé, pondera ela, também é primordial para a criança entender, na prática, os ensinamentos bíblicos. “Se o comportamento e as atitudes destoarem do que está sendo instruído, perderão a validade e a autoridade.”

A pedagoga Ana Beatriz Simião Ivo de Jesus: “Caso a criança não seja levada pelos pais a construir sua vida com Deus, acabará reproduzindo mecanicamente os padrões fora dos de Cristo” Foto: Arquivo pessoal

A teóloga e pedagoga Vanessa de Magalhães Gonçalves Silva, 37 anos, especialista em Neurociência, lembra que o desafio de criar filhos teve sua origem no Éden, quando o pecado entrou na história da humanidade. O primeiro casal, Adão e Eva, enfatiza ela, cuidou dos filhos em um mesmo contexto cultural e socioeconômico, contudo um deles se tornou um homicida (Gn 4.8). Depois, veio Noé, um homem justo e bom, um servo fiel de Deus. “Sua família foi poupada da destruição, no entanto um de seus filhos expôs a nudez do pai [Gn 9.22-23].”

Vanessa acrescenta que exemplos não faltam igualmente na família dos patriarcas, como a rivalidade entre Jacó e Esaú, iniciada no ventre da mãe (Gn 25.22). “A Bíblia está repleta de conflitos que sugerem, em sua maioria, a dificuldade dos pais em lidar com os dilemas de seus filhos desde a infância”, informa a pedagoga, membro da Igreja Missionária Evangélica Maranata de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ). 

A teóloga e pedagoga Vanessa de Magalhães Gonçalves Silva: “A Bíblia está repleta de conflitos que sugerem, em sua maioria, a dificuldade dos pais em lidar com os dilemas de seus filhos desde a infância” Foto: Arquivo pessoal

Magalhães crê que os tempos atuais apresentam seus impasses na criação dos filhos. Ao mesmo tempo, observa que existe uma tendência em culpar o momento, tirando dos pais a responsabilidade que lhes compete. “Falando com base na Palavra, mesmo diante das dificuldades impostas pelo período histórico, se os pais estiverem dispostos a ser submissos e obedientes ao Senhor, serão cheios da virtude do Espírito Santo. Assim, serão capacitados a pensar e a agir segundo a vontade divina, e não conforme a sociedade impõe”, argumenta a profissional, realçando que essa mudança de atitude não os impedirá de cometer erros, mas afastará a negligência ou a omissão deles. 


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