Vida cristã | Revista Graça/Show da Fé
Palavra dos Patrocinadores – 253
01/08/2020
Novela da Vida Real – 253
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Foto: Ben White / Unsplash

ALCANÇANDO BENÇÃOS

A fim de ter suas orações atendidas, o filho de Deus precisa saber orar biblicamente

Por Patrícia Scott

A oração é uma prática imprescindível à vida do cristão. Por meio desse momento de intimidade com Deus, ele coloca diante do Pai suas petições e aguarda a resposta do Eterno. Contudo, há circunstâncias que podem impedir o fiel de receber aquilo que espera do Senhor.

Entendendo a significância do tema, o pastor e conferencista norte-americano Kenneth E. Hagin (1917-2003) defendeu, em seu livro Orando para obter resultados (Graça Editorial), a importância da obediência aos princípios bíblicos para orarmos de maneira eficaz. Segundo ele, a não observância desses fatores pode fazer com que o crente não alcance a tão almejada bênção. Não use o condicional se ao orar para receber algo ou para mudar uma situação adversa. Esse é um costume errado que não obtém os resultados esperados. Cristo somente incluiu a partícula se na oração de consagração e dedicação [no jardim do Getsêmani], aconselha o autor, logo no primeiro capítulo da obra. 

O livro Orando para obter resultados (Graça Editorial), escrito pelo pastor e conferencista norte-americano 

Kenneth E. Hagin

De acordo com Kenneth E. Hagin, o cristão que crê – de fato – no poder do Altíssimonão deve usar a expressão se for a Sua vontade, quando estiver enfrentando circunstâncias desfavoráveis. O Senhor já nos prometeu em Sua Palavra que quer suprir as nossas necessidades. Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis (Mc 11.24). Percebemos, portanto, que Deus deseja suprir todas as nossas necessidades – espirituais, físicas e materiais, escreveu ele. 

Pr. Paulo Cesar Sabino, líder estadual da IIGD em Minas Gerais: “Deus quer algo espontâneo. Devemos orar nos expressando conforme nosso estado de espírito, não usando frases prontas”
Foto: Arquivo pessoal

O pensamento de Hagin é reafirmado pelo Pr. Paulo Cesar Sabino, líder estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Minas Gerais. Ele defende que é preciso acreditar na bênção antes mesmo de tê-la recebido e evidencia o texto bíblico de Lucas 17.13,14, em que é relatada a cura de dez leprosos: E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.“Eles só foram abençoados, porque creram primeiro no que o Senhor falou. Então, veio a cura”, explica Sabino.

O pastor lembra que Jesus enfatizou a relevância de saber orar corretamente, ao ensinar a oração do Pai-nosso (Mt 6.9-13). Ele ressalta que os versos anteriores complementam essa passagem: Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos (Mt 6.6,7). “Deus quer algo espontâneo. Devemos orar nos expressando conforme nosso estado de espírito, não usando frases prontas.”

A esteticista e depiladora Monique Mello Rocha, que, sem dinheiro, construiu seu espaço de beleza: “Temos de provocar o milagre. Para isso, precisamos nos levantar e lançar mão do que temos à nossa disposição”
Foto: Arquivo pessoal

Muitas vezes, acentua Sabino, é necessário que o cristão tenha discernimento para saber como orar. Para exemplificar, ele se recorda de uma interessante experiência pessoal de quando ainda era solteiro. Ao conversar com seu pastor, percebeu que estava clamando equivocadamente acerca de achar alguém para se casar. “Pedia ao Senhor que preparasse uma esposa para mim. No entanto, eu deveria me preparar para receber a esposa que Ele já havia preparado.” Quando mudou a forma de orar, logo a vitória chegou: Cristina Bastos de Souza Sabino, com quem o pregador está casado há 18 anos. 

Oração respondida – A esteticista e depiladora Monique Mello Rocha, 38 anos, frisa que existem pontos a serem observados quando se busca o Senhor em oração. Por exemplo, procurar viver de maneira íntegra com Ele e ter os motivos certos para fazer-Lhe uma petição. Monique concluiu isso depois de algumas experiências negativas nessa área. “Ao perceber que estava fazendo errado, mudei a minha forma de orar. Então, as respostas foram chegando”, compartilha, mencionando Tiago 4.3 (Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites).

A consultora de vendas Luciana Francisca da Silva, que mudou o jeito de orar na IIGD em Monsenhor Paulo (MG): “Aprendi que deveria ter autoridade para determinar a minha conquista”
Foto: Arquivo pessoal

A esteticista acredita que, além de compreender como orar, o cristão deve ser perseverante. Foi assim que ela se tornou dona do próprio negócio. Membro da Igreja do Evangelho Quadrangular no bairro Santa Eugênia, em Nilópolis (RJ), cidade da Baixada Fluminense, a profissional tem como motivador o versículo de 1 Tessalonicenses 5.17 (Orai sem cessar). “O mal do cristão é começar a pedir hoje e querer a resposta amanhã”, critica.

A edificação de seu espaço de beleza foi um evento marcante: sem dinheiro, ela literalmente “pôs a mão na massa” para que a obra fosse concluída. Monique salienta que, assim como aconteceu com Neemias durante a reconstrução dos muros de Jerusalém, algumas pessoas apareceram para desmotivá-la, dizendo que ela não finalizaria a construção. Mas ela se firmou nas palavras do profeta: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer (Ne 6.3b). “Temos de provocar o milagre. Para isso, precisamos nos levantar e lançar mão do que temos à nossa disposição.”

Foto: Ben White / Unsplash

Na vida da consultora de vendas Luciana Francisca da Silva, 36 anos, o caminho foi diferente. Durante boa parte de sua trajetória cristã, ela afirma nunca ter sido instruída corretamente acerca da oração. Isso mudou depois que conheceu a IIGD em Monsenhor Paulo (MG), há quatro anos. Ela sempre pedia a Deus que a libertasse da depressão e do desejo suicida, entretanto nada mudava. “Foi na Igreja da Graça que aprendi que deveria ter autoridade para determinar a minha conquista.”

Com base em sua experiência, Luciana entende que, por não aprenderem a orar corretamente, muitos cristãos acabam não alcançando as bênçãos reservadas pelo Senhor a Seus filhos. “Se eu tivesse sido orientada desde o início da minha caminhada cristã, teria obtido muito mais vitórias”, observa a consultora. Para ela, a oração é essencial na vida dos servos de Deus e deve ser feita com muita sinceridade. 

Elementos essenciais –Sem fé, nada acontece”, registra o Pr. Dayvid Barbosa de Oliveira, líder da IIGD no bairro Dirceu, em Teresina (PI). “Deixando a dúvida de lado, devemos chamar à existência aquilo que buscamos e perseverar”, assevera ele, citando a passagem de Romanos 4.17, na qual o apóstolo Paulo informa que Deus chama as coisas que não são como se já fossem. 

O pastor, no início de sua caminhada cristã, também percebeu que orava erradamente. Esse esclarecimento só veio depois que leu o livro Como tomar posse da bênção, do Missionário R. R. Soares (publicado pela Graça Editorial). Antes, ele agia como se mendigasse uma dádiva de Deus. A partir dessa leitura, o líder aprendeu a orar. “Com essa mudança, consegui me livrar de todos os males que enfrentava, dando continuidade ao meu crescimento espiritual.”

Pr. Dayvid Barbosa de Oliveira, líder da IIGD no bairro Dirceu, em Teresina (PI): “Deixando a dúvida de lado, devemos chamar à existência aquilo que buscamos e perseverar”
Foto: Arquivo pessoal

Por sua vez, o Pr. Octávio Costa Flores, líder da Igreja da Graça em Timóteo (MG), destaca que a não observância de certos detalhes para uma oração eficaz pode levar o crente a orar em vão. “Por não prestar atenção nesses pontos, alguns irmãos não têm visto os resultados de suas petições.” Flores cita o momento em que, perseguido por Jezabel, Elias pediu a Deus que lhe tirasse a vida, mas o Senhor não o atendeu. “A emoção do profeta, levado pelo medo, fez com que agisse precipitadamente.” Segundo o pastor, os crentes de hoje podem cometer o mesmo erro. 

O líder relata que, há quase cinco anos, teve uma experiência marcante: um homem e uma mulher entraram na Igreja desesperados, pois a filha deles, de apenas três anos, havia sofrido um grave acidente. A criança estava mal e teve de ser transportada às pressas, de avião, para um grande hospital. O pastor orientou os dois que retirassem qualquer pensamento de morte ou dúvida do coração e confiasse no Senhor das causas impossíveis. “Orei por eles e depois coloquei toda a Igreja em um clamor.” Ademais, ele foi ver a pequenina para declarar a sua cura. “Depois do período de internação, a menina recebeu alta, e está recuperada, sem sequelas.” 

Na opinião de Flores, para a oração ser respondida, o cristão jamais deve ter a fé dividida entre dois pensamentos. Para o líder, o evangelho de Mateus mostra isso quando Pedro, depois de andar sobre as águas, confiante no Mestre, começa a submergir: […] E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste? (Mt 14.29-31). Na visão do pregador, sendo realizada de modo correto, a oração apresenta resultados, conforme declara Tiago 5.16: […] feita por um justo pode muito em seus efeitos

Testemunho nos cultos – O Pr. Fernando Ferreira de Albuquerque, líder estadual da Igreja da Graça no Paraná, sublinha que lembrar-se sempre de que Jesus é o Mediador entre Deus e o homem é fundamental para alguém obter uma resposta positiva na oração. “Tudo deve ser feito em Nome dEle. Agir diferente faz a oração não ter resposta. Infelizmente, muitas pessoas amargam essa triste experiência.”

O Pr. Octávio Costa Flores, líder da Igreja da Graça em Timóteo (MG), destaca que a não observância de certos detalhes para uma oração eficaz pode levar o crente a orar em vão.
Foto: Arquivo pessoal

Albuquerque aconselha também que os servos do Senhor conversem e falem sobre as orações respondidas para que ajudem uns aos outros a aprender mais sobre o tema. Seu conselho, aliás, é uma prática comum na IIGD, quando os cristãos dão testemunhos nas reuniões e nos programas apresentados na televisão pelo Missionário R. R. Soares, tal como acontece no quadro Novela da Vida Real do Show da Fé.

Ao longo da caminhada ministerial, o líder conta ter presenciado inúmeros depoimentos de bênçãos e tem visto o mover de Deus em sua vida. Um dos momentos memoráveis foi a reconciliação de seus pais, os quais estiveram divorciados por 25 anos. “Depois desse longo tempo de separação, os dois se perdoaram e se casaram novamente.”

Citando Lucas 9.55-58 (Voltando-se, porém, repreendeu-os e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia. E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça), o pastor lembra que a vontade do Senhor é soberana, por isso Jesus repreendeu Seus discípulos para mostrar que aquilo que estava no coração deles não era de Seu agrado. “Deus nunca agirá contrariando a Sua Palavra”, conclui Albuquerque, reiterando a ideia defendida por Kenneth E. Hagin no livro citado no início desta reportagem: a obediência aos princípios bíblicos é a chave para uma oração eficaz. 


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