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Teste indolor

Foto: ZAY WIN HTAI / Adobe Stock


Um dispositivo minúsculo pode revolucionar o diagnóstico do câncer de boca (foto). Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), criaram um protótipo de biossensor que detecta sinais de metástase pela saliva. O método, que pode substituir a realização de exames invasivos, permite indicar tratamentos mais precisos, evitando cirurgias desnecessárias. O aparelho identifica três proteínas ligadas à disseminação do tumor — LTA4H, CSTB e COL6A1 — por meio da espectroscopia de impedância eletroquímica [método pelo qual é feita análise de composição corporal, a detecção de biomoléculas (como bactérias ou anticorpos) e o desenvolvimento de biossensores para diagnóstico de doenças]. Essa técnica analisa o comportamento das moléculas ao interagirem com sensores e anticorpos específicos que “capturam” as proteínas-alvo com alta precisão. Coordenado por Adriana Franco Paes Leme, do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio/CNPEM), o projeto – que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – foi desenvolvido para ser de baixo custo e fácil uso em consultórios e no Sistema Único de Saúde (SUS). Além de indolor, o teste usa inteligência artificial para interpretar os resultados. O protótipo conseguiu identificar até 76% dos casos de metástase com base no perfil salivar, com destaque para o marcador LTA4H. Em até três anos, o exame deve ser lançado como um kit portátil para hospitais, clínicas e programas públicos de rastreamento. (Patrícia Scott com informações de Agência FAPESP)


Chiclete de feijão

Foto: Picture Partners / Adobe Stock


Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (EUA), em parceria com cientistas da Finlândia, desenvolveram uma goma de mascar feita a partir do feijão-mangalô (Lablab purpureus), que pode se tornar uma nova arma contra quatro tipos de vírus que afetam milhões de pessoas todos os anos. Publicado na revista Molecular Therapy, o estudo avaliou a capacidade de o chiclete bloquear dois tipos de herpes (HSV-1 e HSV-2) e duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2), oferecendo uma alternativa de tratamento, visto que não há vacina para herpes e há baixa imunização contra a gripe em várias regiões do planeta. Segundo os estudiosos, o efeito antiviral vem da proteína FRIL, presente no feijão-mangalô (também chamado de feijão-jacinto). Pertencente ao grupo das lectinas, essa proteína impede que os vírus se liguem às células humanas. Nos testes, uma pastilha de 2 g contendo 40 mg da proteína reduziu a carga viral em mais de 95% na boca e garganta, mantendo a atividade mesmo sob mastigação. Seguindo normas da Food and Drugs Administration (FDA, a sigla em inglês), agência reguladora de fármacos e alimentos dos Estados Unidos, a liberação da FRIL foi validada em simulador de mastigação, mostrando que mais da metade da proteína permanecia ativa até 15 minutos sem toxicidade. O estudo amplia pesquisas anteriores desse grupo de cientistas, os quais comprovaram a redução do SARS-CoV-2 na saliva. Agora, eles avaliam usar esse mesmo tipo de feijão (foto) para combater a gripe aviária H5N1, que causou milhões de mortes de aves e infectou humanos na América do Norte, com potencial para reduzir impactos econômicos e sanitários globalmente. (Patrícia Scott com informações de IG)


Doença silenciosa

Foto: Divulgação – modificada por IA

Cinco minutos com a Dra. Camila Sampaio

Por Patrícia Scott

No Brasil, estima-se que mais de 10 milhões de mulheres sofram de lipedema – frequentemente subdiagnosticado ou confundido com obesidade ou celulite. Em 2019, a condição foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em 2022, entrou na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Nesta entrevista à Graça/Show da Fé, a dermatologista Camila Sampaio detalha aspectos clínicos da enfermidade.

O que é o lipedema?

É uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo anormal e doloroso de gordura, principalmente nas pernas e nos braços. Diferentemente da obesidade, essa gordura não melhora com dieta nem com atividade física e tem um componente inflamatório.

O lipedema tem cura?

Atualmente não. O foco do tratamento é o controle da doença e a melhora da qualidade de vida.

Em que o lipedema difere da obesidade e da retenção de líquidos?

Na obesidade, a gordura está distribuída por todo o corpo. Já no lipedema, o acúmulo é localizado — geralmente nos membros inferiores e superiores — e vem acompanhado de dor e inflamação. A retenção de líquidos, por outro lado, envolve apenas o acúmulo de água nos tecidos, sem relação com a gordura doente.

Quais são os principais sinais e sintomas do lipedema?

Desproporção entre pernas e braços em relação ao tronco,dor e sensibilidade aumentada ao toque,tendência a formar hematomas com facilidade,dificuldade de perder volume nas áreas afetadas, mesmo com dieta e exercícios,e sensação de peso e cansaço nas pernas.

Qual é a importância do diagnóstico precoce?

Quanto mais cedo a paciente descobre o lipedema, mais rapidamente ela inicia o tratamento adequado, o que ajuda a controlar os sintomas, evitar complicações (como dor crônica e limitação de mobilidade) e preservar a autoestima.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, com base na avaliação física e no histórico da paciente. Exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética, podem ser úteis, embora não sejam indispensáveis.

Em que consiste o tratamento do lipedema?

Dieta anti-inflamatória, atividade física de baixo impacto, drenagem linfática manual e uso de meias de compressão. Em alguns casos, pode ser indicada uma lipoaspiração específica para lipedema, que ajuda a reduzir os sintomas e retardar a progressão da doença.


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