O louvor que espera Deus em Sião

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Um dos grandes acontecimentos na trajetória do rei Davi foi ter sido usado como profeta. Nos Salmos escritos por ele, vemos quanto o Senhor lhe revelou sobre o futuro de Israel e da Igreja. O Salmo 65 mostra que o Espírito de Deus estava sobre ele, tendo sido ungido para cumprir a missão divina não só como guerreiro exemplar, mas também como servo fiel.

O LOUVOR ESPERA POR DEUS – Em uma das batalhas de Davi, o Altíssimo lhe disse que estaria ao seu lado. Então, ele fez um voto ao Senhor com base nessa promessa, dizendo: A ti, ó Deus, espera o louvor em Sião, e a ti se pagará o voto (Sl 65.1). Davi garantiu ao Onipotente que prepararia uma festa em Sião – por esse nome era conhecida a colina de Jerusalém, onde estava a sua fortaleza –, na qual ele cumpriria a sua palavra. Dizer que fará algo para o Senhor é muito sério. Ore e sinta o que deve realizar, pois tudo precisa vir de Deus e retornar para Ele. É necessário que o voto seja algo bom e perfeito: E, quando alguém oferecer sacrifício pacífico ao SENHOR, separando das vacas ou das ovelhas um voto ou oferta voluntária, sem mancha será, para que seja aceito; nenhum defeito haverá nele (Lv 22.21).

Conhecendo a vontade de Deus, o cristão levanta um clamor que Ele ouve – a oração da fé, a devolução ao Senhor da revelação obtida na Palavra. Agora, fazer isso sem fé é perda de tempo

DEUS OUVE ORAÇÕES – Ó tu que ouves as orações! A ti virá toda a carne (Sl 65.2). Não importa quantos tipos de oração você faça; é preciso ter a direção celestial. O apóstolo Paulo recomenda que oremos sem cessar (1 Ts 5.17). Conhecendo a vontade de Deus, o cristão levanta um clamor que Ele ouve – a oração da fé, a devolução ao Senhor da revelação obtida na Palavra. Agora, fazer isso sem fé é perda de tempo: Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6).

Quando o Senhor responder a você, aos seus familiares e amigos, as pessoas ao seu redor que tiverem conhecimento disso também se voltarão para Ele. A palavra carne, no versículo 2 do Salmo 65, significa quem foi quebrantado pelo Espírito de Deus.

Habitar na entrada da casa de Deus, tendo Seus armazéns disponíveis para suprir suas necessidades, é uma tremenda bênção. Ele o quer satisfeito, desfrutando da bondade do Seu santo templo

PREVALECEM AS INIQUIDADES – Prevalecem as iniquidades contra mim; mas tu perdoas as nossas transgressões (Sl 65.3). Quem está sendo usado pelo Criador deve ficar alerta, porque o inimigo fará as pessoas ofendê-lo e dizer impropérios, que só mesmo o diabo poderia inventar. Entretanto, nunca amaldiçoe o ofensor, pois isso daria às forças das trevas entrada na vida dele. O Senhor sabe como proceder com quem é útil nas mãos de Satanás. Em todo momento, continue sendo servo!

OS AMADOS – Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos satisfeitos da bondade da tua casa e do teu santo templo (v. 4). Ser alvo da escolha de Deus é um privilégio. As pessoas precisam se aproximar dEle. Andando com o Senhor, em qualquer prova, você será ouvido. Habitar na entrada da casa de Deus, tendo Seus armazéns disponíveis para suprir suas necessidades, é uma tremenda bênção. Ele o quer satisfeito, desfrutando da bondade do Seu santo templo.

Quando cumprimos os mandamentos, resistimos às tentações e assumimos as promessas reveladas a nós, o Senhor nos atende. Afinal, Ele é o Deus da nossa salvação e a esperança de todos os habitantes da Terra

COMO OBTEMOS RESPOSTA – Com coisas tremendas de justiça nos responderás, ó Deus da nossa salvação; tu és a esperança de todas as extremidades da terra e daqueles que estão longe sobre o mar (v. 5). Quando cumprimos os mandamentos, resistimos às tentações e assumimos as promessas reveladas a nós, o Senhor nos atende. Afinal, Ele é o Deus da nossa salvação e a esperança de todos os habitantes da Terra. Porém, Seu amor somente se torna efetivo quando também O amamos (Jo 14.21).

VESTIDO COM PODER – O que pela sua força consolida os montes, cingido de fortaleza (Sl 65.6). Em cada geração, muitos aparecem pelo mundo afora com certos propósitos, mas nem todos são doutrinadores e benfeitores. O Senhor fez o bem aos povos, estabelecendo pessoas segundo a boa intenção do coração delas, e elas ficaram resistentes nas suas obras como montes inabaláveis.

O TRANQUILIZADOR DE AMEAÇAS – O que aplaca o ruído dos mares, o ruído das suas ondas e o tumulto das nações (v. 7). Se não fosse a atuação decisiva de Deus, várias nações teriam sido destruídas pelas atitudes de líderes fracos de caráter ou cheios de ambição. No entanto, quando o objetivo é repulsivo, o Senhor age. Os povos entram em pânico ao tomarem conhecimento de determinados fatos. Mas o nosso Pai nos tranquiliza, dando-nos a paz!

TEMEM OS SINAIS – E os que habitam nos confins da terra temem os teus sinais; tu fazes alegres as saídas da manhã e da tarde (v. 8). Os mais distantes no entendimento da Verdade, quando veem situações horríveis ocorrendo, dizem que isso é obra de Deus. Por outro lado, mesmo não conhecendo o Senhor, eles vivem tranquilamente. O nascer e o pôr do sol deles são iguais aos nossos, e todos sentem alegrias pelas boas coisas que lhes sucedem. Temos de lhes ensinar a Verdade, única maneira de garantir-lhes um futuro eterno de paz ao lado do Criador.

A VISITA DE DEUS – Tu visitas a terra e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe dás o trigo, quando assim a tens preparada (v. 9). A Terra da Promessa para nós é o entendimento da vontade e o poder do Senhor para executar as mesmas obras de Jesus. Entretanto, por vezes, enchemo-nos de perplexidade e confusão. Se estamos longe de Deus, o inimigo nos ataca, dizendo que o Onipotente não cuida de nós. No entanto, isso é mentira, porque Deus nos visita em Sua Palavra e nos momentos de oração para nos dar o refrigério. Ele enriquece a nossa terra com o Seu rio de poder. Nesse afluente, há sempre revelações que nos erguem e nos sustentam. Se entrarmos em comunhão perfeita com o Pai, receberemos o trigo – o alimento celestial –, quando a nossa “terra” estiver preparada.

COMO NA NATUREZA – Tu enches de água os seus sulcos, regulando a sua altura; tu a amoleces com a muita chuva; tu abençoas as suas novidades (v. 10). Nada nos acontece por acaso, e sim com um propósito divino, a fim de termos boa produção (Rm 8.28). As cicatrizes da nossa alma são sulcos que a Palavra encherá com a Água de Jesus. Os desníveis da nossa fé serão nivelados na estatura do Filho de Deus, e os torrões formados em nosso espírito serão amolecidos por essa Água (Jo 4.13,14). Resultado: o Pai abençoará as nossas novidades. Jesus disse que o Pai é o Agricultor que cuida da planta, para ela produzir a 30, 60 e a 100 por um (Jo 15.1-5; Mt 13.23). Cristo veio nos dar vida com abundância (Jo 10.10b).

O ANO DA BONDADE DIVINA – Tu coroas o ano da tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura (Sl 65.11). O Ano do Jubileu foi instituído pelo Senhor para ser uma bênção em Canaã. Na ocasião, os escravos eram libertos; as terras, devolvidas aos seus donos originais, e as dívidas, perdoadas. O tocar da trombeta era o sinal da chegada do ano da liberdade. Isso era lei para os judeus, conforme está em Levítico 25.9-55. Quando Jesus morreu no Calvário, a humanidade entrou no Ano do Jubileu, para que não houvesse escravos ou pobres no Reino dos Céus, pois os salvos estão sob a lei da liberdade (Tg 1.25).

Ele enriquece a nossa terra com o Seu rio de poder. Nesse afluente, há sempre revelações que nos erguem e nos sustentam. Se entrarmos em comunhão perfeita com o Pai, receberemos o trigo – o alimento celestial –, quando a nossa “terra” estiver preparada

As revelações da Palavra são veredas divinas para vivermos livres de qualquer influência maligna. Elas destilam o óleo da unção tão necessária para seguirmos a vontade do Pai. A Bíblia fala da nossa liberdade: Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão (Gl 5.1). 

NÃO FUJA DO DESERTO – Destilam sobre os pastos do deserto, e os outeiros cingem-se de alegria (Sl 65.12). Muitas vezes, assim como ocorreu com Jesus, somos levados a um lugar ermo e, ali, permanecemos durante algum tempo. Os israelitas passaram 40 anos pelo deserto, com a finalidade de serem preparados pelo Todo-Poderoso e levarem a efeito os planos divinos. A unção do Alto é destilada nos pastos do deserto, onde Deus coloca uma mesa na presença dos nossos inimigos, para comermos e nos fortificarmos (Sl 23.5). Lá, somos vestidos da alegria do Senhor, que é a nossa Força (Ne 8.10).

O RESULTADO – Os campos cobrem-se de rebanhos, e os vales vestem-se de trigo; por isso, eles se regozijam e cantam (Sl 65.13). O mundo é um enorme campo missionário, onde há milhões de perdidos, caminhando a passos largos rumo à desolação eterna. As pessoas não se abalam com o fato de que as advertências do Senhor são reais. Elas vivem como se não fosse existir o Dia do Julgamento, no qual todos responderão pela suas obras (Ap 20.11-15). Mas, estando no deserto por um período, conseguiremos criar o maior despertamento espiritual no planeta, e os campos se cobrirão de obreiros santos do Altíssimo. Além disso, os vales se vestirão de trigo, o alimento certo que nos fortalece para aniquilarmos as obras do diabo (1 Jo 3.10b).

Assim como os israelitas cantavam de alegria e louvavam a Deus por tal fartura, o Todo-Poderoso nos presenteará com louvores eternos, os quais ofereceremos a Ele e ao Cordeiro, que nos comprou, lavou-nos de nossos pecados e nos fez reis e sacerdotes (Ap 1.5b). Como Davi, podemos declarar: A ti, ó Deus, espera o louvor em Sião, e a ti se pagará o voto (Sl 65.1). Ora vem Senhor Jesus!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares

O seu pastor da TV

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