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Foto: Amna Akram / Unsplash

Distúrbio gástrico

Ao comer exageradamente, é comum a pessoa ter aquela sensação de queimação na garganta causada pelo retorno do conteúdo estomacal: é o refluxo gastroesofágico. Quando isso acontece pontualmente, não há com o que se preocupar, mas, se o problema é recorrente, pode ser a Doença do Refluxo Gastroesfágico (DRGE). Trata-se do mais comum entre os distúrbios gástricos e acomete 20% da população mundial, especialmente homens. Diversos fatores podem prejudicar o funcionamento da barreira que separa o estômago do esôfago, permitindo a passagem do líquido ácido do primeiro para o segundo: obesidade, hábitos alimentares inadequados, tabagismo, consumo de álcool e estresse.

O tratamento, a critério médico, pode envolver medicamentos e até cirurgia. Além disso, são necessárias mudanças no estilo de vida, tais como dar preferência ao consumo de alimentos naturais; comer porções pequenas várias vezes ao dia; evitar líquidos durante as refeições; mastigar bem os alimentos; comer três ou quatro horas antes de deitar-se. Outra dica importante é elevar o colchão na parte da cabeceira e, assim, formar um ângulo de 45 graus para ajudar a diminuir o refluxo noturno. (Élidi Miranda, com informações de Viva Bem e Tua Saúde)

Foto: Huzeyfe Turan / Unsplash

Fruto à mesa

Bastante utilizado na culinária brasileira, o tomate – fruto lembrado por conferir uma cor bonita a pratos quentes e saladas – é uma grande fonte de benefícios à saúde. Entre outros nutrientes, é rico em vitamina C e licopeno, duas substâncias que ajudam a fortalecer as defesas do organismo por causa de sua ação antioxidante. Ou seja, são capazes de combater os radicais livres, os quais, quando são produzidos em excesso (pelo tabagismo ou por maus hábitos alimentares), prejudicam o funcionamento de diversas células do corpo. 

Dessa forma, consumir tomate evita o envelhecimento precoce e previne disfunções, como o mal de Alzheimer, e até alguns tipos de câncer, como o de próstata. As duas substâncias também ajudam no transporte de oxigênio e melhoram o fluxo sanguíneo, colaborando para a prevenção de doenças cardiovasculares. Quanto mais vermelho o tomate, maior a concentração do licopeno, o qual é melhor aproveitado pelo organismo ao ser consumido cozido, na forma de molho, por exemplo. (Élidi Miranda, com informações de Conquiste sua vida)

Não é preguiça

Foto: Divulgação

Cinco minutos com o Dr. Marco Abud

POR ÉLIDI MIRANDA

Muito associado à infância, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser um problema também na fase adulta. O TDAH nessa etapa da vida foi oficialmente reconhecido em 1980 pela Associação Psiquiátrica Americana. Desde então, inúmeros estudiosos têm se ocupado em demonstrar as manifestações do transtorno após os 18 anos. É uma fase em que o problema pode estar associado a outras questões de saúde mental, como depressão, ansiedade e abuso de drogas. Nesta entrevista, o psiquiatra Marco Abud explica como o TDAH se manifesta em adultos. 

Quais são os principais sintomas do TDAH na fase adulta?

A pessoa tem dificuldade de organizar e planejar as atividades do dia a dia. Por exemplo: determinar qual é mais importante e o que pode ser deixado para depois. Em consequência, sente-se sob estresse quando se vê sobrecarregada. Ela precisa de constantes lembretes sobre o que tem para fazer e é comum deixar uma tarefa pela metade e começar outra.  

É possível que o problema não apareça na infância e só surja na vida adulta?

Para diagnóstico em adultos, é obrigatório demonstrar que o transtorno esteve presente desde criança, antes dos 12 anos. Porém, nem sempre esse diagnóstico é feito na infância. Se a criança tem somente sintomas de desatenção (não é hiperativa nem impulsiva) e tem um alto nível de inteligência, pode “compensar” as dificuldades atencionais e não ter prejuízos acadêmicos, apesar de já apresentar problemas em outras áreas, como organização, execução de trabalhos, perda de objetos e esquecimentos.

Que estigmas e preconceitos o adulto portador de TDAH tem de enfrentar? 

Em nossa sociedade, os indivíduos com o transtorno são vistos, de alguma forma, como “defeituosos”, apesar de haver amplas evidências sugerindo que eles podem ser tão competentes em todas as esferas quanto os que não possuem o diagnóstico. Um dos motivos ainda está, infelizmente, no fato de muitos não acreditarem que o TDAH seja uma condição médica verdadeira, apesar do gigantesco número de pesquisas e consenso sobre o quadro. Eles veem o problema como uma desculpa para desleixo ou preguiça. 

 

Existe relação entre TDAH na vida adulta e abuso de álcool e drogas?

Vários estudos mostraram uma forte conexão entre TDAH e o uso abusivo de álcool e drogas. O TDAH é cinco a dez vezes mais comum entre pessoas com uso problemático de álcool. Cerca de um em cada quatro adultos que fazem tratamento para abuso de substâncias possuem TDAH. Isso está bastante relacionado aos sintomas de impulsividade, que fazem quem possui esse diagnóstico se envolver facilmente com atividades geradoras de prazer ou alívio imediato. O tratamento para TDAH reduz dramaticamente o risco de abuso de substâncias.

Em que consiste o tratamento de TDAH?

O tratamento mais indicado para o TDAH em adultos envolve uma combinação de medicamentos, educação sobre o quadro, treinamento de habilidades e psicoterapia. A combinação de estratégias medicamentosas e não medicamentosas, em geral, é a abordagem mais eficaz.

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