Na prateleira – 295
29/02/2024Teologia
26/03/2024Sou filho de pastor e tenho um chamado para dar continuidade ao ministério do meu pai. Hoje, sou presidente da igreja, mas não concordo com algumas decisões e atitudes que ele tem tomado ultimamente. Parece que seus propósitos estão mudando. O que devo fazer?
P. B. C., via internet
R.: Se a sua chamada for autêntica e tiver como alvo a substituição do seu pai na liderança do ministério, em vez de um pastorado comum, não haverá problema nem conflito, pois o Senhor Se encarregará de fazer a transição. Isso ficou evidente na história do povo de Deus, ilustrada nos casos de Moisés e Saul. Em ambos, o Altíssimo escolheu diretamente o sucessor, bem como determinou o momento exato da substituição (Dt 31.14ss; 1 Sm 16.1). Nesse sentido, é conhecido o fato de que, embora Davi tivesse sido ungido por Samuel ainda jovem, só assumiu o trono de Israel vários anos depois. Ele soube aguardar em santidade que o próprio Deus recolhesse Saul, apesar de ter tido duas chances nítidas de abreviar a longa espera (1 Sm 24; 26.6-25). Portanto, busque no Senhor a orientação, incluindo a resposta dEle no que se refere à direção do ministério iniciado por seu pai. Quanto às discordâncias, você já conversou de modo sincero e respeitoso com ele? Não esqueça: o inimigo é especialista em produzir julgamentos apressados, a fim de gerar intriga e desunião entre os servos de Deus. De todo modo, estando nas mãos do Senhor, Ele mesmo o conduzirá por onde você deve seguir.
Estou desviado da igreja há algum tempo e não consigo encontrar forças para voltar para Deus. Quanto tempo de oração e leitura da Palavra é necessário para alcançar a conversão genuína?
K. P. W., sem identificação da cidade
R.: A questão não é essa. Antes de tudo, você precisa tomar consciência da gravidade da sua situação. Imagine que um filho seu, muito amado, tenha sido picado por uma víbora. Qual seria a sua reação, se ele lhe dissesse: “Pai, não se preocupe. Quando eu tiver forças, irei ao hospital em busca do soro antiofídico”? O mesmo se dá com você: também foi contaminado pelo veneno da serpente de Gênesis 3 e, como nossos primeiros pais, afastou-se do Senhor. Caso pereça assim, você sofrerá eternamente no lago de fogo e enxofre, na companhia do diabo, a quem você deu ouvidos (Ap 20.10,15). Encare os fatos que o fizeram deixar o caminho da salvação e se arrependa, abandonando o que o separa de Deus. Sem dúvida, o Espírito Santo tem lhe mostrado isso; então, levante-se e tome uma posição, como fez o filho da parábola (Lc 15.11-32). Procure uma igreja que pregue o Evangelho completo e peça ajuda ao pastor. Participe das campanhas de libertação. Assim, a sede pela Palavra se tornará realidade em sua vida, e Jesus será glorificado nela.
Minha irmã é crente em Jesus e tem uma grande amizade com um casal. O marido dessa amiga se apaixonou pela minha irmã e fica tentando conversar com ela pelo telefone. Minha irmã, entretanto, está fugindo dele. O senhor acha que ela deveria se afastar desse casal? Deve conversar com o marido da amiga?
R. E. A., via internet
R.: Essa é uma situação delicada, que requer sabedoria do Alto (Tg 1.5). De um lado, está sua irmã sendo testada quanto ao testemunho de fé. Do outro, um homem tomado por desejos demoníacos e, no meio, a amiga que pode, facilmente, julgar mal a sua irmã. Conversar com o homem está totalmente fora de questão, mas um afastamento cuidadoso seria prudente. Além de orar, repreendendo o inimigo, vocês devem intensificar a intercessão pelo casal, visando à conversão dessa família, pois esse é o desejo de Deus (1 Tm 2.1-4). A ação do diabo nesse caso tem, ao menos, dois objetivos. O primeiro: tentar derrubar sua irmã em relação à fidelidade a Cristo. Porém, se ela perseverar na santidade, o alvo será romper a amizade e impedir a boa influência da sua irmã sobre a amiga, para que esta não tenha o desejo de conhecer a Palavra. Assim, além da sabedoria, é necessário pedir ao Senhor que envie servos para testemunhar a essas pessoas, enquanto sua irmã mantém contato restrito apenas com a amiga, recusando-se, terminantemente, a atender às ligações do marido dela. Com a autoridade e o poder do Nome de Jesus, o inimigo será derrotado, e essa família será ganha para a glória do Salvador (Fp 2.9,10; Rm 16.20).
Eu e meu noivo estamos juntos há um ano e sete meses. Estamos com mais de 30 anos de idade e não nos relacionamos sexualmente. Porém, já tivemos intimidades e, constantemente, nos abrasamos e nos desejamos muito. Não marcamos a data do casamento e, quando eu cobro isso, ele diz que está esperando o Senhor mostrar uma data. Ele alega que temos de nos casar no tempo de Deus. Estou sendo ansiosa?
K. G. F. S., sem identificação da cidade
R.: Você precisa perguntar ao Senhor se esse rapaz é mesmo de Deus. Noivar implica estar às portas do casamento; do contrário, qual seria a diferença entre isso e um simples namoro? Vocês já têm idade suficiente para assumir as responsabilidades inerentes à formação de um lar, além da óbvia necessidade de não dar margem às tentações da carne, como, infelizmente, vêm fazendo. Os pecados sexuais entre solteiros não se resumem à fornicação, mas a todo tipo de impureza e concupiscência (Gl 5.19; Ef 4.17-19; 5.3-8; Cl 3.5,6; 1 Ts 4.4,5). A Bíblia é claríssima quando adverte contra o viver abrasado, apontando o casamento como solução (1 Co 7.9). Portanto, decida, aos pés do Senhor, se Ele aprova esse homem como seu marido e você como a esposa dele.
Tenho 48 anos e frequento a igreja há seis. Porém, até hoje, não consegui me libertar do cigarro. Tenho orado insistentemente a Deus para abandonar essa dependência. Tenho vergonha dessa fraqueza e do mau testemunho que dou para o meu marido, o qual também é fumante e não é convertido. Ao ser batizada nas águas, tive a esperança de ser liberta, mas isso não aconteceu. Pergunto: sou salva? Como me livrar desse mal do qual sou escrava há 27 anos?
Q. A. Z., via internet
R.: Há diversas vantagens na sua luta contra esse comportamento. A primeira é estar na igreja, buscando a libertação; a segunda diz respeito ao desejo de abandonar o cigarro, por saber que ele causa malefícios, inclusive no seu testemunho; e a terceira é a vontade de levar seu esposo à salvação, uma atitude excelente. Esses fatores demonstram que a sua motivação vem do seu coração, e não pela imposição de terceiros. Agora, você precisa conhecer as preciosas promessas das Escrituras, seus direitos em Cristo e saber como tomar posse das bênçãos. A Bíblia Sagrada registra: Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres (Jo 8.36). Essa declaração foi feita pelo próprio Salvador, a Verdade encarnada, sendo genuína e eficaz (Jo 14.6). No entanto, é preciso desenvolver a fé bíblica para obter as dádivas reservadas aos salvos, e isso se consegue obviamente pelo estudo sistemático e zeloso da Bíblia (Rm 10.17; Hb 11.6). Discernir essa necessidade é de importância extrema, pois é comum confundir fé com pensamento positivo, ou algo semelhante. A confiança inabalável no Senhor não é mera crença, e sim uma atitude do coração, tomada quando a pessoa se permite ser instruída e alimentada com o Pão celestial e o leite espiritual (Jo 6.32-35; 1 Pe 2.2). Em meu livro Como tomar posse da bênção, a irmã encontrará a orientação necessária para expulsar esse mal definitivamente da sua vida e levar sua família aos pés dAquele que reina para sempre, o Senhor Jesus.