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Atualidade

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Pelayo / Gerado com IA / Adobe Stock

E então virá o fim

Pastores e teólogos discutem a relação entre acontecimentos atuais e o cumprimento das profecias bíblicas a respeito da volta de Cristo

Por Patrícia Scott

Pandemias, guerras, terremotos, fome e destruição ambiental. O que esses acontecimentos, cada dia mais recorrentes, dizem sobre a volta de Jesus? Estaria o mundo testemunhando seus últimos dias? O que a Palavra de Deus revela a esse respeito? No evangelho de Mateus, o Mestre relatou alguns sinais de alerta acerca de Sua segunda vinda: Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores. Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome […] E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim (Mt 24.7-14).

Na opinião do teólogo Geraldo Moyses Gazolli Junior, mestre em Ciências da Religião, “estamos mais próximos da volta de Jesus do que jamais estivemos”. Também defende que o aumento da frequência de fenômenos naturais catastróficos é um alarme para a humanidade entender que não tem controle sobre tudo. “Com isso, as pessoas se voltam para além de si, como nos grandes reavivamentos espirituais do século 19, resultantes do terremoto de Lisboa no final do século 18.”

O teólogo Geraldo Moyses Gazolli Junior lembra que é necessário anunciar a mensagem de salvação: “Deus não colocou nossas expectativas nas tragédias, mas no evangelismo, em levar os perdidos a Cristo”
Foto: Divulgação

Em contrapartida, Gazolli Junior adverte para o risco de se criar uma cultura de pânico e sensacionalismo em torno dessas catástrofes. Para ele, a Igreja de Jesus não deve focar os eventos calamitosos, e sim nas palavras do bom Pastor sobre a necessidade de anunciar a mensagem de salvação: “Deus não colocou nossas expectativas nas tragédias, mas no evangelismo, em levar os perdidos a Cristo”, ressalta.

O Pr. Jamil Riback, líder estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no Maranhão, destaca também que o crente em Jesus deve concentrar seus esforços na pregação da Palavra – a única capaz de conduzir o indivíduo ao arrependimento e à vida eterna. Ele salienta que, desde eras passadas, o ser humano possui a expectativa pelo fim de todas as coisas: “Alguns tentam explicar por meio da ciência, outros, pela Filosofia e pela Sociologia. Mas o que nos interessa é a Palavra”, afirma, demonstrando preocupação com alguns sinais, como o aumento da perseguição à Igreja de Jesus e o esfriamento espiritual. “Cada um dos filhos de Deus deve perseverar até o fim. O papel da Igreja é vigiar.” [Leia, nesta reportagem, o quadro Outros sinais]

O Pr. Jamil Riback demonstra preocupação com alguns sinais, como o aumento da perseguição à Igreja de Jesus e o esfriamento espiritual
Foto: Arquivo pessoal

Igreja firme – O Pr. Paulo Henrique Miranda Araújo, líder estadual da IIGD na Bahia, lembra que existem claros indícios do esfriamento espiritual nos dias atuais: “Após a pandemia de covid-19, por exemplo, os templos esvaziaram”, observa o ministro, enfatizando que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo deve se manter firme, crendo nas Sagradas Escrituras e tendo em vista a advertência feita pelo Senhor de que todos esses episódios ainda não são o fim, mas apenas o princípio das dores (Mt 24.6-8). Araújo ressalta que, mesmo que muitos duvidem da volta do Salvador, não há dúvida de que o Livro Santo se cumprirá conforme declarou Jesus: O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Mt 24.35).

O Pr. Paulo Henrique Miranda Araújo lembra que existem claros indícios do esfriamento espiritual nos dias atuais
Foto: Arquivo pessoal

O Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Junior, professor do Seminário Teológico Presbiteriano Reverendo José Manoel da Conceição, em São Paulo (SP), esclarece que todos os sinais relativos ao fim dos tempos tendem a se tornar cada vez mais graves. “Tudo ficará pior em termos de guerras, catástrofes, pandemias e perseguições. Por outro lado, a fé dos salvos será apurada, e o Evangelho, pregado com mais força”, explica, enfatizando a ideia de que todo cristão deve se empenhar para que as Boas-Novas sejam disseminadas.

O Pr. Ageu C. de Magalhães Junior: “Tudo ficará pior em termos de guerras, catástrofes, pandemias e perseguições”
Foto: Arquivo pessoal

Já o Pr. Elder Cavalcante, líder estadual da IIGD no Rio Grande do Norte, aponta que esse cenário de adversidades, característico do princípio das dores,contribui para a propagação do Evangelho. Isso porque, segundo o ministro, a desesperança da humanidade em relação às coisas deste mundo tem quebrantado muita gente. “Desse modo, elas ficam mais abertas e dispostas a ouvir as mensagens bíblicas”, assegura Cavalcante, assinalando que, diante do quadro atual, “o importante é a Igreja estar firme na Palavra, pois Jesus garante a salvação e a vitória”.

O Pr. Elder Cavalcante assinala que, diante do quadro atual, “o importante é a Igreja estar firme na Palavra, pois Jesus garante a salvação e a vitória”
Foto: Arquivo pessoal

Vontade do Pai” – Por sua vez, para o Pr. Sérgio Dusilek, da Igreja Batista Marapendi, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), os acontecimentos do presente não devem tirar a paz dos servos do Senhor. Mesmo porque, ressalta Dusilek, não é possível saber, ao certo, se estes são os últimos dias ou não. “Toda geração acredita ser a última. Com a nossa não é diferente, e com as próximas também não.”

Para o ministro batista, ainda que a Igreja de Cristo concluísse sua missão evangelizadora nesta geração, isso não significaria a volta iminente do Filho de Deus. “O retorno do Messias não está condicionado a nada que pertença a este mundo, mas à vontade do Pai, como ocorreu na primeira vinda dEle”, ensina, recordando que, ao longo da História, os cristãos piedosos não estiveram preocupados com o contexto do retorno de Jesus, porque sabiam que a Sua segunda vinda representaria o ato da redenção final, “o maior evento que poderiam desejar”, revela.

O Pr. Sérgio Dusilek afirma: “O retorno do Messias não está condicionado a nada que pertença a este mundo, mas à vontade do Pai, como ocorreu na primeira vinda dEle”
Foto: Arquivo pessoal

Ainda de acordo com o líder, o importante, em qualquer tempo, é cada cristão ter a compreensão de que o controle da História e seu desfecho estão sob o domínio do Altíssimo. “O fim não está atrelado à nossa realidade, e sim à decisão soberana do Pai. O que está em nossas mãos é o esforço de anunciar Jesus a toda criatura”, argumenta, sublinhando que Deus detém o senhorio do planeta e o controle dos acontecimentos, conforme registra o Salmo 24.1,2: Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios. “Toda vez que o ser humano quer ocupar o lugar do Criador, a pessoa se torna o maior perigo e a maior ameaça”, alerta.

Dusilek salienta que o homem é o mordomo, o cuidador da criação, mas a desobediência humana tem gerado consequências nefastas. “Entre elas, o gemido da natureza, que sofre por séculos com o abuso da humanidade e aguarda pela redenção dos filhos de Deus”, assegura o pregador, citando Romanos 8.19-22. Em seu ponto de vista, o servo de Deus precisa clamar pela volta de Jesus. “Nesse dia, a realidade espiritual será desnudada para as pessoas. Estas reconhecerão que digno é o Cordeiro e se ajoelharão perante o Rei dos reis”, conclui.

Foto: cherezoff / Gerado com IA / Adobe Stock

Outros sinais

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