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A obreira Kamila Arruda Silva foi liberta da dependência do álcool e do cigarro: “Louvando ao Senhor”
Fotos: Arquivo pessoal

Real transformação

Depois de anos escravizada pela dependência do cigarro e do álcool, jovem é liberta e passa a se dedicar à obra de Deus

Por Evandro Teixeira

Ainda criança, a obreira Kamila Arruda Silva, hoje com 33 anos, costumava frequentar a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Parque dos Novos Estados, Campo Grande (MS), na companhia de sua avó, a aposentada Loris de Arruda Silva, 86 anos. Única evangélica da família, a matriarca sempre levava os netos às reuniões, ansiando que eles conhecessem Jesus ainda na infância. Kamila se recorda de que sua família era muito abençoada naquele tempo. Entretanto, deixou de ir aos cultos, no início da adolescência, quando seus pais decidiram se mudar com os quatro filhos para longe da casa da avó.

Embora fosse à Igreja eventualmente, Kamila, na época com 12 anos, já havia experimentado cigarro e bebida escondida dos pais. No entanto, afastada da avó e distante da presença de Deus, passou a fazer uso de tais drogas cada vez mais. Aos 15 anos, a adolescente já as consumia publicamente. Mesmo sendo muito nova, tornou-se dependente e seguiu com uma vida extremamente desregrada, a ponto de dormir fora diversas vezes e ficar dias sem aparecer em casa.

Sua mãe, a dona de casa Márcia Helena de Arruda Silva, 55 anos, ficava muito triste devido ao comportamento de Kamila. Naquele tempo, a jovem trabalhava em empregos informais, mas não conseguia se manter em nenhum deles por muito tempo. O pouco dinheiro que ganhava usava para sustentar a sua compulsão. Muitas vezes, deixava até de se alimentar. Diante daquele quadro desolador, embora não fosse convertida ao Evangelho, Márcia orava constantemente pela filha, pedindo a Deus que a arrancasse daquela condição.

Além de cantar, Kamila toca bateria e violão: “Nem sabia que tinha talento para louvar”

Quando tinha 18 anos, Kamila ficou tão embriagada certa noite que acabou dormindo em uma praça. Até hoje ela não sabe como retornou para casa na manhã seguinte, já que estava sem dinheiro. Segundo a mãe, quando a filha chegou naquele dia, apresentava um quadro de confusão mental. Depois daquele episódio, a própria adolescente ficou assustada e passou a frequentar a IIGD eventualmente. Mas ela ainda não estava disposta a lutar contra aquilo que a escravizava e lhe roubava a juventude. Ciente de tudo o que estava acontecendo, a avô da moça começou a patrocinar a obra de Deus em nome da neta, sempre intercedendo por ela.

Três anos se passaram, e, em 2011, Kamila viu que precisava de uma mudança de vida. Em um momento a sós, orou ao Criador, pedindo a Ele que fosse liberta, pois desejava se tornar uma serva fiel.

Kamila trabalhava em uma loja e, dias depois daquela oração, ao voltar do trabalho, distraiu-se e passou do ponto de ônibus onde deveria saltar. Assim, decidiu seguir no coletivo até a próxima parada, que ficava bem em frente a uma Igreja da Graça. Sem hesitar, a jovem entrou e participou do culto. Lá, tudo parecia ter sido preparado para ela: cada louvor falava profundamente ao coração e à alma dela, fazendo com que chorasse copiosamente. A mensagem daquela noite lhe deu a certeza de que o Senhor ainda tinha um grande plano para a vida dela. “Vivia sem qualquer expectativa de futuro, mas Deus me deu uma nova esperança.”

Inegável milagre A partir daquele momento, Kamila começou a viver o milagre da libertação. Apenas um mês depois de iniciar sua jornada na casa do Senhor, ela já havia parado de beber e de fumar. À medida que ouvia a Palavra, um temor era gerado no coração dela, pois não queria errar novamente e deixar os caminhos de Cristo. “Tudo o que a Bíblia dizia ser contrário à vontade do Pai celestial eu deixava de praticar”, salienta a obreira, testemunhando que, durante o processo de salvação, sentia uma grande opressão e mal podia dormir, além de apresentar sintomas de síndrome do pânico, como palpitação e sensação de morte iminente.

Porém, esse período difícil passou tão rápido que algumas pessoas próximas chegaram a duvidar daquela mudança. No entanto, com o passar do tempo, foram obrigadas a reconhecer que Deus havia, de fato, transformado a jovem. Assim, alguns membros da família de Kamila reconheceram o poder do Altíssimo e se entregaram a Jesus, inclusive sua mãe.

A obreira Kamila, ao lado de sua mãe, a dona de casa Márcia Helena

Naquele mesmo ano, Kamila foi batizada nas águas da IIGD em Jardim Jóquei Club, em Campo Grande (MS), e, em seguida, passou a ajudar em tudo o que podia na Igreja. Em 2012, ficou surpresa ao ser convidada para fazer a abertura de um culto, ministrando o louvor. Era a primeira vez que fazia aquilo. “Nem sabia que tinha talento para louvar. A partir daquele dia, decidi me dedicar mais”, conta ela, que, além de cantar, toca bateria e violão.

Em 2013, a serva de Cristo passou a congregar na sede estadual da Igreja da Graça na capital sul-matogrossense e se tornou obreira. Além de se dedicar à música, Kamila trabalha em outros departamentos da Igreja e prega em alguns cultos. Ela renunciou ao trabalho secular e, atualmente, com 12 anos de conversão ao Salvador, serve quase integralmente à obra divina.

Em setembro de 2022, Kamila viveu um momento marcante: o ministério de louvor da sede estadual fez a abertura de um evento ao ar livre que teve a presença do Missionário R. R. Soares. Aquela campanha aconteceu na mesma praça onde, anos atrás, ela passara a noite embriagada. “Não tenho como explicar a grandiosidade disso. No passado, estava dormindo na rua. Agora, estou louvando ao Senhor.”


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