Medicina e Saúde | Revista Graça/Show da Fé
Vida Cristã
01/04/2020
Telescópio – 251
01/06/2020
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Longe da luz

Foto: Andrew Guan / Unsplash

Enfermidades relativas ao sono são cada vez mais comuns. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas têm dificuldade para dormir.
Diversos fatores podem prejudicar a qualidade do sono, e um deles está ao alcance da mão: o celular (foto). Isso porque o ciclo sono-vigília é regulado pela quantidade de luz a que se está exposto ao longo do dia. À noite, a glândula pineal, localizada no cérebro, percebe a ausência de luminosidade e inicia a liberação de um hormônio chamado melatonina, capaz de induzir o início do sono. A exposição à luz do aparelho na hora de dormir pode atrapalhar esse processo, pois o cérebro “pensa” que está longe o tempo de descansar. Por isso, o organismo acaba adiando o momento de adormecer, reduzindo a duração total de sono. Menos horas dormindo aumentam as chances de desenvolver distúrbios, como depressão, ganho de peso, hipertensão e diabetes. (Élidi Miranda, com informações de Albert Einstein e Época)


Problema com solução

Foto: Christin Noelle / Unsplash

A incontinência urinária, caracterizada pela perda involuntária de urina, afeta muitas mulheres. Geralmente, está relacionada à velhice, mas jovens também podem apresentar essa condição. Em alguns casos, a doença ocorre em situações rotineiras, em que há contração do abdômen, como tossir, espirrar, rir, e nas atividades físicas de alto impacto. Em outros, a pessoa sente uma súbita vontade de fazer xixi e mal consegue chegar a tempo ao banheiro.
Entre as causas mais comuns da incontinência urinária, estão: gestação (foto) e parto, alterações hormonais, diminuição de massa muscular com a chegada da menopausa, tabagismo e lesões. Devido à própria anatomia, o sexo feminino tem duas vezes mais chances de desenvolver a doença do que o masculino.
O urologista é o profissional capaz de avaliar a gravidade da situação e recomendar o tratamento indicado. Em muitos casos, sessões de pilates poderão resolver, porque promovem o enrijecimento da musculatura pélvica. Em outras situações, medicamentos, ou mesmo cirurgias, poderão ser indicados. (Élidi Miranda, com informações de Hospital Alemão Oswaldo Cruz)


Riscos e benefícios

Foto: Arquivo pessoal

Cinco minutos com o Dr. Rogério Fenile

Por Élidi Miranda

Uma ampla pesquisa realizada no Reino Unido, publicada na revista científica The Lancet, demonstrou que a terapia de reposição hormonal (conhecida pela sigla TRH) pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de mama. Esse é um tratamento recomendado para mulheres durante a menopausa, quando ocorre a baixa hormonal. Na entrevista a seguir, o Dr. Rogério Fenile, mastologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia, esclarece alguns pontos sobre o tema.

Quais são as funções da TRH?

Conduzir a mulher de volta à condição de saúde que tinha no período pré-menopausa. O hormônio feminino contribui para várias funções mentais, como sensação de bem-estar, libido e felicidade; funções sexuais, como lubrificação vaginal, e metabólicas, como a preservação do metabolismo ósseo e do colesterol, auxiliando na saúde cardiovascular. Do ponto de vista estético, colabora também para a manutenção da elasticidade da pele e diminuição da queda de cabelos.

Toda mulher deve evitar a TRH ou apenas aquelas com histórico de câncer de mama na família?

A questão que se apresenta é se a mulher aceita um pequeno risco para viver melhor, ou não. Toda terapia de reposição hormonal, prolongada por mais de cinco anos, apresenta risco relativo para câncer de mama um pouco aumentado. Para mulheres que têm mutação genética, ou para as que já tiveram a doença, o tratamento é proibitivo. Para pacientes com história familiar, não há trabalhos que mostrem que elas têm contraindicação para a reposição hormonal. Nesses casos, é necessário avaliar outros fatores. Para as que não têm histórico familiar de neoplasia mamária, o risco existe, mas os benefícios superam os riscos, e isso pode ser controlado devidamente.

Que tipo de acompanhamento deve ser feito?

No caso de pacientes com histórico familiar, por exemplo, devem ser feitos exames clínicos, mamografia e ultrassonografia das mamas, e acrescentamos também ressonância nuclear magnética de mamas.

Há casos em que a TRH é indispensável ou essencial?

É difícil dizer. Ela é essencial quando a qualidade de vida da mulher sofre um abalo considerável. Funções no trabalho e as relações pessoais, inclusive no casamento e no convívio social, podem estar comprometidas como um todo. Quando se chega a esse ponto, acredito que a indicação seja importante, porém a escolha é sempre da mulher.


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