Medicina e Saúde | Revista Graça/Show da Fé
Atualidade
01/10/2020
Família – 255
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01/10/2020
Foto: Angela Bailey / Unsplash

Pele nova

A cicatrização de ferimentos é resultante de uma série de eventos que sucedem nas células da região afetada. Nesse complexo processo, os nutrientes desenvolvem um papel crucial; portanto, é importante prestar atenção à alimentação. A ingestão de proteínas é muito necessária: cortes magros de frango e bovinos (como patinho e coxão mole) são recomendados. Ademais, o fígado, feijões e outras leguminosas (como lentilha e ervilha) são fontes de ferro, indispensável para a produção do colágeno, proteína essencial para a restauração da pele. O fígado e os ovos são boas fontes de vitamina K (que atua na coagulação) e de vitamina A (a qual estimula o crescimento das células da pele). Esta também é encontrada nas folhas escuras, inclusive nos brócolis, os quais devem estar presentes na dieta.

As frutas cítricas – entre elas, a laranja, o kiwi e o limão – são ricas em vitamina C, por isso colaboram no processo de absorção do ferro pelo corpo. Além disso, elas têm ação antioxidante, ou seja, protegem as células do organismo. As frutas vermelhas (morango, amora e framboesa) igualmente são bem-vindas, porque facilitam a formação de pele nova. (Élidi Miranda, com informações de Gazeta do Povo)

Foto: Tuva Mathilde / Unsplash

Problema mensal

A tensão pré-menstrual (TPM) acomete várias mulheres e acontece em diferentes graus. Geralmente, os sintomas desse período são: sensibilidade nas mamas, dor e inchaço nas pernas ou no corpo todo, distensão abdominal, ganho de peso, cansaço, acne, alteração do apetite, mudanças de humor, depreciação da autoimagem, ansiedade, depressão e irritabilidade (mais frequente de todos).

Ter simultaneamente três desses sinais caracteriza o que os especialistas chamam de TPM leve. Já quatro manifestações fazem a condição ser classificada como moderada. Quando são cinco ou mais, pode tratar-se de uma síndrome conhecida como transtorno disfórico pré-menstrual.

Independentemente da intensidade desse problema, é preciso tratá-lo a fim de resgatar a qualidade de vida da mulher. O tratamento pode incluir desde mudanças na rotina até medicamentos específicos, a depender das recomendações do ginecologista. Pessoas com mais de 51 anos que apresentem quadros graves podem optar pela cirurgia de retirada dos ovários para acabar com o desconforto. (Élidi Miranda, com informações de Carolina Lara Assessoria de Imprensa e Conteúdo)

Diagnóstico correto

Foto: Divulgação

Cinco minutos com a Dra. Juliana Gennari

POR ÉLIDI MIRANDA

A síndrome de Sjögren (lê-se jôgren) é uma doença crônica que decorre de alterações no funcionamento do sistema imunológico. Seus sintomas mais frequentes – boca e olhos secos – são comuns a outras condições, por isso muitos a desconhecem. Nesta entrevista, a Dra. Juliana Gennari, membro da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR), explica a importância do diagnóstico correto e de um tratamento adequado para garantir qualidade de vida ao paciente.

Como a enfermidade se manifesta?

Ela se caracteriza, principalmente, por secura nos olhos e na boca. O olho seco pode ocorrer como uma sensação de areia, dor, queimação ou corpo estranho em uma vista ou em ambas. Já a boca seca pode dificultar o ato de mastigar e até de engolir alimentos sólidos. Também pode surgir secura na pele, no nariz e na vagina. Além desses, cansaço, fadiga, dor articular e artrite são queixas comuns. Outros sinais menos frequentes podem acontecer se vasos e mais órgãos forem afetados, como rins, pulmões, fígado, pâncreas e cérebro. 

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento desse distúrbio?

As mulheres são mais afetadas que os homens, em especial as que têm entre 40 e 50 anos. Entretanto, a disfunção pode ocorrer em qualquer idade. Também se sabe que pacientes com outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, têm uma propensão maior para desenvolver a patologia.

Como é feito o diagnóstico?

É realizado pelo reumatologista, que se baseará nos sintomas e nos exames físico, laboratorial e de imagem do paciente. Contribuem para o diagnóstico testes que avaliam a quantidade e a qualidade da lágrima, realizados pelo oftalmologista, e a taxa de fluxo salivar, que pode ser quantificada pelo dentista ou reumatologista.

E como é o tratamento?

A síndrome de Sjögren não tem cura. O controle é feito por meio de cuidados gerais e medicamentosos, segundo orientação do reumatologista e de outros especialistas, como oftalmologista, ginecologista e dentista. Medidas comportamentais são fundamentais: evitar fumo e álcool, manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regular. Em relação à secura oral, é importante promover uma boa higiene bucal, visitar, de forma regular, o dentista e ingerir bastante água. Quanto aos cuidados oculares, é recomendado manter a umidade do ambiente com umidificadores ou vasos com água, lembrar-se de piscar quando estiver mais concentrado e fazer acompanhamento com o oftalmologista. Podem-se usar colírios, lágrimas ou salivas artificiais e alguns medicamentos, conforme cada caso e indicação médica.

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