Medicina e Saúde | Revista Graça/Show da Fé
Na prateleira – 264
15/07/2021
Missões – 264
15/07/2021
Na prateleira – 264
15/07/2021
Missões – 264
15/07/2021
Foto: Kevin Jackson / Unsplash

Queda de cabelos

A covid-19 é uma doença complexa, com múltiplos sintomas, que podem persistir por bastante tempo depois que a pessoa se recupera da fase mais aguda de infecção. A queda de cabelo é uma dessas sequelas. Já se sabe que a diminuição dos fios é observada entre seis e oito semanas depois do início da infecção. A disfunção não acomete todos os infectados, mas estima-se que 25% deles a apresentem.


Há vários fatores que explicariam a queda de cabelo: febre alta, emagrecimento, redução da oxigenação do folículo e até o estresse causado pela doença. Existe, no entanto, a tendência de que os fios sejam recuperados com o passar do tempo. Porém, se houver uma perda grande, pode demorar um pouco até o cabelo retornar ao volume original.


Aquelas pessoas que já apresentavam queda de fios por outros motivos antes da infecção por coronavírus poderão ter mais dificuldade para recuperar o volume, já que eles poderão voltar mais finos. É importante procurar um dermatologista para investigar o problema e conhecer as opções de tratamento disponíveis. (Élidi Miranda, com informações de Agência Brasil)

Foto: Anshu A / Unsplash

Cérebro intestinal

Quando o assunto é o tratamento de doenças, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar ou de pânico, geralmente se pensa em medicamentos que atuem no sistema nervoso, como os antidepressivos e calmantes. Pesquisas recentes, contudo, têm demonstrado que garantir a saúde do intestino é fundamental para o bem-estar de pessoas que sofrem com essas doenças.


Os probióticos são bactérias benéficas presentes no intestino que ajudam a manter a saúde geral. No entanto, existem aquelas chamadas de psicobióticas, responsáveis principalmente pelo bem-estar mental. Elas ajudam a promover o relaxamento, pois reduzem os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumentam a disponibilidade de serotonina, responsável pelo bom humor. Também diminuem a atividade cerebral em regiões relacionadas com emoções e pensamentos negativos, além de aumentar a produção de glutationa, aminoácido que previne a depressão.

Para obter os benefícios dos psicobióticos, é necessário aumentar a ingestão de alimentos prebióticos, que são os responsáveis pelo desenvolvimento dessas bactérias, tais como: iogurte (foto); quefir, banana, maçã, cebola, alho e alcachofra. (Élidi Miranda, com informações de Minha Vida)

Estresse em casa

Foto: Divulgação

Cinco minutos com a Dra. Aline Machado Oliveira

POR ÉLIDI MIRANDA

A pandemia acarretou mudanças drásticas nos regimes de trabalho. Muitas pessoas saíram dos escritórios e passaram ao sistema de home office, ou teletrabalho, em prol do distanciamento social. Com isso, porém, levaram o estresse do ambiente corporativo para dentro de casa. Nesta entrevista, a psiquiatra Aline Machado Oliveira, psicoterapeuta junguiana e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, explica como lidar com as pressões laborais em casa.

Em que medida a falta de limites entre a vida pessoal e a profissional podem afetar a saúde mental do trabalhador em home office?
Nos momentos em que ele deveria se desligar das atividades profissionais e pensar em se dedicar a outras coisas – e a outras pessoas –, ele permanece focado no trabalho, o que o deixa estressado, cansado e triste. Não fomos feitos para trabalhar 24h. É preciso ter bem claro o momento de trabalhar e o de desligar-se da atividade profissional.

Quais são os sinais de que o trabalho em casa está provocando esgotamento?
Ansiedade, angústia, tristeza, cansaço extremo, insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, irritabilidade, raiva e sensação de estar “no limite”. Ademais, há um desejo de “largar tudo”: abandonar o trabalho, sem pensar nas consequências.

O estresse e o burnout (conhecida como a síndrome do esgotamento profissional) podem agora alcançar os trabalhadores no ambiente doméstico. O que fazer para evitar esses problemas?
O trabalhador necessita criar uma rotina para o seu home office. Deve estabelecer um horário para começar a trabalhar e outro para parar. Precisa vestir-se como se fosse sair de casa e evitar ficar de pijama o dia inteiro. É importante avisar aos familiares que, naquele horário, estará trabalhando e, portanto, indisponível para outras atividades. Ao término da jornada, o indivíduo deve evitar assuntos do trabalho, como responder e-mails, pois o horário de descanso deve ser respeitado tanto quanto o da atividade profissional.

O que fazer uma vez que uma condição de saúde mental devido ao estresse ocupacional esteja instalada (burnout, por exemplo)?
A pessoa deve procurar o setor de Recursos Humanos e o psicólogo da empresa para deixar claro que as condições de trabalho atuais a estão adoecendo. Assim, a empresa poderá fazer as alterações necessárias. Também deve ir atrás de atendimento com um psiquiatra para ser avaliado. Se houver necessidade, poderá fazer uso de medicamentos ou realizar a psicoterapia.

Em que medida a falta de contato diário (presencial) com os colegas pode interferir na saúde mental dos trabalhadores em home office?
Isso pode gerar estresse e sentimento de solidão, principalmente se o ambiente de trabalho é harmonioso e agradável ao indivíduo. Para aliviar a saudade, é essencial que os colegas de trabalho façam chamadas de vídeo, conversem pelo WhatsApp e troquem fotos. Sendo assim, façam tudo para a equipe se manter em contato e sentir que ainda está unida, apesar da distância.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *