Medicina e Saúde | Revista Graça/Show da Fé
Entrevista – 293
22/12/2023
Vida Cristã
30/01/2024
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Vida Cristã
30/01/2024

Novas diretrizes

Foto: Eiliv Aceron / Unsplash

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um novo guia sobre a introdução de alimentos para bebês e crianças com idades de seis meses a dois anos. De maneira geral, o material reforça alguns pontos já abordados em documentos anteriores, como a recomendação do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. Uma das novas diretrizes recomenda o uso de fórmulas lácteas somente até os 12 meses. A partir de um ano, esses preparados industrializados precisam ser substituídos por leites naturais – de origem animal (foto) – mais ricos em nutrientes. A OMS também orienta que a introdução alimentar e de água só comece aos seis meses e a amamentação continue até os dois anos ou mais.

Por outro lado, o órgão informa que a inclusão de novos alimentos deve ocorrer impreterivelmente a partir de seis meses, já que existem evidências de que um atraso nessa orientação pode contribuir para o surgimento de alergias alimentares. Após esse período, a dieta do bebê tem de ser diversificada, incluindo alimentos de origem animal, frutas e legumes. Já os produtos industrializados, ricos em açúcar, sal e gorduras trans (como adoçantes, refrigerantes, salgadinhos, sucos de caixa e biscoitos) não devem ser oferecidos até os dois anos de vida. (Élidi Miranda, com informações de Crescer)


Rico em benefícios

Foto: Tetiana Bykovets /Unsplash

Todos sabem que o cacau é o principal ingrediente do chocolate. Entretanto, o que muitos desconhecem é que o cacau em pó ou em barra (foto), com índices acima de 70% (chocolate amargo), é capaz de melhorar o humor, a circulação sanguínea, regular os níveis de colesterol e proteger a saúde do coração. Para obter tais benefícios, o ideal é consumir, por dia, 2 colheres de chá de cacau em pó, ou 40g de chocolate amargo em barra.

Especialistas afirmam que o consumo regular desse alimento ajuda a prevenir a anemia, uma vez que ele é um fruto rico em ferro, e contribui para o bom funcionamento do intestino, pois aumenta o número de bactérias benéficas que atuam no órgão. Por ser rico em antioxidantes, o cacau é capaz de diminuir a inflamação celular, responsável por doenças, o envelhecimento e o ganho de peso. Outro benefício é sua capacidade de ajudar o organismo a usar melhor a insulina, o que pode prevenir ou combater a diabetes. (Élidi Miranda, com informações de Tua Saúde)


Saudável e feliz

Foto: Arquivo pessoal

Cinco minutos com a Dra. Sarah Melo

Por Élidi Miranda

A média da expectativa de vida no Brasil, hoje, é de 77 anos – 30 anos a mais do que em 1950, quando o brasileiro vivia aproximadamente 46,8 anos. Porém, mais importante do que ter longevidade é atravessar os anos com saúde e qualidade de vida. Nesta entrevista à Graça/Show da Fé, a geriatra Sarah Melo, do Centro Clínico do Órion Complex, em Goiânia (GO), fala sobre as chaves para uma velhice com qualidade e feliz.

O acompanhamento clínico regular durante a fase adulta é essencial para uma vida longa e saudável. Por quê?

Por meio de uma pesquisa contínua e preventiva, podemos evitar o agravamento de doenças. Esse acompanhamento deve ser feito, ao longo do tempo, mesmo em pessoas assintomáticas. Dessa forma, alcançamos a longevidade com a máxima saúde.

O Brasil e o mundo vivem uma epidemia de ansiedade, estresse e depressão. O que é possível fazer para desfrutar de uma boa velhice do ponto de vista emocional?

Diversos estudos consolidados já apontam os benefícios a curto, médio e longo prazos de comportamentos que reduzem o estresse e ajudam na manutenção da saúde mental e emocional. Primeiro, é importante ter uma rede de apoio, formada pelas pessoas com as quais nos conectamos ao longo da vida. Cultivar boas conexões diminui a chance do desenvolvimento de depressão e transtornos de ansiedade. Segundo, é fundamental cumprir uma rotina saudável, que inclua sono de qualidade e prática de atividades físicas, por exemplo.

O mercado tem sido invadido por uma variedade de suplementos, como probióticos e antioxidantes, que, supostamente, ajudariam as pessoas a viver mais e melhor. Vale a pena investir nesse tipo de suplementação?

A suplementação pode ser indicada para suprir as necessidades do organismo de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais para uma vida mais saudável. Na terceira idade, quando feita adequadamente, é capaz de reduzir sinais e sintomas de processos inflamatórios crônicos (dores, edemas, distensão e constipação intestinal e outros), melhorando o funcionamento de diversos sistemas (cognitivo, nervoso, gastrointestinal, esquelético). No entanto, essa suplementação deve ser  personalizada, de modo que o indivíduo seja atendido na medida daquilo que precisa, com a orientação profissional adequada.

Quanto aos hormônios, qual é o papel deles no envelhecimento? É recomendável para homens e mulheres fazerem a reposição dessas substâncias?

Mesmo o processo de envelhecimento tendo sido apenas parcialmente decifrado e decorrer de um intrincado acúmulo de defeitos bioquímicos, algumas pessoas insistem em vender a ideia de que uma “modulação hormonal” seja capaz de impedir que envelheçamos. Na verdade, a diminuição nos níveis de alguns hormônios é, provavelmente, a consequência do que causa o processo de envelhecimento. Por isso, faz-se necessária uma avaliação criteriosa do perfil hormonal de cada pessoa para, em casos específicos e controlados, realizar a reposição para os níveis adequados pretendidos.


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