Entrevista – 293
22/12/2023
Vida Cristã
30/01/2024
Novos casos
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou recentemente sua estimativa para o surgimento de novos casos de câncer no Brasil até 2025. De acordo com o órgão, o país deverá registrar 704 mil novas ocorrências da doença a cada ano – um aumento de quase 13% em relação ao último período avaliado (de 2020 a 2022). Dos 21 tipos de câncer com mais incidência entre os brasileiros, os que possivelmente terão um aumento maior nos próximos anos são: o de pele não melanoma (31,3% do total de casos); mama feminina (10,5%) e próstata (10,2%).
As causas preponderantes para esse crescimento, segundo especialistas, são o aumento da população e seu envelhecimento, uma vez que a idade é um dos principais fatores de risco para o surgimento das neoplasias malignas. Além disso, o estilo de vida é importante. Várias pesquisas têm demonstrado que 60% dos casos diagnosticados de câncer, em todo o mundo, estão relacionados ao modo de viver. Assim, os riscos são maiores em sociedades com pessoas mais estressadas, sedentárias, adeptas de alimentos ultraprocessados, grandes consumidoras de bebidas alcoólicas e obesas. (Élidi Miranda, com informações de Invitrocue Brasil)
Exame inovador
Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram um método de detecção da presença de transtorno bipolar pelo exame de sangue. Essa condição psiquiátrica se caracteriza pela alternância entre episódios de depressão e de euforia. As crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave) e não têm frequência definida. Segundo a pesquisa, publicada na revista científica JAMA Psychiatry, uma simples amostra sanguínea consegue diagnosticar até 30% dos casos. Geralmente, os transtornos psiquiátricos não apresentam marcadores biológicos, por isso o achado é considerado um avanço, podendo agilizar tanto o diagnóstico quanto o tratamento.
De acordo com o estudo, o transtorno bipolar acomete 1% da população – cerca de 80 milhões de pessoas no mundo. Porém, aproximadamente, 40% dos portadores de bipolaridade são diagnosticados de forma equivocada, como se fossem acometidos apenas de depressão. O autor da sondagem, Jakub Tomasik, pesquisador sênior de Cambridge, explica que esse teste sanguíneo é, até o momento, a ferramenta mais rápida e objetiva para a detecção do problema. (Élidi Miranda, com informações de Estado de Minas e JAMA Psychiatry)
