O PREÇO DA OBEDIÊNCIA

Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus (At 20.24).

Ao ouvir a voz do Mestre chamando-o ao arrependimento, Saulo de Tarso – cujo nome significa aquele que foi pedido insistentemente e pode lhe ter sido dado pelo fato de seus pais terem orado com persistência por um filho – estava se tornando grande entre os radicais do judaísmo, os quais queriam a todo custo acabar com a fé em Cristo, inclusive matando os cristãos. Depois de ter sido salvo, ele passou a se chamar Paulo, que quer dizer pequeno. Isso mostra sua real conversão, pois, como disse João Batista, quem ingressa no Reino de Deus deve diminuir, para que Jesus Se engrandeça nele: É necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30).

O Pequeno logo aceitou a missão que lhe fora dada e, em pleno exercício do ministério, cresceu tremendamente, mesmo com a oposição que enfrentava nas regiões dominadas pelos mais diversos cultos. Um de seus motes era: E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio (Rm 15.20). A sua pregação não consistia em discurso com base na sabedoria humana, e sim em demonstração do Espírito e de poder, libertando o povo dos espíritos maus, curando os enfermos e levando-os a deixar as práticas animistas e diabólicas que abundavam por todos os lados: A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus (1 Co 2.4,5).

Acalmados os ânimos dos que defendiam a obediência à Lei de Moisés, o apóstolo partiu para as missões, e Deus o usava tremendamente. Porém, ele propôs em seu coração voltar a Jerusalém

PERSEGUIÇÃO A TODO TEMPO – Assim como os filisteus foram um problema para Israel até a ascensão de Davi ao trono do Senhor, os fariseus o foram para o ministério do apóstolo Paulo. Eles causavam tremenda confusão entre os evangelizados, pois, dizendo-se também convertidos a Cristo, ensinavam que os novos cristãos tinham de ser circuncidados conforme a Lei de Moisés. Isso provocou uma grande discussão e contenda de Paulo contra eles, a ponto de os apóstolos Paulo e Barnabé, mais alguns outros irmãos, decidirem ir a Jerusalém para resolver essa questão com os líderes da igreja. Depois de terem acertado aquela e outras diferenças doutrinárias (At 15.28,29), Paulo voltou ao campo missionário.