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Novela da Vida Real – 282
30/01/2023
Carta do Pastor à ovelha – 284
01/03/2023
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A oferta diária sobre o altar


E ali virei aos filhos de Israel para que por minha glória sejam santificados (Êxodo 29.43).

Moisés foi orientado a falar aos filhos de Israel sobre a necessidade de oferecer diariamente dois cordeiros de um ano sobre o altar do Senhor (v. 38). Deus prescreveu essa providência para dar a bênção aos israelitas, pois ainda não havia nascido o Cordeiro que tiraria o pecado do mundo, expiando as nossas iniquidades, transgressões, enfermidades, dores, bem como o castigo que nos traria a paz (Is 53.4,5). Hoje, o altar do sacrifício está nos Céus, e não se matam cordeiros para dar ao Senhor a prova de que queremos ser perdoados, mas confessamos os nossos erros para sermos perdoados e purificados de toda injustiça (1 Jo 1.9).

Agora, tudo é diferente. Os acontecimentos do Antigo Testamento eram figuras do que ocorre hoje no domínio do Espírito (Hb 9). O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo já veio, conforme João Batista disse aos seus discípulos ao ver o Mestre: No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu. E eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água (Jo 1.29-31). João anunciava Jesus e a obra de redenção que Ele faria!

Foto: Marc Wieland / Unsplash

Hoje, o altar do sacrifício está nos Céus, e não se matam cordeiros para dar ao Senhor a prova de que queremos ser perdoados, mas confessamos os nossos erros para sermos perdoados e purificados de toda injustiça (1 Jo 1.9)

DOIS CORDEIROS DIARIAMENTE – Segundo Moisés, o oferecimento de dois cordeiros deveria ser feito a cada dia sem cessar: Isto, pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois cordeiros de um ano cada dia continuamente. Um cordeiro oferecerás pela manhã e o outro cordeiro oferecerás à tardinha (Êx 29.38,39). Tal ato simbolizava o verdadeiro Cordeiro, que já veio; por isso, não se fazem mais sacrifícios de animais.

O sangue de Cristo foi suficiente para tirar os nossos pecados e realizar a nossa justificação, inocentando-nos da culpa (1 Jo 1.7). O Filho de Deus é o Sumo Sacerdote da nossa confissão (Hb 3.1); então, se alguém pecar, basta contar o seu delito a Ele e será perdoado, desde que aja pela fé.

O sangue dos cordeiros não tirava o pecado, somente o cobria, para que o Altíssimo pudesse conceder a bênção a Israel: E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados (Hb 10.11). Precisamos trazer à memória o sacrifício de Cristo sempre que o diabo nos atacar. Assim, a nossa oração será prontamente respondida: Mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus (Hb 10.12).

Com a oferta dos cordeiros, os sacerdotes também colocariam alimentos nas medidas já determinadas: Com um cordeiro, a décima parte de um efa de flor de farinha, misturada com a quarta parte de um him de azeite batido, e, para libação, a quarta parte de um him de vinho, e o outro cordeiro oferecerás à tardinha e com ele farás como com a oferta da manhã e conforme a sua libação, por cheiro suave; oferta queimada é ao SENHOR (Êx 29.40,41).

Foto: Ismael Paramo / Unsplash

O sangue de Cristo foi suficiente para tirar os nossos pecados e realizar a nossa justificação, inocentando-nos da culpa (1 Jo 1.7). O Filho de Deus é o Sumo Sacerdote da nossa confissão (Hb 3.1)

Esses animais sacrificados simbolizavam o Cordeiro que daria a Sua vida em favor da humanidade, incluindo na Aliança que faria com o Pai aqueles que cressem nEle (Lc 22.20). No dia a dia, sempre haveria dois cordeiros sacrificados, um pela manhã e outro à tardinha. Desse modo, as pessoas se lembrariam de que necessitavam do sangue do Messias, o qual ainda viria para salvá-las das tentações e da condenação eterna, passada pelo pecado de Adão (Rm 5.12; 6.23).

Deus ainda declarou que aqueles seriam holocaustos contínuos pelas gerações, perpetuamente, e eles se reuniriam à porta da congregação: Este será o holocausto contínuo por vossas gerações, à porta da tenda da congregação, perante o SENHOR, onde vos encontrarei para falar contigo ali (Êx 29.42). Ele ia ao encontro de Seu povo para lhe falar sobre tudo, desde o cotidiano até os mandamentos deixados por Moisés para serem cumpridos. O Senhor estava ensinando a eles e a nós sobre o tempo atual, quando resolvemos tudo em oração diante do trono divino. O nosso fundamento está no sacrifício de Jesus; logo, não temos necessidade de carregar pecados cobertos pelo sangue dos animais, porque, pelo sangue de Cristo, podemos viver livres da condenação e do sentimento de indignidade (Rm 5.1).

TEMPO DE SANTIFICAÇÃO – O Altíssimo prometeu ir à porta da congregação, para que, por Sua glória, os filhos de Israel fossem santificados – preparados para servir a Ele: E ali virei aos filhos de Israel para que por minha glória sejam santificados (Êx 29.43).

Perdemos tempo com a bela aparência das nossas igrejas, como se isso resolvesse os problemas. A questão maior é a nossa santificação, mas parece que não cremos assim. Os israelitas estavam perdidos na procura da prosperidade material e nas vitórias das guerras das quais participavam. Ora, tudo isso também era simbólico. Temos de viver melhor, com toda a abundância da graça daquilo que eles desfrutaram, mas a visão de muitos em relação ao plano de Deus de salvar os perdidos não mudou para melhor. É preciso acordar para o fato de que a obra da redenção foi feita uma vez de modo completo. Agora, é crer para usufruir do poder divino operando em nós.

Foto: Wikimedia

Perdemos tempo com a bela aparência das nossas igrejas, como se isso resolvesse os problemas. A questão maior é a nossa santificação, mas parece que não cremos assim

O Senhor disse ainda que santificaria a tenda da congregação e o altar. Mas veja, se pedirmos a Ele que faça isso em nossos templos, alguns dirão que estamos endeusando os prédios, bem como o que há neles. Contudo, não foi isso que o Todo-Poderoso disse que faria? Por que Ele agiria assim com a igreja do Antigo Testamento e não com a da Nova Aliança? Existe explicação para não crermos dessa maneira?

Deus ainda prometeu santificar Arão e seus filhos, a fim de que administrassem o sacerdócio. Porém, em “igrejas” abertas por aí, vemos as pessoas viverem a condenação mencionada em 1 Coríntios 6.10. Nelas, toleram e praticam o contrário do padrão bíblico, pois estão na imundícia da carne podre. Quem gosta de carne podre é urubu! Não veio de Deus esta declaração: E santificarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio (Êx 29.44)?

A HABITAÇÃO DO ALTÍSSIMO – O Senhor queria habitar no meio dos filhos de Israel, mas, hoje, Ele habita no coração de cada um que se converte ao Evangelho: Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1 Co 3.16). Não somos apenas antigos escravos do diabo que foram libertos por Jesus na Sua morte. A nossa situação espiritual é a melhor possível; afinal, nós nos tornamos novas criaturas em Cristo, e todas as coisas se fizeram novas para nós (2 Co 5.17). Não há mais como o diabo nos enganar ou nos dominar. Agora, somos senhores sobre todo o reino do pecado e podemos arrebatar muitos do fogo eterno (Jd 23).

Diante disso, creia para que o Todo-Poderoso cumpra a Sua Palavra em sua vida. Ele disse que viveria dentro de nós com um propósito. Tome a decisão de deixar o pecado e buscar viver em santidade. Então, você verá como o Pai é misericordioso e bondoso, usando-o para a Sua glória. Ela aperfeiçoará a sua vida, fazendo de você uma extensão do próprio Deus. Foi para isso que Jesus orou: Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim (Jo 17.20). Estamos incluídos na oração do Mestre, a qual, sem dúvida, foi respondida. Creia, veja-se unido ao Pai e ao Filho e viva conforme o Senhor idealizou. Vale muito crer na Bíblia. Essa é a única maneira de ser salvo (Lc 16.27-31).

Foto: Arte sobre foto de Priscilla du Preez / Unsplash

Creia, veja-se unido ao Pai e ao Filho e viva conforme o Senhor idealizou. Vale muito crer na Bíblia. Essa é a única maneira de ser salvo (Lc 16.27-31)

O Salvador continuou a orar: Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (Jo 17.21). O mundo precisa da nossa participação com o Deus trino; do contrário, irá se perder por não conhecer a Verdade. Quem deixa de se assumir em Cristo terá uma alta conta a saldar no Juízo Final (Jo 3.36).

Em sua oração ao Pai, Jesus ainda falou o seguinte: E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um (Jo 17.22). Nada nos faltará, mas a nossa responsabilidade é grande. Prepare-se para ser usado por Deus, pois já temos a Sua glória!

Pense neste trecho da oração de Jesus em nosso favor: Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim (Jo 17.23). Jamais negue a si mesmo o direito de ser um com o Pai e o Filho, pois o Espírito Santo revela tudo o que foi feito por nós. Seja a bênção que os oprimidos pelo diabo precisam conhecer.

O apóstolo Paulo falou do seu ministério: Porque não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para obediência dos gentios, por palavra e por obras; pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo (Rm 15.18,19). Esse é o meio de ganharmos os perdidos em todo o mundo. Só o Evangelho é o poder de Deus: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego (Rm 1.16).

Podemos tudo em Quem nos fortalece, porque temos a entrada livre diante do trono celestial (Fp 4.13). Vamos utilizá-la quantas vezes forem necessárias!

Com amor,

R. R. Soares


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