Falando de História | Revista Graça/Show da Fé
Missões – 267
01/10/2021
Entrevista – 267
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O tralhoto, peixe mais conhecido como “quatro-olhos”: ele habita em água doce, lagoas salobras e litorais de mangue Foto: Arte sobre foto de elenapodolnaya / 123RF
Abraão de Almeida

A insondável sabedoria divina: os olhos (parte 2)

Na edição anterior, falamos de um órgão sensível à luz, comum a vertebrados inferiores (peixes, anfíbios e répteis): a glândula pineal, também denominada epífise ou “terceira vista”. Neste artigo, mostraremos as incoerências da chamada teoria da evolução no que diz respeito ao desenvolvimento do olho. Segundo os defensores do evolucionismo, seria fruto de um processo lento pelo qual mecanismos defeituosos que não trabalham corretamente vão melhorando em sucessivas etapas.

No entanto, a verdade é a seguinte: à criatura foram dados olhos capazes de satisfazer perfeitamente suas necessidades básicas. A ostra, por exemplo, para poder sobreviver, precisa apenas perceber as sombras que passam ao seu redor, e, por isso, possui pequenas manchas sensíveis, capazes de detectar alterações na intensidade de luz que incide no lugar onde se encontra. Funcionam e satisfazem às necessidades das ostras, o que é provado pela abundância da sua espécie.

Lentes bifocais – Assim como as ostras, inúmeras pequeninas criaturas possuem olhos bastante sensíveis. É o caso do tralhoto, um peixe mais conhecido como “quatro-olhos”. Habita em água doce, lagoas salobras e litorais de mangue. Omnívoro, alimenta-se de insetos, algas, pequenos peixes e de migalhas que flutuam na superfície da água, mas tem de estar alerta aos inimigos e, assim, vigia tanto a superfície como abaixo dela. Isso, entretanto, seria impossível se não tivesse olhos bifocais. De fato, ele tem quatro olhos: cada um deles tem duas córneas e duas retinas separadas. Nadando ao nível da superfície da água, esse peixinho pode ver acima dela pelo foco superior das lentes, e, ao mesmo tempo, sob a água, pelo foco inferior. Para manter úmidas as pupilas superiores, de vez em quando, ele mergulha a cabeça. Sem dúvida, um desenho magistral!

Mistérios nas matas – Há mais um mistério ainda não de todo desvendado pela ciência: é o brilho que alguns animais refletem nos olhos à noite. A propósito, estava eu em Corumbá (MS), em companhia de queridos irmãos na fé, adentrando à noite o famoso pantanal mato-grossense – uma experiência inesquecível pela riqueza da flora e da fauna naquela pujante reserva natural, talvez única no mundo. Como não poderia deixar de acontecer naquela oportunidade, alguns caçadores, postados sobre a caminhonete, projetavam um jato de luz às matas em ambos os lados do precário caminho, à procura de caça. De repente, fizerem sinal para que o motorista parasse o veículo, enquanto um deles saltou e atirou. Fora um tiro certeiro, embora aparentemente perdido nas trevas. O animal fora traído por seus olhos, ao refletirem, como brasas vivas, a luz da lanterna.

Onça pintada fotografada à noite e o efeito da incidência de raios luminosos na retina do animal: o Tapetum lucidum Foto: Reprodução / Pinterest

Afirma-se que os olhos de certos vertebrados possuem uma camada de pigmento denominada Tapetum lucidum (tapete brilhante), que reflete os raios luminosos incididos na retina. Mesmo havendo a predominância da cor prateada, há olhos que refletem as mais diferentes tonalidades, tais como o dourado, o alaranjado, o rubro, o esverdeado, o azul, e com brilhos também diferentes, parecendo alguns verdadeiros globos incandescentes. [Do editor: O Tapetum lucidum, membrana posicionada no fundo do olho de certos animais vertebrados, é capaz de refletir a luz que entra nos olhos e, assim, melhorar a visão do animal em condições de baixa luminosidade. Situada imediatamente atrás da retina, esse tapete é um retrorrefletor: reflete a luz visível pela retina, aumentando a luz disponível para os fotorreceptores. Assim, ele contribui para a visão noturna de alguns animais. Além disso, essa camada de células reflexivas é a responsável pelo brilho dos olhos de animais, como onças e gatos, que caçam à noite e necessitam de boa visão em condições de pouca luz]

Daí, podemos indagar: Por que, em alguns animais, os olhos podem mostrar cores diferentes em apenas poucos segundos, enquanto em outros a cor é constante? Quais são as causas das diversas cores no brilho refletido? Por que alguns olhos brilham a alguns metros e perdem essa propriedade quando observados de perto? São questões ainda à espera de resposta.

O que sabemos é que, à luz da evolução, é simplesmente impossível explicar o olho, seja ele humano seja de qualquer outra criatura. Não há lugar aqui para mutações cegas, geradas ao acaso, ou saltos quânticos. Temos forçosamente de admitir a existência de um grande Deus Criador para desenhar o olho e o formar, tal como dizem as Escrituras: Aquele que fez o ouvido, não ouvirá? E o que formou o olho, não verá? Aquele que argui as nações, não castigará? E o que dá ao homem o conhecimento, não saberá? O SENHOR conhece os pensamentos do homem, que são vaidade (Sl 94.9-11).

Abraão de Almeida
Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol. E-mail: abraaodealmeida7@gmail.com

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