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Foto: Tasha Kostyuk / Unsplash
Abraão de Almeida

Sete: número da perfeição espiritual (parte 1)

O sete, como o número da perfeição espiritual, está presente em toda a Bíblia: o sábado era o sétimo dia; no Egito, houve sete anos de abundância e sete de penúria; quando Jericó foi tomada, o povo e mais sete sacerdotes, soando sete trombetas, marcharam em volta da cidade sete vezes; a cada sétimo ano, o solo de Israel não deveria ser cultivado ou plantado; Salomão levou sete anos para construir o templo e, depois de finalizá-lo, deu uma festa que durou sete dias; Naamã mergulhou sete vezes no Jordão; Jesus pronunciou sete frases na cruz. Em Apocalipse, esse número tem uma posição preponderante: sete igrejas, sete candelabros, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete estrelas, sete trovões. Ao todo, ele aparece mais de 50 vezes nesse livro.

Estrutura do Texto Sagrado – No final do século 19, por volta de 1890, o professor russo Ivan Nikolayevitsh Panin (1855-1942) – um matemático ateu que emigrou para os Estados Unidos, também conhecedor das línguas hebraica e grega – estava lendo o primeiro capítulo de João, na língua grega, por mero interesse literário. Ao acaso, começou a somar os valores numéricos das letras e palavras e percebeu a presença do número sete por toda a parte. Ao trocar a letra por um número, sempre aparecia o sete ou um múltiplo seu. Então, ele recorreu ao texto hebraico e lá encontrou o mesmo fenômeno. Ivan Panin estava diante de um grande mistério que mudaria o rumo da sua vida.

Foto: PxHere

Eis algumas descobertas dele:

a. Gênesis 1.1, no hebraico:

O número de palavras é exatamente sete.

O número de letras é um múltiplo de sete, 28, ou 4×7.

Cada “fato” numérico, ou “sete”, que aparece na estrutura do texto é designado por “característica”.

Continuemos a observar mais características:

As primeiras três das sete palavras contêm o sujeito e o predicado da frase. Essas três palavras foram traduzidas: No princípio, criou Deus.

O número de letras nessas três palavras é 14, ou seja, 7×2.

As últimas quatro das sete palavras contêm o complemento direto da frase e foram traduzidas como os céus e a terra. O número de letras nessas quatro últimas palavras é 14, ou 7×2. Essas quatro palavras formam um complemento com dois elementos: o primeiro os céus, e o segundo, a terra. O número de letras de cada elemento é sete.

As três palavras principais nesse versículo de sete palavras são: “Deus”, o sujeito da oração; “céus” e “terra”, o complemento. O número de letras dessas três palavras é 14, ou 7×2, e, nas quatro restantes, igualmente 14.

b. João 17, na língua grega: 7×70 (490) palavras; 7×297 (2.079) letras; 7×166 (1.162) vogais; 7×131 (917) consoantes; 7×13 (98) verbos; 7×10 (70) conjunções; 7×7 (49) preposições; 7×18 (126) pronomes; 7×10 (70) advérbios e artigos; 7×7 (49) pronomes que se referem a Cristo; 7×13 (91) palavras que se referem à Trindade; sete que se referem ao Pai celeste e sete ao mundo.

c. Mateus 1.1-17: Esses primeiros 17 versículos formam um conjunto natural e lógico que trata de um assunto especial: a genealogia de Cristo. Eles comportam duas seções principais: versículos 1-11 e versículos 12-17. Cada seção contém curiosas características numéricas na estrutura dos respectivos textos. O valor dos vocábulos nesses 17 versículos é um múltiplo de sete, isto é, 42.364, ou 7×6.052. Bastaria eliminar ou trocar uma letra, e o valor numérico da passagem seria outro.

Examinemos apenas os primeiros 11 versículos:

Os vocábulos gregos não são nem 48 nem 50, mas 49 (7×7).

O número de letras nas 49 palavras é 266 (7×38).

Nessas 266 letras, o número de vogais é 140 (7×20), e o número de consoantes é de 126 (7×18).

Nas 49 palavras, as que principiam por vogal são 28 (7×4), e as que se iniciam por consoante são 21 (7×3).

Nos 49 vocábulos, são substantivos 42 (7×6).

O número dos que não são substantivos é 7.

Dos 42 substantivos, os nomes próprios são 35 (7×5).

O número de substantivos comuns é 7.

As letras gregas nesses sete substantivos comuns são 49 (7×7).

É interessante notar que, só nesses sete substantivos comuns, há mais de 20 características numéricas.

Os 35 nomes próprios aparecem 63 vezes (7×9), sendo 28 (7×4) os nomes masculinos e 7 os femininos.

Os 28 nomes masculinos aparecem 56 vezes (7×8).

Nos primeiros 11 versículos, três mulheres são mencionadas: Tamar (v. 3), Raabe (v. 5) e Rute (v. 5). O número de letras gregas nesses três nomes é 14, ou seja, 7×2.

Apenas uma cidade é mencionada nessa passagem: Babilônia (v. 11), cujo número de letras no grego é sete.

Dos 49 vocábulos gregos mencionados, o número dos que aparecem mais de uma vez é 35 (7×5), e dos que aparecem uma só vez é 14 (7 x 2). O número dos vocábulos que aparecem em uma única forma é 42 (7×6), e 7 aparece em várias flexões.

Foto: Waldemar / Unsplash

Em parceria com outros dois conhecedores do grego, Ivan Panin tentou escrever um texto com tais características. Eles trabalharam 13 semanas para comporem apenas uma frase e, depois, desistiram da empreitada. As pesquisas do sábio Russo o levaram a abandonar o ateísmo e a se converter ao Evangelho, tornando-se um fiel discípulo de Cristo.

Durante todos esses séculos, milhares de pessoas têm lido e estudado os textos hebraico e grego da Bíblia, mas sequer notam essas estranhas ocorrências do número sete.

Milhares desses “setes” estão escondidos no texto e só podem ser notados mediante uma investigação e uma contagem especial. Eles estão surpreendentemente presentes de todas as maneiras concebíveis: nas letras, nas palavras, nas frases, nos parágrafos e nas passagens, tanto hebraicas quanto gregas.

Abraão de Almeida
Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol. E-mail: abraaodealmeida7@gmail.com

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