Minha Resposta | Revista Graça/Show da Fé
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01/03/2022
Carta do Pastor à ovelha – 274
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01/05/2022

Missionário, como devo agir com o chefe do meu marido, quando vem nos visitar e traz bebida alcoólica para consumir em nossa casa durante um jantar? Ele sabe que somos evangélicos e não consumimos esse tipo de bebida.

G. T. A., sem identificação da cidade

R.: Os irmãos devem pôr em prática o que é ensinado em 1 Coríntios 10.23-33. Ali, aprendemos que o cristão age em função dos interesses do Reino de Deus, visando ao bem do próximo e não ao de si mesmo (vv. 24, 31-33). O visitante sabe que vocês não bebem, mas os visita levando bebida alcoólica. Por quê? Pode ser para testá-los em sua fé, ou porque não consegue ficar sem álcool. Seja como for, os irmãos não são obrigados a beber. Sendo assim, simplesmente declinem do “presente”, porém não proíbam o chefe de beber, caso ele assim queira. Isso mostrará que não são intolerantes, como de hábito os cristãos são taxados, e, ao mesmo tempo, que mantêm sua fidelidade a Deus intacta. Orem por esse homem, que é autoridade sobre seu esposo, intercedendo como determina a Palavra (1 Tm 2.1-4; 2 Tm 2.24-26). Logo, ele será impactado pelo testemunho dos irmãos e pelo poder do Espírito Santo, tendo oportunidade de buscar a salvação em Cristo Jesus (Jo 16.7-11).


Como sei que fui batizada no Espírito Santo?

U. W. Q., via internet

R.: Depois que a pessoa se reconhece pecadora e, arrependida, invoca o Senhor Jesus como Salvador, ela nasce de novo. A confissão pública dessa decisão é o batismo nas águas, que representa a morte para o mundo e a ressurreição, para andar em novidade de vida, agora regida pela Palavra (Rm 6.1-14). No entanto, há, pelo menos, seis bênçãos importantíssimas que o Pai nos dá no batismo. Para quem passou por esse abençoado processo que redunda em vida eterna, existe ainda uma bênção muito especial, o batismo com o Espírito Santo (At 2.37-39). O Senhor Jesus batiza com a Terceira pessoa da Trindade revestindo o seguidor de Cristo com Seu poder, capacitando-o a testemunhar dEle em toda parte, ensinando e fazendo as mesmas coisas que o Senhor fez em nosso mundo (At 1.8; Jo 14.12). O sinal bíblico desse batismo é o orar em línguas que a pessoa desconhece, como descrito em Atos dos Apóstolos, nas várias ocasiões em que alguém foi batizado no Santo Espírito (At 2.1-12; 8.14-17; 10.44-48). É bom ressaltar que a ordem dos batismos (nas águas e no Espírito Santo) nem sempre é essa, como o evento na casa de Cornélio demonstra. Além disso, nem sempre a língua falada pelo batizado é um idioma humano, pois há também a língua dos anjos (1 Co 13.1). Esse revestimento do poder divino é recebido pela fé, como as outras bênçãos prometidas na Bíblia. Não há rituais ou coisas semelhantes para produzi-lo, apenas a busca junto a Deus com o coração aberto, crendo em Sua Palavra (Lc 11.9-13). No site da Graça Editorial, você encontrará diversas obras acerca desse importante assunto, a fim de nele se aprofundar e, assim, ajudar outros irmãos que têm dúvidas sobre ele.


Missionário, quem é a besta do Apocalipse? Ela já veio?

D. S., União da Vitória (PR)

R.: O Apocalipse descreve essa personagem em linguagem figurada, como quase tudo no livro (13.1-10). É bastante claro que se trata de um líder político mundial que comandará uma federação de nações com o poder e a autoridade do diabo. Enganará a quase todos com sinais e prodígios fantásticos, mas que serão usados para desviar as pessoas da Verdade e fazê-las prestarem-lhe adoração. Nisso, contará com a ajuda do falso profeta, claramente um líder religioso, cuja missão será convencer o mundo de que a justiça, a paz e a prosperidade virão sobre todos os que seguirem o líder político (a besta). O apóstolo Paulo trata disso, alertando para o perigo de se deixar enganar pelos prodígios da mentira, mostrando que aqueles que não estiverem alicerçados na Verdade, que é Jesus, serão facilmente enganados, como o próprio Senhor advertiu (2 Ts 2.1-12; Mt 24.24). Nesses dois mil anos de Evangelho, já houve inúmeras especulações visando identificar o anticristo. César, o papa, Napoleão, Hitler, entre muitos outros, já ocuparam o posto, mostrando que se trata de um exercício vão. Basta que nos firmemos na Verdade e não seremos enganados por quem quer que seja, pois saberemos discernir o poder de Satanás por trás das maravilhas operadas pelo filho da iniquidade (Jo 8.32; 14.6; 17.17).


Foto: Arquivo Graça / Marcelo Nejm

É lícito ao cristão servir bebidas alcoólicas (vinho, por exemplo) em uma festa de casamento, considerando que nem todos os convidados são convertidos?

R. F., via internet

R.: Alguém poderia responder afirmativamente, com a lembrança imediata da frase todas as coisas me são lícitas, repetida quatro vezes no Novo Testamento (1 Co 6.12a; 10.23a), além de mencionar o primeiro milagre do Senhor Jesus, a transformação da água em vinho, durante uma festa de casamento em Caná da Galileia (Jo 2.1-11). Entretanto, essa resposta não seria totalmente honesta, do ponto de vista escriturístico, levando em conta os ensinamentos da Palavra. Em primeiro lugar, nas quatro ocasiões em que ela diz tudo ser lícito, é acrescentado: mas nem todas convêm (1 Co 6.12a; 10.23a); mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas (6.12b); mas nem todas as coisas edificam (10.23b). Fica, então, evidente que o Senhor espera que Seus filhos avaliem criteriosa e sabiamente se o que se pretende fazer é conveniente, benéfico, e não escravizante. Ora, penso ser desnecessário ponderar acerca da validade do uso de bebidas alcoólicas por esses prismas, dada às imensas tragédias que elas causam na vida de milhões de famílias mundo afora. Ninguém é obrigado a servir vinho ou assemelhados em uma festa, só porque há convidados que os apreciam, do mesmo modo que, quando um seguidor do Senhor Jesus vai a algum lugar onde há álcool, não é obrigado a ingeri-lo. Seu testemunho é fundamental, principalmente nessas ocasiões, como ensinam as Escrituras (Rm 14.21; 1 Co 8.9; 10.32; Fp 2.15). Quanto ao vinho feito pelo Salvador naquele casamento, era natural, sem adição de álcool e diferente dos industrializados de hoje. Garanto que ninguém, naquela festa de Caná, ficou embriagado por algo que o Senhor Jesus fez. Pelo contrário, foi algo tão bom e edificante que Seus discípulos creram nEle (Jo 2.11).


Maquiar-se, pintar unhas e usar batom é pecado?

F. A. S., Taquaritinga do Norte (PE)

R.: O Senhor Jesus ensinou que é do coração que procedem as coisas erradas e más praticadas pelo homem (Mc 7.21-23). Quando uma mulher se arruma, desde que o faça sem exageros, apenas ela mesma sabe qual é sua verdadeira intenção com aquilo (1 Tm 2.9,10). Pode ser apenas melhorar sua aparência física, sem qualquer maldade, ou querer chamar a atenção alheia para si, competindo com outras mulheres. Pior ainda, quando utiliza a maquiagem como instrumento de reforço de atitudes lascivas e sedutoras, estimulando a cobiça dos homens e outras obras da carne (Gl 5.19-21). Portanto, é preciso ponderar sobre qual é a real intenção, não apenas nessa questão, mas também em tudo o que o seguidor do Senhor Jesus faz neste mundo (1 Co 10.31). Agora, se a igreja que a mulher frequenta tem restrições ao uso de maquiagem, ela terá de cumprir a orientação local, mesmo que julgue não existir nada de errado com os recursos estéticos dos quais lança mão. Desobedecer às determinações da liderança é pecado grave, equivalente ao da prática de feitiçaria (1 Sm 15.23).


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