Minha Resposta | Revista Graça/Show da Fé
Capa | Igreja
01/06/2022
Medicina e Saúde – 277
01/08/2022
Capa | Igreja
01/06/2022
Medicina e Saúde – 277
01/08/2022

Há 26 anos, mantenho uma união estável com meu companheiro. Sou viúva, e ele divorciado. Recebo uma boa pensão graças à qual podemos ter um padrão de vida razoável. Algumas vezes, consultei pastores a fim de me integrar à igreja, mas todos dizem que terei de me casar, o que faria com que eu perdesse a pensão com a qual nos mantemos. Essa união estável é válida aos olhos de Deus? Estou em pecado?

W. P. N., sem identificação da cidade

R.: Essa situação é delicada, e a irmã fará bem em consultar um advogado especializado em Direito de Família, a fim de ter um parecer jurídico correto quanto a seus direitos. Agora, do ponto de vista de Deus, ou a pessoa é casada ou não é. Para o Altíssimo, não existe meio-termo ou algo “intermediário”, a saber, alguma condição pretensamente legítima em que a pessoa viva como se casada fosse, embora não o seja. Quando o Salvador conversou com a mulher samaritana, Ele deixou bem claro que a situação dela era de adúltera, uma vez que o homem com quem se relacionava não era seu marido (Jo 4.16-18). Essa condição em que a senhora vive não apenas a impede de filiar-se à igreja, mas também é muito pior do que isso, pois a condena, com seu companheiro, ao fogo eterno (1 Co 6.9,10; Ef 5.5; Ap 21.8). Outro aspecto desse problema é o civil. Ora, supondo que a lei, de fato, a desqualifique quanto à pensão caso a senhora se case, isso é porque esse direito visa socorrer aquelas que não possuem sustento do marido, não é? A fornicação de vocês soma-se à hipocrisia, pois estariam usufruindo dos direitos conjugais sem serem casados e, ao mesmo tempo, dos civis, burlando o objetivo da lei. Em outras palavras, a lei quer proteger os que não têm o amparo do casamento, mas vocês não abrem mão nem da pensão, nem dos privilégios conjugais. Isso é enganar, atitude incompatível com quem diz servir ao Senhor (1 Ts 4.6-8).


Quando oramos – sem cessar – e não obtemos uma cura ou resposta do Senhor, há algum motivo que explique isso? O que diz a Palavra?

H. Y. V., sem identificação da cidade

R.: Existem várias possibilidades, de sorte que o melhor é aconselhar-se com um pastor que o conheça bem e para o qual você possa expor mais longamente o que acontece. A Bíblia Sagrada declara que muitas das orações feitas a Deus são impedidas pela iniquidade, isto é, pelo pecado não confessado ou não abandonado (Is 59.1,2ss). Isso não significa, necessariamente, que seja um pecado grave aos nossos olhos, como os morais, pois o orgulho, a soberba, o não cumprimento dos compromissos assumidos com outrem ou mesmo uma “simples” incompreensão das necessidades do cônjuge também bloqueiam a oração (Sl 24.4,5; 66.18; Tg 4.6; 1 Pe 3.7). Não estar ligado à Videira, em outras palavras, viver desconectado da fonte de sustento espiritual que é o Senhor Jesus, por meio de Sua Palavra, é outra razão possível (Jo 15.5-11). Orar acerca de algo que irá apenas satisfazer nossa vontade carnal, por mais legítima que nos pareça, também impedirá de sermos atendidos pelo Pai celeste, que conhece e pesa os corações (Tg 4.3-10). Outro impedimento é a falta de fé genuína (Mc 6.5,6-ARA; Mc 9.23; Hb 11.6). Enfim, como disse acima, há diversas possibilidades para a aparente ausência de resposta do Pai, mas todas elas podem e devem ser tratadas espiritualmente. Meu livro Como tomar posse da bênção lhe será de grande ajuda nisso.


Meus irmãos na fé usam o texto de 1 Coríntios 5.5 para justificar que não se perde a salvação. Isso é correto?

J. V. C., via internet

R.: De jeito nenhum! Observe que a passagem desse capítulo trata da expulsão de um malfeitor que, tolerado pela liderança da igreja, escandalizava meio mundo com a prática de algo considerado nojento até mesmo entre os incrédulos (1 Co 5.1,2,13). O versículo 5 trata de disciplina, isto é, de uma condição de sofrimento atroz nas mãos de Satanás, a fim de provocar o despertar daquele homem para o mal que praticava. Com isso, poderia recordar-se do que ouvira na igreja, arrepender-se de seu pecado e buscar a salvação com o Senhor, como parece ter ocorrido depois, ocasião em que a mesma liderança hesitava em perdoar-lhe (2 Co 2.5-11). Portanto, o tal homem, quando foi disciplinado, nem salvo era! Além disso, se a salvação fosse uma bênção imperdível, por que razão o Senhor Jesus insistiria tanto em exortar os salvos a vigiar intensamente, a fim de não serem reprovados em Sua volta? (Mt 26.41; Mc 13.35; Lc 21.36) Por que essa insistência para permanecerem fiéis e perseverantes na fé até o fim? (Mt 24.13; Ap 2.10b). Simples retórica? Óbvio que não. Se a frase “uma vez salvo, salvo para sempre” fosse uma verdade ensinada nas Escrituras, como insistem alguns teólogos, por que haveria nelas afirmações em contrário? Concluo a resposta com uma delas: Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados (2 Co 13.5).


Foto: Arquivo Graça / Marcelo Nejm

Maquiar-se, pintar unhas e usar batom é pecado?

F. A. S., Taquaritinga do Norte (PE)

R.: Isso vai depender de, ao menos, duas coisas. A primeira é sua intenção secreta, que só Deus e seu coração conhecem (Jr 17.9,10). Querer, vaidosamente, chamar a atenção para si mesma, para seu corpo e suas formas é o que a Bíblia chama de lascívia, e isso é pecado (Gl 5.19-21). Não há mal em embelezar-se, desde que seja com discrição, pudor e modéstia (1 Tm 2.9,10). As mulheres de Deus também se adornavam para seus maridos, mas punham mais ênfase nas virtudes interiores, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus (1 Pe 3.3-5). Assim, ponha o assunto em oração sincera e veja se a irmã tem paz no coração ao embelezar-se (Cl 3.15 –ARA). A segunda circunstância que precisa ser levada em conta é o ensinamento de sua congregação, de sua igreja local. Há pastores e líderes que são totalmente de Deus e que fazem restrições quanto a vestimentas e adornos, tanto femininos, quanto masculinos. Se for seu caso, minha irmã, siga a instrução de seu pastor, pois rebelar-se é o mesmo que praticar feitiçaria (1 Sm 15.23). Portanto, se o ensinamento de sua congregação for rígido quanto a usos e costumes, ore pela liderança, para receberem do Senhor direção, tanto eles quanto você.


É pecado ficar um pouco com uma pessoa com quem se tem a intenção de namorar?

A. I. G., via internet

R.: Qual é o propósito do “ficar”? Até onde sei, trata-se de uma prática mundana, por meio da qual os jovens se permitem beijar na boca e trocar carícias sem que tenham qualquer vínculo entre si. Não há compromisso nem qualquer obrigação entre eles, embora se comportem como íntimos, inclusive no envolvimento físico. Já o alvo de um namoro bíblico é conhecer a pessoa que nos desperta a atenção com vistas a um possível casamento. Isso importa em compromisso de exclusividade e atenção para com os sentimentos da outra parte. Infelizmente, muitos jovens dão curso à carne e se permitem agir como casados durante o namoro, situação que os coloca em gravíssimo risco de sofrer a condenação eterna (1 Co 6.10; Ef 5.5; Ap 21.8). Para resguardá-los disso, a Palavra exorta que todos busquem a santificação, fugindo da prostituição e sabendo possuir o seu vaso em santificação e honra, não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus (1 Ts 4.3-5). Ora, se, para um namoro cristão e sábio, a Palavra apresenta essas advertências, o que o Senhor diria sobre “ficar”? Além disso, por que você tem o desejo de “ficar” com quem deseja namorar? Para saber se a pessoa beija bem? Então, o que atraiu você não foi o caráter, a fé nem qualquer outra qualidade moral, não é mesmo? Vigiar é crucial! (Fp 4.5). Tenha extremo cuidado com esse assunto e leve a Bíblia Sagrada a sério, pois aquilo que semear, certamente, ceifará, seja vida eterna seja destruição (Gl 6.7,8).


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *