Entrevista | Revista Graça/Show da Fé
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Foto: Arquivo pessoal

Sedentos pela Verdade

Pastor fala sobre a recente implantação da IIGD na Armênia e destaca o potencial crescimento do Evangelho no país

Por Patrícia Scott

Com pouco mais de 3 milhões de habitantes, a Armênia é um pequeno país do extremo Leste da Europa que faz fronteira com a Turquia, a Geórgia, o Azerbaijão e o Irã. A nação integrou a extinta União Soviética, um conglomerado de repúblicas socialistas comandado pela Rússia que existiu entre os anos de 1922 e 1991. Com a fragmentação do bloco soviético, o país se tornou independente. Hoje, a economia armênia tem como base a agropecuária e a indústria de alimentos e bebidas. Lá, o cristianismo ortodoxo é a principal religião. Entretanto, para muitos armênios, ser cristão não representa, necessariamente, ter  comunhão com o Senhor Jesus, já que a filiação religiosa deles é apenas nominal.

Nesse cenário, desde outubro de 2022, o Pr. Felipe Menezes, 33 anos, cumpre a missão de estabelecer a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) na República da Armênia. O ministério da IIGD já é conhecido naquele país há tempos, pois o Missionário R. R. Soares possui um perfil no Facebook em armênio com milhares de seguidores. A página na rede social foi utilizada pelo Pr. Felipe para realizar uma série de ações evangelísticas antes de seguir para o país. “Devido às lives, muita gente já conhecia o nosso ministério”, informa o pregador que, anteriormente, estava à frente da sede regional da Igreja da Graça em Santo Amaro, zona sul de São Paulo (SP). Agora, ele reside na capital armênia, Yerevan, com a esposa, Bárbara Prates Menezes, 33 anos, e as duas filhas, Isabela (4) e Gabriela (2).

Nesta entrevista à Graça/Show da Fé, o pastor fala sobre os desafios do trabalho e revela detalhes dos primeiros passos da IIGD naquela nação.

Como surgiu a ideia de iniciar essa obra espiritual na Armênia?

Foi uma decisão do Missionário R. R. Soares a partir de uma orientação do Senhor. Certo dia, em novembro de 2021, ele me chamou para dizer que estava orando e pensando em me enviar à Armênia. Na mesma hora, respondi: “Eis-me aqui!”. Ele informou que eu precisaria aprender russo, e aceitei imediatamente.

De que maneira se deu a preparação para essa mudança?

Assim que o Missionário compartilhou a intenção de me enviar para a Armênia, iniciei as aulas de russo com uma professora indicada por ele. Seis meses depois, passei a aprender também o armênio. Agora, sigo estudando as duas línguas. Em abril de 2022, seis meses antes da minha vinda, comecei a fazer lives na página do Missionário no Facebook destinada à Armênia. Temos quase 30 mil seguidores. Eu falava em inglês, e a professora traduzia. No começo, atingíamos cinco, dez pessoas ao vivo. Com o tempo, chegamos a ter cem espectadores acompanhando a transmissão.

Qual é a importância da internet para a implantação da IIGD na Armênia?

É essencial. Alcançamos pessoas de perto e de longe. Recebo pedidos de oração de várias cidades da Armênia, além de inúmeros testemunhos. A partir das redes sociais, conseguimos chegar a muito mais gente.

Como são as reuniões presenciais?

Alugamos um salão, e nossas reuniões acontecem todos os sábados, ao meio-dia. Também fazemos atendimento on-line, visitas, além de realizar cultos nos lares. Nesse caso, pedimos ao dono da casa que convide os vizinhos e os amigos, e, assim, realizamos o evangelismo. Aos poucos, alcançamos mais vidas para Jesus.

Quais são as principais barreiras a transpor para estabelecer a Igreja da Graça na Armênia?

Os idiomas armênio e russo. Eles são bem diferentes do português. São línguas com declinações [flexões que as palavras sofrem, de acordo com a função que exercem na frase, e que não existem na língua portuguesa], o que dificulta o aprendizado. A cultura e o clima também são bem diferentes do Brasil.

A população é receptiva ao Evangelho?

A Armênia é um país cristão: a maioria da população – mais de 90% – pertence à Igreja Ortodoxa Armênia. Em relação à Igreja Evangélica, ainda há certa oposição. No entanto, estamos lá para somar e pregar a mensagem de Jesus Cristo.

Em sua opinião, quais são as perspectivas de crescimento da IIGD na Armênia?

São grandes. Aqueles que nos procuram estão sedentos pela Verdade que liberta. Muitos vêm a nós em busca de oração. Inclusive, já temos vários testemunhos.

Poderia dar exemplos dessas histórias de milagres?

Um rapaz que não enxergava de perto, após orarmos por ele, recebeu a cura. Uma senhora que só andava de bengala voltou a caminhar normalmente após levantarmos um clamor na casa dela. Outra senhora, que sofria por causa de um problema nas mãos, ficou liberta. Muitas pessoas têm sido abençoadas quando intercedemos e pregamos a Palavra de Deus.

Existe a intenção de levar a IIGD a países vizinhos à Armênia?

Sim! Queremos avançar, para a glória de Deus, a outras nações. Atendo diversas pessoas da Rússia e da Geórgia que pedem visitas. Assim que possível, faremos reuniões nesses e em outros países também de língua russa. São 15 nações que falam esse idioma.

Pastor, como o senhor enxerga a IIGD na Armênia daqui a alguns anos?

Projetamos uma grande Igreja com muitos membros, que se espalhará para todos os países de língua russa. Queremos que toda essa região conheça o Evangelho Pleno que cura, liberta, faz prosperar e, principalmente, oferece a salvação em Cristo e a vida eterna.

Felipe Menezes
Pastor e líder da IIGD na Armênia

2 Comments

  1. Achei muito interessante a notícia de abertura da pregação da palavra na Romênia. E o interesse das regiões vidinha pelo evangelho.

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