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Jornal das Boas-Novas – 257
01/12/2020
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Fotos: Arquivo pessoal

“Ciclo de milagres”

Contrariando prognósticos médicos, publicitária vence doença rara e se torna mãe

Por Evandro Teixeira

Em novembro de 2010, a publicitária Dayana Martiniana dos Santos, hoje com 34 anos, desmaiou em casa, na cidade de São Paulo (SP). Levada a uma emergência pelo marido, o Pr. Evandro Miguel dos Santos, 35, ela ouviu do médico que se tratava de uma crise de ansiedade. No entanto, com o passar dos dias, Dayana apresentou fraqueza muscular e, de volta ao hospital, foi submetida a exames laboratoriais. Constatada uma baixa significativa no percentual de plaquetas no sangue, ela foi internada, mas sem ter um diagnóstico para seu problema.

O quadro de Dayana, então com 24 anos, só piorava, a ponto de ela perder a memória e não reconhecer o marido ou a mãe. Também não conseguia escrever ou falar. Ela entrou em coma e foi levada para a unidade de terapia intensiva (UTI). Durante a internação, um hematologista concluiu que ela sofria de uma doença rara denominada púrpura trombocitopênica trombótica, conhecida pela sigla PTT, um distúrbio autoimune que forma pequenos coágulos por todo o corpo, os quais bloqueiam o fluxo da corrente sanguínea para órgãos vitais, como o cérebro, o coração e os rins.

Além da redução de plaquetas, que se agravava a cada dia, o cérebro de Dayana não tinha mais a oxigenação necessária para manter as atividades dos órgãos, o que poderia levá-la à morte. Ademais, seu organismo não estava reagindo à medicação.

Dayana e o Pr. Evandro tinham apenas dois anos de casados na época. Ele liderava a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no Parque São Lucas, na zona leste da capital paulista. Durante todo o processo, o pastor colocou a Igreja em oração e contou com a ajuda de amigos líderes de outras regiões. Até os médicos, aparentemente sem crer, sugeriram que eles orassem pedindo a intervenção divina.

Após quase 30 dias na UTI, os exames começaram a apresentar sinais de melhora. Mesmo não se sentindo plenamente recuperada, ela recebeu alta. Passados alguns dias, Dayana percebeu que teria de voltar ao hospital, pois persistia a fraqueza que sentia desde o início do processo. Todas as análises clínicas foram refeitas, e o agravamento da doença estava estampado nelas. Era véspera de Natal quando a publicitária foi novamente internada. Os especialistas explicaram que, por se tratar de uma enfermidade autoimune, seria preciso o organismo reagir, entretanto o prognóstico não era bom.

Dayana recebia várias visitas no hospital e tinha a impressão de que as pessoas estavam indo até lá para lhe dizer adeus. Foi quando percebeu que estava em meio a uma prova de fogo. Embora tivesse convicção de que Deus operaria um milagre, ela enfrentava uma guerra espiritual na qual chegou a ouvir demônios dizendo que morreria. “Naquela hora, orei impondo as mãos sobre a minha cabeça, expulsando o mal.”

Muitos crentes em Jesus continuavam em intercessão, e o Senhor lhes respondeu: em janeiro de 2011, a serva de Cristo recebeu alta definitiva. No entanto, o doutor advertiu Dayana e Evandro de que dificilmente teriam filhos, pois qualquer gestação seria arriscada. Uma vez que a PTT é um distúrbio autoimune, o sistema imunológico, essencial para o sucesso da gravidez, estaria comprometido. Nas consultas periódicas que fazia, Dayana era sempre lembrada do risco de uma gestação.

Parto normal – Seis anos depois, em 2017, veio a notícia surpreendente: Dayana estava grávida. Quando soube disso, o médico que acompanhava o caso ficou alarmado e solicitou uma bateria de exames, repetida ao longo de nove meses, sempre com bons resultados.

Com apenas 32 semanas gestacionais, Dayana entrou em trabalho de parto. Antes disso, havia divergências sobre o melhor procedimento para o nascimento da criança. Para o obstetra, a gestante deveria optar pelo parto normal, pois os riscos seriam menores. Já o hematologista entendia ser mais prudente a cesariana. “Mesmo com os resultados normais dos meus exames, eles alegavam que havia um risco real de reativar a doença”, recorda-se a publicitária.

Em meio àquela “queda de braço”, a pequena Giovanna nasceu de parto normal. No entanto, foi um procedimento difícil, pois, na barriga, ela estava sendo asfixiada pelo cordão umbilical. Passaram-se cinco minutos desde o nascimento até que conseguisse respirar. A menina teve de permanecer 30 dias na UTI, de onde saiu sem sequela. A possibilidade do ressurgimento do distúrbio de Dayana foi descartada, porque exames posteriores ao parto confirmaram que o quadro de saúde da mãe se mantinha estável.

Atualmente, o Pr. Evandro está à frente da IIGD de Vila Guilhermina, na zona leste de São Paulo. Para Dayana, o nascimento da filha é a maior prova do poder de Deus em sua história, pois, a cada percalço, o Senhor respondeu, de forma poderosa, às suas orações e às de seus irmãos em Cristo. “Isso me lembra as palavras do Missionário R. R. Soares, quando diz: Quando Deus age em nossa vida, Ele opera um ciclo de milagres.”


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