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João Pedro Pires Pereira, em foto tirada depois que a médica disse que ele estava livre do linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático Fotos: Arquivo pessoal

“Foi a mão de Deus”

Contrariando os prognósticos médicos, adolescente vence o câncer em tempo recorde

Por Evandro Teixeira

O estudante João Pedro Pires Pereira, 18 anos, não se lembra, muito bem, de como tudo aconteceu. Apenas sabe que teve um câncer e que sua vida hoje é um milagre. Ele tinha 12 anos quando um pequeno nódulo, aparentemente inofensivo, surgiu em seu pescoço. Sua mãe, a vendedora Rosali Nascimento Pires Pereira, 47 anos, ao contrário do jovem, tem cada detalhe da história na memória. Ela conta que, a princípio, não deu importância àquela alteração na pele, que parecia uma espinha. Até que o nódulo começou a crescer.

O pediatra foi consultado, mas a solução para o problema não chegou tão cedo quanto a família gostaria. João Pedro foi encaminhado para um especialista em cabeça e pescoço, o qual, ao entender que o nódulo tinha a ver com um canal dentário, mandou que a família procurasse um cirurgião dentista. Este profissional, por sua vez, orientou Rosali a levar o garotinho a um médico imunologista. Para o dentista, tratava-se de uma alteração de hormônios, afinal João Pedro estava em fase de crescimento. Alguns médicos, mesmo sem um diagnóstico preciso, chegaram a receitar remédios que não surtiram efeito algum sobre o problema.

Na ocasião, a família, que já era membro da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Barra Mansa (RJ), reforçou as orações em busca de respostas. Toda essa caminhada interminável por diversos consultórios durou, mais ou menos, um ano. Ao final desse período, a situação ficou mais preocupante. João Pedro passou a ter febre com frequência, além de apresentar palidez e ficar com olheiras profundas.

João Pedro Pires Pereira, hoje, com seu violão. Ele toca no grupo de louvor da Igreja: alegre por saber que sua vida é um testemunho permanente do agir sobrenatural de Deus

Foi quando o pediatra indicou fazer uma biópsia do nódulo – o qual, a essa altura, media quase três centímetros. Nessa ocasião, esse especialista ainda cogitava a possibilidade de ser uma alteração na pele denominada micose sistêmica, muito comum no Brasil e popularmente chamada de paracoco (na Medicina, paracoccidioidomicose ou PCM). De acordo com o médico, a bactéria podia ser contraída em contato com grama ou mato. Como João Pedro jogava futebol, essa seria mais uma possibilidade, mas a hipótese não se confirmou.

O material da biópsia foi enviado para um laboratório em São Paulo, e, finalmente, veio o resultado: o menino era portador do linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, um conjunto formado por órgãos e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e por vasos que as conduzem por todo o corpo. Devido à demora no diagnóstico, o câncer já havia evoluído para o estágio 3, com outro nódulo no baço.

Rosali e o marido, o técnico de TV a cabo Jean Alves Pereira, 44 anos, mantiveram-se em oração durante todo o processo. No entanto, eles não conseguiam compreender por que aquela doença havia acometido seu filho, uma vez que ele sempre fora uma criança saudável. “Eventualmente, durante o inverno, ficava gripado e tinha faringite. Fora isso, sempre teve boa saúde”, destaca a mãe. Porém, de acordo com os médicos, não há uma forma efetiva de prevenir o surgimento dessa doença.

João Pedro Pires Pereira (de camisa branca), a mãe Rosali Nascimento Pires Pereira, o irmão João Victor e o pai Jean Alves Pereira: família reunida louvando a Deus pelo milagre

Dor de cabeça – João Pedro foi submetido a 12 sessões de quimioterapia, um processo que durou, aproximadamente, dois meses. Contando com o apoio de sua Igreja, a família seguia firme, em oração, pela recuperação completa dele. Mas, segundo os médicos, aquele era apenas o início do tratamento. Dificilmente, haveria resultados satisfatórios com apenas 12 sessões quimioterápicas. Ademais, aquele mal continuava a avançar.

O período da quimio transcorreu de maneira tranquila, e João Pedro nem sequer chegou a perder os cabelos. Apenas houve um susto para a família quando ele passou a ter uma dor de cabeça bastante forte. A oncologista que acompanhava o caso levantou a suspeita de uma metástase da doença no cérebro. No entanto, tratava-se de uma manifestação alérgica provocada por uma das medicações.

Terminadas as primeiras sessões de quimioterapia, foram realizados os procedimentos para avaliar o efeito dela. Por meio de um exame de imagens conhecido como PET Scan – capaz de analisar o corpo inteiro detalhadamente –, foi constatado que não havia mais qualquer atividade do linfoma no organismo de João Pedro. O resultado contrariava os prognósticos médicos, que não esperavam uma resposta tão rápida. “Foi a mão de Deus”, resume Rosali.

Atualmente, toda a família é atuante na Igreja da Graça em Resende (RJ). Rosali, seu esposo e o filho mais velho do casal, João Victor, 21 anos, são obreiros. João Pedro também é ativo na Igreja: depois da cura, trocou as partidas de futebol pelo violão e toca o instrumento no grupo de louvor. Durante todo o processo terapêutico, ele não tinha uma real noção do que acontecia. “Apenas ficava triste com as limitações impostas pelo tratamento, como não poder brincar. Contudo, ficava feliz à medida que melhorava”, comenta o rapaz, alegre por saber que sua vida é um testemunho permanente do agir sobrenatural de Deus.


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