Novela da Vida Real | Revista Graça/Show da Fé
Medicina e Saúde – 271
01/02/2022
Carta do Pastor à ovelha – 273
01/04/2022
Medicina e Saúde – 271
01/02/2022
Carta do Pastor à ovelha – 273
01/04/2022

Surpreendidos pelo milagre

Depois de uma gravidez inesperada, casal se mantém firme na fé e vê bebê superar problemas pós-nascimento

Por Evandro Teixeira

Em 2006, com cinco anos de casamento, a dona de casa Elisabete Aparecida de Souza Costa, então com 32 anos, descobriu que estava grávida pela primeira vez. Essa notícia a fez sonhar em ter seu bebê nos braços. Passados três meses, porém, um aborto espontâneo transformou tudo em pesadelo.

Poderia ser um problema fácil de resolver, mas exames revelaram que Elisabete tinha trompas obstruídas. De acordo com os médicos, esse quadro fazia os óvulos dela serem fecundados nas trompas, ou seja, fora do útero. Gestações desse tipo, conhecidas como ectópicas, não vão adiante, pois não há espaço para o embrião se desenvolver.

Sara Eloísa, recém-nascida de seis meses de gestação, pesando pouco mais de 700g: veio ao mundo contrariando todos os prognósticos Foto: Arquivo pessoal
Sara Eloísa, hoje com cinco anos: uma garotinha saudável e feliz – Foto: Arquivo pessoal

Após uma avaliação médica, Elisabete foi comunicada de que não havia tratamento disponível para o seu caso. Por isso, ela só teria um filho se fosse submetida à inseminação artificial. Ainda assim, teria apenas 20% de chances de conceber. Entretanto, como esse processo demanda muitos recursos financeiros, Elisabete e o marido, Eduardo Antônio Santos Costa, deixaram adormecido o plano de ter um neném. “Pelas vias naturais, a chance de minha esposa engravidar, segundo os médicos, era zero”, lembra-se ele.

Até que, em 2010, Elisabete, que já era cristã, conheceu a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Vila Progresso, zona leste de São Paulo (SP). Sua primeira impressão foi tão boa que, na vez seguinte, levou o marido. “Durante o culto, senti paz e alegria”, declara Eduardo. Ouvindo as mensagens de fé, nos cultos, os dois voltaram a acalentar no coração o desejo de ter um filho, algo que eles falavam apenas com Deus. “A história de Sara, esposa de Abraão, que não podia ter filhos, mas obteve a vitória do Senhor, sempre nos fortalecia”, ressalta Eduardo, referindo-se ao texto de Gênesis 17.15-21.

A experiência de Ana era igualmente importante para eles por causa das orações que a mulher de Elcana fazia ao Altíssimo. Em especial, a passagem de 1 Samuel 1.19, 20: E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o SENHOR, e voltaram, e vieram à sua casa, a Ramá. Elcana conheceu a Ana, sua mulher, e o SENHOR se lembrou dela. E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR.

Idas e vindas – Uma década se passou desde aquela primeira gravidez, quando, voltando de um culto, Elisabete começou a sentir uma forte dor abdominal. Ao procurar atendimento médico e se submeter a exames, ela soube que estava grávida! Pela ultrassom, os médicos constataram que ela já estava com 24 semanas de gestação e que o bebê fora gerado novamente fora do útero. Em diversos casos de gravidez ectópica, a mulher pode não perceber os sintomas.

No entanto, o que mais impressionou os especialistas foi o fato de essa gravidez ter avançado por tanto tempo: seis meses. Segundo eles, geralmente, a criança morre bem antes, devido ao local em que está não ser apropriado para seu crescimento. Porém, contrariando todos os prognósticos, as dores abdominais indicavam que Elisabete estava em trabalho de parto. A pequena Sara Eloísa nasceu pesando pouco mais de 700g para felicidade de toda a família.

A dona de casa Elisabete Aparecida de Souza Costa ao lado do marido, Eduardo Antônio Santos Costa, com a pequena Sara Eloísa no colo, apresentando-a a Deus na Igreja da Graça – Foto: Arquivo pessoal

Os médicos não encontraram uma explicação científica para o ocorrido. Uma gravidez ectópica não costuma avançar além de poucas semanas. Eduardo, atualmente com 48 anos, relata que, ao ouvirem sobre esse milagre, alguns conhecidos que estavam afastados da fé voltaram para a casa de Deus.

Como nasceu prematura, Sara teve de ficar internada, a princípio, para ganhar peso. Depois da alta médica, a menina apresentou sintomas de bronquiolite [doença em que os bronquíolos – estruturas que fazem parte dos pulmões – ficam inflamados por causa de um vírus] e teve de voltar ao hospital para tratamento. Um tempo depois, ela foi internada novamente devido a uma pneumonia aguda e precisou ficar em UTI.

As idas e vindas do hospital aconteceram até Sara completar dois anos. Para o casal, esse foi um período de oração, fé e lágrimas. Qualquer sinal de resfriado era motivo para levá-la ao médico como precaução para não evoluir para algo mais grave. Agora, com cinco anos, a garotinha é saudável e feliz. E, para aqueles que testemunharam a história de sua gestação e do seu nascimento, não restam dúvidas: sua vida é um milagre.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *