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Foto: Anshu A / Unsplash

Saúde intestinal

Quem deseja preservar o bom funcionamento do organismo deve dar atenção especial ao intestino. Um dos problemas mais comuns que afetam esse órgão é a disbiose. Trata-se de um desequilíbrio na flora intestinal (microbiota) que ocorre quando a quantidade das bactérias boas que ali habitam é inferior ao das bactérias nocivas. Quando isso acontece, pode ocorrer inflamação intestinal, uma baixa na absorção de nutrientes e prejuízos para o sistema imunológico. Essa alteração da flora pode ser passageira e causar sintomas temporários, tais como náuseas, gases, vômitos, azia, diarreia ou prisão de ventre. Entretanto, quando ocorre por muito tempo e não é tratada, pode levar ao desenvolvimento de intolerância à lactose, doença celíaca ou síndrome do intestino irritável.

O surgimento da disbiose pode ser resultante de uma dieta rica em carnes, gorduras saturadas e açúcares. Em contrapartida, o consumo de frutas, legumes e verduras ricos em fibras ajudam a promover a saúde da microbiota. Outros alimentos, como o iogurte e o kefir, colaboram para o bom funcionamento do intestino. (Élidi Miranda, com informações de Tua Saúde)

Foto: Uday Mittal / Unsplash

Sintomas diferentes

Diferenciar uma crise de ansiedade e o princípio de um infarto não é tarefa simples: muitas pessoas pensam que estão tendo um ataque do coração. Outras, por outro lado, quando submetidas a forte estresse, acham que estão tendo um excesso de ansiedade, mas, na realidade, estão infartando. 

Alguns sintomas são parecidos, contudo há mais diferenças do que semelhanças entre as duas condições. No ataque cardíaco, geralmente, a pessoa se queixa de formigamento pelo corpo, enjoo, taquicardia e dificuldades para respirar. Além disso, há sensação de pressão no peito e dor, que irradia para o braço esquerdo. 

Na crise de ansiedade, os sintomas mais comuns são medos irracionais. A pessoa pode ter sensação de desmaio ou de que irá morrer a qualquer instante, sintomas ausentes no infarto. A dor também se concentra na área do peito, mas sem a pressão gerada nos ataques cardíacos e não se limita ao braço esquerdo, podendo irradiar para várias partes do corpo. Outra diferença fundamental é que, nas crises de ansiedade, os sintomas normalmente desaparecem depois de 20 minutos, porém, nos infartos, tendem a piorar com o passar do tempo. Por isso, na dúvida, o ideal é buscar ajuda especializada imediatamente. (Élidi Miranda, com informações de Medellin Comunicação)

 

Síndrome das redes

Foto: Arquivo pessoal

Cinco minutos com
Dra. Priscila Dossi

POR ÉLIDI MIRANDA

Irritabilidade permanente, descumprimento de regras e atitudes provocadoras diante de figuras de autoridade. Crianças que apresentam essas características podem sofrer de Transtorno Opositor Desafiador (TOD). A condição faz com que o pequeno tenha um comportamento difícil de lidar em casa e na escola. Nesta entrevista, a psiquiatra Priscila Zempulski Dossi, especialista em Psiquiatria Infantil e Adolescência pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), explica o que é o TOD e de que  maneira tal quadro pode ser tratado.

 

O que caracteriza o Transtorno Opositor Desafiador (TOD)?

É um tipo de transtorno da infância. A criança com TOD, além de viver constantemente mal-humorada e irritada, no geral, opõe-se a regras e desafia as figuras de autoridade. Também pode acabar se envolvendo em brigas e confusões com frequência, por não demonstrar sentir medo. Isso pode piorar a situação por toda a vida, caso o problema não seja tratado. Apesar disso, o pequeno pode se socializar, ter amigos e colegas da mesma faixa etária. 

Como diferenciar esse transtorno das birras de criança e outros comportamentos relacionados à falta de limites impostos pelos cuidadores?

As birras são aquelas crises de choro e raiva que a criança apresenta na maioria das vezes porque deseja muito uma coisa e não pode ter. Às vezes, faz isso para chamar a atenção, por se sentir frustrada, mas essas crises são passageiras; elas começam por volta dos dez meses e, em geral, acabam antes de atingir os quatro anos de idade. O TOD, ao contrário, é um transtorno e não é passageiro. É mais intenso e envolve situações de difícil controle. Costuma se apresentar na infância, principalmente na idade escolar, e é mais comum em meninos do que em meninas. O TOD precisa de tratamento; as birras comuns não. 

Quais são as causas do transtorno?

Não há uma definição exata das causas, mas sabe-se que vêm de uma combinação entre predisposições neurobiológicas, fatores de risco psicológicos e disfunções no ambiente social ou familiar no qual a criança está inserida.

Como é possível saber se uma criança tem TOD?

O diagnóstico é feito por critérios clínicos. A criança apresenta alguns dos sintomas já descritos, como irritabilidade, postura desafiadora e argumentativa e descumprimento de regras, que persistem por, no mínimo, seis meses.

Qual é o tratamento mais adequado? 

Geralmente, consiste em sessões de psicoterapia individual e com os pais ou familiares, além de incluir medicamentos receitados e acompanhados por um psiquiatra infantil. A abordagem deve ser individualizada, conforme cada caso.

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