Medicina e Saúde | Revista Graça/Show da Fé
Capa | Igreja
01/06/2022
Medicina e Saúde – 277
01/08/2022
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Consultas periódicas

Foto: NCI / Unsplash

As mulheres se preocupam em ir todos os anos ao consultório do ginecologista, principalmente para a realização do exame preventivo do câncer de colo do útero. Contudo, elas também deveriam visitar o urologista. Isso porque são mais propensas que os homens a ter problemas no aparelho urinário, como infecções, cálculo renal ou incontinência urinária.

O ginecologista se dedica a tratar o aparelho reprodutor feminino e, por isso, geralmente, é considerado especialista em saúde da mulher. Entretanto, as doenças do aparelho urinário nem sempre são verificadas por esse médico. Dessa forma, as mulheres ficam sujeitas a diagnósticos tardios ou errados, pois só procuram o urologista quando o quadro já está avançado. A presença de sangue na urina, por exemplo, pode ser tratada como infecção por um profissional que não seja especialista no assunto, quando a causa do problema pode estar associada à existência de cálculo no trato urinário ou mesmo câncer. (Élidi Miranda, com informações de Hospital Albert Sabin)

Inimigos microscópicos

Os ácaros são animais que pertencem a uma subclasse de aracnídeos. Existem milhares de espécies deles, mas, entre as mais comuns, estão as microscópicas, que habitam o interior das casas, causando diversos transtornos à saúde. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), no Brasil, o ácaro da poeira domiciliar é o principal alérgeno, pois é responsável por cerca de 80% das alergias respiratórias do país. Eles se alimentam de partículas resultantes da descamação da pele humana e de animais domésticos, fungos e outros produtos orgânicos. Suas fezes e o próprio esqueleto são os responsáveis por provocar processos alérgicos e infecciosos nas vias respiratórias, como a rinite alérgica.

A limpeza da casa é a principal arma contra esse inimigo da saúde, especialmente no inverno, quando as temperaturas mais baixas tendem a agravar os quadros respiratórios. Para limpar o lar, o ideal é utilizar aspirador e pano úmido, uma vez que as vassouras espalham a poeira no ambiente. Roupas de cama devem ser trocadas uma vez por semana. Sofás e poltronas têm de ser higienizados uma vez por ano; as cortinas, assim como as capas de almofada, a cada seis meses. Colchões, assim como travesseiros, devem ser higienizados e renovados com a mesma periodicidade. Os tapetes, que, além de ácaro, acumulam muitos fungos e bactérias, precisam ser limpos duas vezes por ano. (Élidi Miranda, com informações de Press à Porter)

Inflamação secundária

Cinco minutos com o Dr. Layron Alves

POR ÉLIDI MIRANDA

Foto: Divulgação

Dor no ombro é um problema recorrente na população. Entre suas causas mais comuns, está a bursite – a inflamação da bursa– uma estrutura que atua como amortecedor principalmente entre tendões e ossos, protegendo-os de atritos e fricções. A bursite é mais comum nos ombros, cotovelos e quadril, mas pode aparecer em outras partes do corpo. O distúrbio afeta indivíduos de todas as idades, no entanto as principais vítimas costumam ser idosos e pessoas que, por algum motivo, realizam movimentos repetidos – como pintores de parede ou tenistas. As repetições deixam a bursa inflamada. “Com isso, o corpo passa a produzir mais líquido sinovial, menos viscoso, e a bolsinha aumenta de tamanho, causando inchaço, dor e, em alguns casos, vermelhidão”, informa o Dr. Layron Alves, ortopedista especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Clínica LARC, em São Caetano do Sul (SP). Nesta entrevista, ele esclarece as principais causas da doença e formas de tratamento.

Por que a bursite na região do ombro é tão comum?

Em primeiro lugar, temos de lembrar que a bursa é uma membrana, situada em um espaço virtual, circundada de tecidos. Em geral, são tendões, músculos, articulações e ossos. A bursite no ombro é comum porque as patologias dos tecidos que envolvem a bursa são muito prevalentes. É preciso lembrar que a bursite do ombro nunca é a doença primária, e sim secundária a um problema, normalmente dos tendões do manguito rotador [grupo de músculos e tendões responsáveis pelo equilíbrio da articulação do ombro].

Que fatores podem provocar o surgimento dessa condição?

Aqueles associados às patologias do manguito rotador, lesões nos tendões, rupturas e até processos de degeneração da articulação do ombro, como artrose [processo degenerativo da articulação].

Quais são os principais sintomas e como é feito o diagnóstico? 

Os principais sinais da bursite são os sintomas inflamatórios: dor, edema [inchaço], calor e vermelhidão na região. O diagnóstico é feito por meio do exame físico detalhado, associado a algum teste de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética.

E os tratamentos disponíveis?

Pode ser feito, em curto prazo, com a utilização de medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios. Lembrando sempre que é necessário diagnosticar a doença de base e tratá-la. Podem ser recomendados tratamentos como fisioterapia, na tentativa de melhorar o processo inflamatório e fortalecer os tendões inflamados, e alguns tipos de infiltrações, a depender da patologia de base. Nos casos em que há ruptura dos tendões do manguito rotador, pode ser necessário o tratamento cirúrgico.

É possível evitar a bursite?

Sim, com o fortalecimento da musculatura ao redor dessa bolsa e hábitos saudáveis, como manter uma boa alimentação, ter noites de sono reparadoras e praticar atividades físicas. Essas são as melhores formas de tratamento e prevenção da bursite.


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