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Diagnóstico precoce

Foto: jarun011 / 123RF

Novembro é o mês de conscientização e combate ao câncer de próstata. Trata-se de um dos tipos de tumores mais prevalentes na população mundial. Estima-se que, todos os anos, cerca de 1,3 milhão de homens morram em decorrência desse mal em todo o planeta. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), anualmente, 66 mil novos casos surgem apenas no Brasil.

Integrante do sistema reprodutor masculino, a próstata é uma glândula que se localiza abaixo da bexiga, cuja principal função é produzir o esperma, juntamente com as vesículas seminais. Na fase inicial, o câncer de próstata é tratável, porém não apresenta sintomas – por isso, o diagnóstico precoce é importante. Em 95% dos casos, quando os sintomas surgem, a doença já está em fase avançada. São eles: dor nos ossos e ao urinar, micção frequente e presença de sangue na urina e no sêmen. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 50 anos devem ir ao urologista realizar o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, e o exame de sangue antígeno prostático específico, conhecido pela sigla PSA. A indicação do tratamento varia de acordo com o estado de saúde do paciente, e o estágio da doença. (Élidi Miranda, com informações de Ministério da Saúde)


Informações importantes

Foto: Divulgação / ANVISA

Está entrando em vigor no Brasil um novo sistema de rotulagem de alimentos, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde outubro, produtos fabricados em território nacional devem exibir, na parte frontal do rótulo, um selo, com o desenho de uma lupa, informando a presença de altos teores de açúcar, sódio e gordura. O selo deve estar presente caso o produto tenha, a cada porção de 100g, quantidade de açúcares adicionados maior ou igual a 15g, sódio maior ou igual a 600mg e gordura saturada maior ou igual a 6g.

O principal objetivo da mudança é conscientizar os consumidores a ficarem atentos e, assim, evitarem ingerir esses componentes em excesso. O consumo exagerado deles está relacionado ao aumento do número de casos de obesidade e de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, para uma dieta de 2.000kcal, a ingestão de, no máximo, 50g de açúcares diariamente – ou dez colheres de chá. No caso do sódio, a recomendação é de até 2.000mg/dia, o que equivale a até 5g de sal. Para as gorduras totais, o consumo diário deve ser inferior a 30% do valor energético total (VET) do produto. (Élidi Miranda, com informações de LF&Cia Comunicação)


Sintoma doloroso

Foto: Divulgação

Cinco minutos com o Dr. Rodrigo Bruno Biagioni

Por Élidi Miranda

A claudicação intermitente é um sinal de problemas vasculares. Trata-se de uma dor que se concentra nas pernas, principalmente nas panturrilhas, e acontece quando a pessoa caminha. Nesta entrevista, o Dr. Rodrigo Bruno Biagioni, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular na regional São Paulo (SBACV-SP), esclarece alguns aspectos dessa condição.

Quais são as principais causas de claudicação intermitente?

Ela é resultante do entupimento na circulação das pernas, o qual limita a quantidade de sangue que chegará aos músculos. Esse entupimento é decorrente da deposição de colesterol na parede das artérias, ocasionando o fechamento desses vasos com o tempo. Chamamos esse processo de aterosclerose.

Existem fatores de risco para o desenvolvimento da claudicação intermitente? Quais são eles?

Sim, são eles: sexo masculino, idade, tabagismo, diabetes, obesidade, sedentarismo e colesterol aumentado.

Como é feito o diagnóstico?

Por meio de uma consulta ao médico vascular e uma avaliação física. Nesse exame, poderá ser identificado que o paciente não possui pulsos nos pés, os quais estarão mais gelados, e que há poucos pelos nos membros acometidos. Após isso, outros métodos poderão ser usados para confirmação, como o índice tornozelo-braço, que consiste em medir a pressão da perna para saber a quantidade de sangue que irriga os membros.

Especialmente quando temos a intenção de operar, usamos os exames de ultrassom doppler e angiotomografia. Com eles, conseguimos saber onde a artéria entope e traçar estratégias para resolver o problema.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Inicialmente, tratamos a claudicação com medicamentos e com o que chamamos de “marcha programada”. Os pacientes são orientados a fazer caminhadas com certa distância, com objetivo de aumentar a circulação da perna por meio da formação de uma rede de artérias secundárias que melhoram a circulação no pé aos poucos. Se esse tratamento falhar ou, em casos mais graves, os pacientes apresentarem dor em repouso ou já possuírem feridas, indicamos a cirurgia para restabelecer a circulação. A operação pode ser endovascular ou aberta. Endovascular é aquela que realizamos por cateterismo, a fim de abrir a circulação por balões e estentes. No caso da cirurgia aberta, usamos pontes de safena ou próteses artificiais para fazer pontes ultrapassando a área entupida da artéria.

É possível evitar o problema? Que medidas podem ser adotadas?

Sim, evitando os fatores de risco, controlando a pressão, o diabetes e o colesterol, com o acompanhamento de um médico clínico. Ademais, pacientes fumantes são encorajados a parar de fumar. A atividade física também é um fator primordial nessa prevenção. Além de ajudar a manter o peso, os exercícios auxiliam no controle de doenças e na melhora da circulação a longo prazo.


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