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Pregação proibida

Foto: Missão Portas Abertas

Inúmeros líderes cristãos estão sendo perseguidos por pregar o Evangelho na Índia, nação asiática de 1,3 bilhão de habitantes, majoritariamente hindu. Recentemente, um pastor e sua mulher foram presos sob a acusação de forçar pessoas a se converterem à fé cristã, o que é crime no estado de Karnantaka, no Sudeste daquele país. O Pr. Kuryichan (foto), 62 anos, e sua esposa, Salenamma, 57, foram acusados por um grupo de extremistas hindus de obrigar os empregados das fazendas de café da região a abraçar o Evangelho. Levados à delegacia do vilarejo de Kutta, o casal foi indiciado com base na Seção 295 do Código Penal Indiano, a qual veda atos deliberados e maliciosos com intenção de ofender os sentimentos religiosos, insultar a religião de outrem ou suas crenças.

A perseguição aos cristãos na Índia tem se intensificado à medida que nacionalistas hindus pressionam os governantes a livrar o país da influência de qualquer outra crença religiosa diferente do hinduísmo. Vários estados indianos contam agora com leis que proíbem terminantemente a pregação da Palavra. Algumas chegam a prever penas de três a cinco anos de prisão para quem converter um hindu a outra religião. A punição pode chegar a dez anos de detenção se o convertido for mulher, criança ou pertencer às castas mais baixas da sociedade indiana. (Élidi Miranda, com informações de Indian Express Limited)


Assassinato cruel

Foto: Reprodução / Morning Star News

Uma jovem cristã foi assassinada em uma instituição de ensino superior da Nigéria, nação da África Ocidental de 225 milhões de habitantes. Deborah Emmanuel Yakubu (foto) estudava na Universidade Shehu Shagari, em Sokoto, no Norte do país, e era a líder da fraternidade cristã da instituição. Seus problemas começaram depois que ela postou comentários religiosos em um grupo de WhatsApp, os quais teriam desagradado a alunos muçulmanos. Segundo alguns relatos, ela teria louvado a Jesus pela nota que recebera em uma das provas.

O que se seguiu foram atos de selvageria: tirada à força de seu alojamento por um grupo de muçulmanos, a estudante foi espancada, apedrejada até a morte e teve o corpo queimado. Toda a ação foi filmada e o vídeo circulou nas redes sociais. Na filmagem, é possível ouvir os assassinos gritando Allahu Akbar (Alá é grande). Somente duas pessoas envolvidas no crime haviam sido presas até o fechamento desta edição. (Élidi Miranda, com informações de Faithwire)


Retaliação imediata

Foto: Moming Star News

Uganda é um país da África Oriental de 46 milhões de habitantes onde cristãos e muçulmanos conviviam pacificamente. Contudo, esse cenário tem mudado nos últimos anos. Episódios de violência de islamitas contra os cristãos se multiplicam às dezenas todos os meses. Um caso recente foi registrado no vilarejo Malakachomo, no distrito de Kibuku, no Leste ugandense. A esposa do xeque Musyoya Anasi estava doente havia dois anos. Quando o Pr. Wilberforce Naaya soube da notícia, seguiu até a casa do líder islâmico acompanhado de um grupo de obreiros de sua igreja e se ofereceu para orar por ela. A mulher tinha uma dor aguda na garganta, por isso não conseguia comer alimentos sólidos. Após a oração, a esposa do xeque ficou instantaneamente curada e logo quis se alimentar. Diante do milagre, o casal entregou a vida a Cristo.

Contudo, ao saberem do ocorrido, os vizinhos muçulmanos ficaram contrariados. Um bando foi até a igreja do Pr. Naaya e, em questão de poucos minutos, demoliu e queimou o templo (foto) e a casa pastoral. Eles estavam carregando facões e pedaços de pau, e marcharam cantando ‘Allahu Akbar! Allahu Akbar!’ [Alá é grande]. Saímos rapidamente do templo porque sabíamos que corríamos perigo e ligamos para a polícia”, contou o pregador. Já fora da igreja, avistamos fumaça. Uma hora depois, a polícia chegou ao local, mas a estrutura do templo já estava queimada, relata o líder, assinalando que alguns agressores foram presos e levados para a delegacia. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News e Folha Gospel)


Maiores vítimas

Foto: SV / Wikipedia

A migração forçada é um dos principais problemas humanitários da atualidade: mais de 100 milhões de pessoas se encontram nessa situação, de acordo com relatório divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU). Uma das razões que obrigam muitos a abandonar suas respectivas casas e propriedades, fugindo para outras regiões ou outros países, é a intolerância religiosa. Segundo a ONU, os cristãos são as maiores vítimas de violência motivada por questões de crença.

Países, como Afeganistão (foto), Burkina Faso, Etiópia, Mianmar, Nigéria, República Democrática do Congo e Ucrânia, estão entre os que mais produzem refugiados na atualidade. Com exceção da Ucrânia, todas as nações citadas figuram na Lista Mundial da Perseguição 2022 – ranking divulgado anualmente pela Missão Portas Abertas – que elenca os 50 países onde é mais difícil viver como cristão. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)


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