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Teologia
10/03/2023
Igreja
30/03/2023
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Panorama global

Foto: Thomas Evans / Unsplash

A Coreia do Norte (foto), nação asiática de 26 milhões de habitantes, é o pior lugar do mundo para um cristão viver, de acordo com a Lista Mundial da Perseguição (LMP) de 2023, elaborada pela Missão Portas Abertas. O ranking dos 50 países nos quais é mais arriscado e difícil ser um seguidor de Jesus foi divulgado recentemente, com base em dados coletados em 2022.

Na edição anterior, o Afeganistão ocupou o primeiro lugar em decorrência da perseguição aos cristãos após a saída repentina das tropas norte-americanas do território afegão, em 2021. No entanto, os episódios de violência diminuíram ao longo do ano seguinte, pois boa parte desses servos do Senhor fugiram do país.

Segundo a LMP, a Ásia é o continente mais perigoso para os que professam a fé cristã: dois em cada cinco crentes em Jesus sofrem algum tipo de opressão, principalmente devido ao extremismo islâmico. Na África, onde esse mesmo radicalismo vem ganhando força nos últimos anos, um em cada cinco cristãos pode ser vítima de alguma forma de intolerância.

A perseguição aos seguidores de Jesus também ocorre na América Latina, onde quatro países figuram na LMP de 2023: Colômbia (22ª posição), Cuba (27ª), México (38ª), e a estreante Nicarágua, ocupando o 50º lugar. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)


Nova lei

Foto: Wikimedia

O Paquistão, país asiático de 243 milhões de habitantes, está prestes a aprovar uma lei que tornará ainda mais severa a punição aos que cometerem crimes de blasfêmia. Os parlamentares (foto) pretendem alterar o Código Penal, transformando qualquer tipo de ofensa ao profeta do islã, Maomé, e a seus familiares, em crime inafiançável, com pena de, no mínimo, dez anos de prisão. Hoje, existe possibilidade de pagamento de fiança, e a pena não passa de três anos.

O problema, entretanto, é que a atual legislação já vem sendo amplamente utilizada contra minorias religiosas não islâmicas, principalmente em desfavor dos cristãos. Estes são falsamente acusados por desafetos e sofrem as penalidades da lei. Recentemente, uma mulher que trabalhava em um órgão de aviação do país gravou as ameaças recebidas de seu superior. O homem exigia que ela cometesse um ato ilícito e, caso se recusasse, seria acusada de blasfemar contra o profeta. O episódio foi parar na Justiça. A Comissão de Direitos Humanos do Paquistão expressou profunda preocupação com a proposta de lei, uma vez que casos como o da funcionária têm se repetido em todo o país. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)


Ataque com ácido

Foto: Morning Star News

Um pastor ficou quase cego, depois de sofrer uma emboscada em Kampala, capital de Uganda, país da África Oriental de 46 milhões de habitantes. Frank Mutabaazi (foto) havia pregado em uma igreja na cidade e se preparava para viajar por cinco horas a fim de voltar para casa, em Mbarara, quando foi abordado por um homem que lhe pediu carona. Porém, antes que chegassem ao destino, o estranho quis descer do veículo. Ao parar o carro, o pregador foi atacado por três homens que lançaram sobre ele um spray de ácido. Mutabaazi, que já vinha sofrendo ameaças, perdeu os sentidos durante o ataque e acordou horas depois, em um hospital, com queimaduras graves nos olhos, na boca e nos ombros.

Uganda é um país majoritariamente cristão – 84% da população se divide entre católicos e protestantes –, onde há liberdade de culto e de pregação. Contudo, investidas violentas perpetradas pela minoria islâmica (12%) têm sido cada vez mais comuns. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)


Pregando no deserto

Foto: Garrondo / Wikimedia

Os tuaregues (foto ilustrativa) são uma etnia que vive no deserto do Saara, no Norte da África, em países como a Argélia, o Mali, o Níger, a Líbia e o Burkina Faso. São, em sua maioria, agricultores e pastores seminômades e quase todos professam o islamismo como religião. Mas Brahim, um ex-muçulmano tuaregue (que se identifica apenas por esse nome por questões de segurança), está disposto a mudar essa realidade. Convertido a Cristo quando estava preso, em 2017, assim que deixou a cadeia, no ano seguinte, decidiu se tornar um evangelista entre os tuaregues de seu país, o Níger, nação de 24 milhões de habitantes. Hoje, em companhia de dois familiares que também se converteram ao Evangelho, ele viaja centenas de quilômetros pelo deserto pregando a Palavra.

Em cada comunidade, os servos do Senhor procuram alguém que seja um homem de paz e anunciam as Boas-Novas a essa pessoa. Quando o escolhido entende a mensagem, eles o deixam encarregado de transmiti-la aos outros membros da aldeia, informando-lhe que retornarão posteriormente para dar mais explicações aos que estiverem interessados na fé cristã.

Ao retornarem, Brahim e seus companheiros reúnem aqueles que desejam ouvi-los, contam histórias bíblicas e respondem a perguntas. Desse modo, o trio já fundou 27 igrejas tuaregues desde o início do trabalho, em 2018. No Níger, 11% da população é formada por essa etnia, o equivalente a 2,6 milhões de pessoas. O desejo dos evangelizadores é alcançar todos os tuaregues, sem exceção, até 2025. Custe o que custar. Meu objetivo é chegar a 100% das pessoas, não apenas algumas, informou. (Élidi Miranda, com informações de The Voice of Martyrs)


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