Minha Resposta | Revista Graça/Show da Fé
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A Bíblia Sagrada relata que todos os pecados são perdoados, menos a blasfêmia contra o Espírito Santo. Se uma pessoa tiver aceitado Jesus Cristo, mas, antes, blasfemado, em que situação ela fica? Há perdão?

T. I. U., via internet

R.: A passagem bíblica a que você alude é Marcos 3.20-30. Ao analisá-la, percebe-se que aquilo que o Senhor Jesus chama de blasfêmia contra o Espírito Santo é, consciente e deliberadamente, atribuir ao demônio uma ação que a pessoa sabe, no íntimo, ser feita por Deus ou Cristo. Os escribas e fariseus agiam assim porque não aceitavam que o Messias fosse alguém simples, humilde e acessível a pessoas comuns, como era Jesus. Entretanto, no fundo, tinham consciência de que Ele viera do Altíssimo, segundo confessou o fariseu Nicodemos (Jo 3.1,2). O orgulho e a inveja cegavam aqueles doutores da lei. Isso fica evidente nos argumentos que usavam para explicar o inegável poder do Mestre. Diziam que a autoridade dEle vinha de Belzebu! O Senhor destruiu esse raciocínio e expôs seus acusadores ao ridículo, diante da multidão. Portanto, não se tratava de um engano, um equívoco, ou de uma crença meramente errada, e sim de acusar com intenção o Salvador de ser agente do diabo. Aí está a blasfêmia contra o Espírito Santo. Agora, esse pecado só é possível para aqueles que têm plenas condições de saber a Verdade sobre Jesus, mas, por orgulho, recusam-na. Ora, quem age assim jamais irá se converter depois, como está em sua pergunta, de sorte que, se alguém vem para o Senhor Jesus, arrependido de seus pecados, querendo a salvação, será aceito pelo Altíssimo e feito Seu filho (Jo 1.12). Todas as suas obras antigas são lavadas no sangue do Cordeiro, e essa pessoa passa a ser nova criatura (2 Co 5.17). Cuidado com o acusador dos irmãos! Quem de fato comete o pecado sem perdão, na verdade, nunca se importará com isso nem se sentirá incomodado, até o Dia do Juízo Final (Mc 3.29,30).


O idioma internacional esperanto, falado em 120 países, é muito difundido em nações, como Japão, Rússia, Polônia, Irã e China. Missionário, em sua opinião, essa língua poderia ser utilizada para evangelizar?

A. T. A., sem identificação da cidade

R.: Essa e qualquer outra língua, pois as Escrituras afirmam que os salvos em Cristo são provenientes de toda tribo, língua, povo e nação da Terra (Ap 5.9). Entretanto, o “idioma” mais eficaz na evangelização é o testemunho de vida, isto é, a fascinante transformação que o nascido de novo experimenta e que não consegue ser ignorada pelos que o conhecem (Mc 5.1-20). Mostrar o alcance do poder de Deus em nossa vida é infinitamente melhor do que somente falar do Evangelho. Essa é a razão pela qual o Senhor Jesus capacitou Seus discípulos a fazer as mesmas obras (e até maiores) que Ele (Jo 14.12). Naturalmente, além da conduta pessoal irrepreensível e das maravilhas operadas pelo poder do Nome de Jesus, expor a Palavra é de suma importância, usando-se, para isso, todos os recursos disponíveis, inclusive o conhecimento do maior número de idiomas possível, a fim de dar cabo da missão mais nobre que o ser humano recebeu (Mc 16.15-18).


Gostaria de saber se um casal evangélico legalmente casado perante a lei dos homens, mas não unido em uma igreja, está vivendo em pecado?

O. P. V., via internet

R.: Não. As leis que regem o casamento no Brasil fazem parte do ordenamento jurídico do país. É o magistrado civil quem o realiza (ou autoriza, de modo específico, um pastor a fazê-lo). A cerimônia religiosa, contudo, não deve ser desprezada, pois se trata da invocação da bênção de Deus para o novo lar, da consagração solene dos votos matrimoniais, diante da fiel Testemunha e do Idealizador do casamento (Mt 19.4-6). Infelizmente, há casais que não a realizam por não poderem arcar com as despesas de uma festa, mas uma coisa não tem ligação com a outra. Já houve vários casos em nossa Igreja em que casais participaram da consagração das alianças e dos votos, recebendo a bênção divina, em cultos normais. Até porque, a cerimônia de casamento que agrada ao Senhor é aquela em que Ele é o convidado de honra, o personagem principal, e não os noivos.


Foto: Arquivo Graça / Marcelo Nejm

Em Levítico 20.18, está escrito: E, quando um homem se deitar com uma mulher que tem a sua enfermidade e descobrir a sua nudez, descobrindo a sua fonte, e ela descobrir a fonte de seu sangue, ambos serão extirpados do meio do seu povo. Minha esposa sofreu uma lesão na medula espinhal e está sem os movimentos da cintura para baixo. Sendo assim, de acordo com o texto bíblico, não posso me relacionar intimamente com ela. Devo seguir esse versículo à risca, Missionário?

A. G. F., sem identificação da cidade

R.: Esse versículo, assim como outros em Levítico, trata do período menstrual da mulher. No original hebraico, a palavra que nele foi, eufemisticamente, traduzida como enfermidade é imundícia ou impureza. Em Levítico 15 e 18, o Texto Sagrado ensina que, nos dias de seu fluxo de sangue, a mulher ficava impura e tornava impuros todos os objetos em que tocasse. Nesses capítulos, há instruções detalhadas para a purificação do casal que, inadvertidamente, tenha tido relação sexual logo no início da menstruação da mulher. Já no capítulo 20, a questão é o pecado deliberado, punido com rigor por ser claro desprezo à lei divina. O sangue, no Antigo Testamento, era o elemento mais sagrado que existia, porque se dava a expiação dos pecados por meio dele, antes da morte e ressurreição do Senhor Jesus (Hb 9.13,14). No seu caso, a questão é muito diferente. Não apenas por vivermos na Nova Aliança em Cristo, mas também pela situação ser sobre uma enfermidade real, a qual precisa ser enfrentada com a autoridade do Nome do Senhor Jesus, pois Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). Recomendo aos irmãos o estudo imediato desse tema. Isso lhes trará restabelecimento da saúde, tanto física quanto espiritual. No site da Graça Editorial, vocês encontrarão diversas obras acerca do nosso direito à cura; iniciem pelo meu livro Como tomar posse da bênção.


Missionário, gosto de uma pessoa, porém tenho dúvidas dos sentimentos dele a meu respeito. Ele tem dois filhos, frutos de relacionamentos da época em que não era cristão. Quando penso que as coisas vão acontecer entre nós, ocorre algo que nos afasta. Devo continuar orando por ele ou preciso esquecê-lo?

C. D. S., via internet

R.: Sua pergunta indica que a irmã espera uma resposta do tipo “revelação de Deus”, algo que, além de ser dispensável, nesse caso, é perigoso. A Bíblia é o meio que o Senhor usa hoje para falar conosco. É ela que nos faz sábios, também nos instrui e nos corrige na justiça de tal modo que sejamos habilitados para toda boa obra (2 Tm 3.14-17). Deus falou aos antigos de várias maneiras, usando, inclusive profetas. No entanto, em nosso tempo, o meio principal é falar conosco por intermédio do Filho, o Verbo, a Palavra encarnada (Hb 1.1,2; Jo 1.1-14). Se a irmã se dedicar à oração, pedindo direção ao Senhor sobre o sentimento que tem por esse homem e aplicar-se à leitura atenta das Escrituras, com o coração aberto, o Pai celeste lhe dará a resposta certa (Pv 14.12; 16.1,9).


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