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Arte sobre foto de Daniel Schaffer / Unsplash

Gerando frutos

A juventude da IIGD é engajada na obra e quer usar seus talentos para o crescimento do Reino de Deus

Por Patrícia Scott

Realizar eventos se tornou inviável desde o início da pandemia. Porém, antes que o mundo fosse assolado pelo novo coronavírus, os grandes ajuntamentos promovidos pelo Missionário R. R. Soares eram capazes de reunir centenas de milhares de pessoas, entre elas muitos jovens. Quem acompanha essas programações percebe o aumento desse público. Foi assim, por exemplo, na celebração dos 40 anos da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), na enseada de Botafogo, em fevereiro. Não fosse a atual enfermidade endêmica, a comemoração do Ano da Unção Dobrada teria se estendido a outros estados, e o cenário seria o mesmo: a nova geração adorando Jesus com alegria e fé na companhia de seus inseparáveis smartphones.

Pr. Israel Capinam: “Foi criada uma identidade, usamos a mesma linguagem, e isso atrai os jovens. Fizemos bastante uso das redes sociais para evangelização, devido ao alcance que têm entre eles”
Foto: Arquivo pessoal

Apesar de não haver estatísticas e números oficiais, é possível perceber a presença crescente dela nas igrejas, servindo ao Senhor, atuando com a disposição e o dinamismo que lhe são característicos. É o que pensa o Pr. Israel Capinam, líder estadual dos Jovens Que Vencem (JQV) na Bahia. Segundo ele, a Igreja da Graça está atenta a esse movimento e tem trabalhado a fim de alcançar esse grupo com a mensagem do Evangelho e fortalecê-lo na Palavra. De acordo com Capinam, em julho de 2019, houve uma unificação dos ministérios da IIGD voltados para essa faixa etária em todo o Brasil. “Foi criada uma identidade, usamos a mesma linguagem, e isso atrai os jovens. Fizemos bastante uso das redes sociais para evangelização, devido ao alcance que têm entre eles.” O pastor frisa que a liderança os impulsiona a agir no ministério, só que sem deixar de lado os estudos e o foco profissional. “Eles são a maior força para o avanço das Boas-Novas. Os jovens têm energia, ousadia e garra”, enumera o líder. “Preparamos cada um para enfrentar desafios, inclusive os ministeriais.”

Filipe Valente de Morais Santos, 26 anos, está entre eles. Ministro de louvor na sede estadual da IIGD em Porto Velho (RO), ele conheceu a Igreja na infância, quando sua família começou a frequentar os cultos. Hoje, não conta mais com a companhia de seus queridos nas reuniões. “Meus pais se afastaram da fé, mas continuo crendo como Josué: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”, declara o rapaz, citando Josué 24.15b.

Filipe Valente de Morais Santos, ministro de louvor na sede estadual da IIGD em Porto Velho (RO): “Senti a responsabilidade do meu chamado”
Foto: Arquivo pessoal

Firme nas promessas bíblicas, ele serve ao ministério com bastante seriedade. “Certa vez, recebi uma carta anônima de uma mãe, pedindo oração para o filho”, conta. No texto, a mulher relatava que, quando o via no altar, louvando, era como se visse o filho dela e que podia perceber a ação de Deus na vida de Filipe. “Senti a responsabilidade do meu chamado”, revela o irmão em Cristo, o qual tem visto a bênção do Altíssimo igualmente no campo profissional. Atualmente, trabalha em um centro de equoterapia como terapeuta e equitador e, nas horas livres, atua como adestrador de cães. “Tem sido incrível esse aprendizado”, atesta, ao referir-se à Psicologia Comparada (ou animal). Em razão disso, quer retornar à universidade, concluir a graduação de Biologia e se especializar em Comportamento Animal.

Ajuda do Alto – Filipe faz parte de um restrito grupo que tem conquistado um lugar no mercado de trabalho em nossa nação. Conforme explicita o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 24% dos cidadãos do país (50,4 milhões de pessoas) têm entre 15 e 29 anos, e o quadro socioeconômico lhes é pouco favorável. De acordo com o IBGE, 12% da população geral está desempregada, e, entre os mais novos, o índice mais que dobra. Há ainda aqueles conhecidos pejorativamente como os “nem-nem” porque não estudam nem trabalham. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE (mais conhecida pela sigla PNAD) apontou que 23% dos jovens de 15 a 29 anos – 11 milhões – estão nessa condição.

Júlia Silva Gonçalves, integrante do louvor da Igreja da Graça no bairro Iguaçu, em Ipatinga (MG): “Desejo crescer no ministério para alcançar mais almas e levá-las a conhecer a Deus”
Foto: Arquivo pessoal

Mesmo diante desses levantamentos desanimadores, a juventude da IIGD ousa sonhar com um futuro feliz, contando com a ajuda do Alto. Ademais, mais do que a expectativa de ter uma profissão e sucesso na carreira, cada um mantém os olhos focados no Reino que não é deste mundo (Jo 18.36), como Júlia Silva Gonçalves, 18 anos. Ela é integrante do louvor da Igreja da Graça no bairro Iguaçu, em Ipatinga (MG) e estuda Medicina Veterinária. Sua meta é concluir a faculdade e abrir uma clínica. “Mas, acima de tudo, desejo crescer no ministério para alcançar mais almas e levá-las a conhecer a Deus, que nos ama incondicionalmente”, salienta a universitária, que foi à Igreja, pela primeira vez, no colo dos pais, ainda bebê, e lá permanece.

“Projeto do Pai” – A estudante de Engenharia Elétrica Naiele Lyra da Conceição, 20 anos, assídua na IIGD desde a infância, foi conduzida pela mãe, que assistia às pregações do Missionário Soares no programa Show da Fé. No momento, ela lidera o pré-jovens e compõe o louvor da Igreja na Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ). “Estou à disposição para cooperar na obra de acordo com a necessidade”, declara. Ela se alegra em congregar e valoriza a oportunidade de servir ao Redentor junto a uma comunidade cristã. “A Igreja é um ambiente de crescimento em todas as áreas da vida.”

A estudante de Engenharia Elétrica Naiele Lyra da Conceição: “Estou à disposição para cooperar na obra de acordo com a necessidade”
Foto: Arquivo pessoal

Lucas Caetano Soares de Oliveira, 19 anos faz coro com Naiele: “A Igreja representa a minha casa. É o local onde cresci em todos os sentidos”, assegura o baterista e líder da juventude da IIGD em Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro. Em 2018, ele teve uma experiência marcante durante um retiro da Igreja realizado no período do Carnaval. “Tive um despertamento espiritual. Uma mudança de mente”, testemunha. Preparando-se para ingressar no curso técnico de Enfermagem, ele aspira mais do que uma ocupação. “Quero viver o projeto do Pai para mim e, a partir da minha profissão, contribuir para o Reino dEle.”

Lucas Caetano Soares de Oliveira, baterista e líder da juventude da IIGD em Gardênia Azul, na zona oeste carioca: “A Igreja representa a minha casa. É o local onde cresci em todos os sentidos”
Foto: Arquivo pessoal

Igualmente concentrada em sua carreira e na seara do Mestre, Isabella Patrícia de Oliveira, 22 anos, a qual cursa Psicologia, é obreira na sede regional da IIDG em Divinópolis (MG). Mesmo com pouca idade, ela acumula experiências de fé em sua caminhada com o Senhor e destaca uma em especial: a cura de um problema de visão. O milagre sucedeu durante uma campanha de oração. “Usava óculos e, no culto de libertação, em concordância com o pastor, determinei a minha cura, em Nome de Jesus. Cheguei à Igreja sem enxergar bem e, após o clamor, vi tudo nitidamente”, afirma.

Isabella Oliveira: “Usava óculos e, no culto de libertação, em concordância com o pastor, determinei a minha cura, em Nome de Jesus. Cheguei à Igreja sem enxergar bem e, após o clamor, vi tudo nitidamente”
Foto: Arquivo pessoal

“Fé em ação” – Aos 21 anos, o obreiro Patrick Leonardo dos Santos Champoudry, pensa em servir ao Todo-Poderoso dentro e fora da Igreja. “Pretendo ser oficial do Corpo de Bombeiros, para salvar, resgatar e proteger o meu semelhante, e ainda cursar Direito”, confidencia o rapaz, membro da IIGD em Cabuçu, em Nova Iguaçu (RJ), município da Baixada Fluminense. Por acreditar que a casa de Deus funciona como um hospital para os necessitados, ele se dedica com alegria e afinco ao serviço dela. “As pessoas chegam doentes no físico e com dores na alma e são curadas para a glória de Deus, porque colocam a fé em ação.”

O obreiro Patrick Leonardo dos Santos Champoudry: “Pretendo ser oficial do Corpo de Bombeiros, para salvar, resgatar e proteger o meu semelhante, e ainda cursar Direito”
Foto: Arquivo pessoal

William Silva Pessanha, 21 anos, expressa visão semelhante à de Patrick. Certa vez, ele estava na Igreja, e, de repente, iniciou-se um tiroteio nas proximidades. Em seguida, uma pessoa entrou correndo no templo, pedindo socorro para um rapaz que havia sido baleado. “Fui até o local, falei de Jesus para ele e orei”, disse ele, enquanto era aguardado o atendimento médico. “Poder transmitir o amor do Senhor para alguém naquelas condições foi impactante”, relata William, ministro auxiliar na IIGD no Centro de Nova Iguaçu (RJ).

William Silva Pessanha, ministro auxiliar na IIGD no Centro de Nova Iguaçu (RJ): “Minha mãe é obreira. Sou grato a Jesus por pertencer a esse ministério, que prega a Verdade”
Foto: Arquivo pessoal

William também está no Evangelho desde pequeno, o que o faz sentir um profundo amor pelo espaço onde cultua o seu Salvador. “Minha mãe é obreira. Sou grato a Jesus por pertencer a esse ministério, que prega a Verdade”, destaca. Ele assinala que seu objetivo maior é servir ao Libertador. “Concluí o curso técnico em Mecânica Industrial, mas optei por me dedicar totalmente ao ministério. Quero ser pastor e ganhar várias vidas para Cristo.” 

Quando a Igreja Internacional da Graça de Deus dava seus primeiros passos na pregação da Palavra, há quatro décadas, William e os demais jovens citados nesta reportagem estavam longe de nascer. Contudo, seus pais e outros familiares foram alcançados por esse ministério e se encarregaram de influenciá-los a caminhar com o Senhor. Essa juventude dedicada seguirá espalhando as sementes das Boas Notícias a fim de as gerações vindouras serem abraçadas pela mensagem de Cristo. 


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