Novela da Vida Real | Revista Graça/Show da Fé
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A Profª Natália Pinheiro Kirka, em sua nova residência. Ela passou por uma cirurgia para retirada de grande volume de secreção e um nódulo no abdome
Fotos: Arquivo pessoal

“Plenamente feliz”

Após uma sequência de internações e cirurgias, patrocinadora tem recuperação surpreendente e realiza o sonho de comprar um imóvel

Por Evandro Teixeira

A Profª Natália Pinheiro Kirka, 62 anos, não quer saber de aposentadoria. Todos os dias, acorda bem cedo e nunca se atrasa para o trabalho. Sempre bem-disposta, frequenta os cultos na sede estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no centro da capital paulista (SP). Entretanto, esse vigor atual em nada lembra o de meses de hospitalização, em 2019.

Os problemas começaram no início daquele ano, quando passou a sentir calafrios constantes. A professora procurou um médico, mas ele não solicitou exames, apenas lhe recomendou um pouco mais de descanso. Sem qualquer diagnóstico, aquela estranha série de calafrios continuou até agosto de 2019, quando a docente sofreu uma queda em casa. Por não conseguir se levantar sozinha, teve de esperar o irmão, o segurança João César Pinheiro Kirka, 60 anos, chegar do trabalho.

Levada ao hospital, Natália Kirka foi rapidamente conduzida para a UTI. Seria o início de uma sequência de episódios que colocariam a fé dela à prova. Logo, as pernas incharam, e ela não conseguia movimentá-las. Além disso, sentia dificuldade de engolir os alimentos. Por meio de exames de imagem, os médicos encontraram uma grave alteração no fígado, um grande volume de secreção e um nódulo no abdome. Por isso, a docente foi encaminhada imediatamente para a cirurgia, na qual foram retirados quase dois litros de secreção, além da massa encontrada na região do abdome, que ficou comprovado não ser cancerígena.

Natália, em uma de suas internações, no leito hospitalar
Foto: Arte sobre foto de arquivo pessoal com auxílio de IA

Antes de realizar o procedimento, Natália viveu momentos de sofrimento, sobretudo por causa da dificuldade para se alimentar. De acordo com a sua sobrinha, a microempresária Erivânia da Silva Kirka, 26 anos, o estado emocional e psicológico da professora sofreu mudanças, e ela apresentou um quadro de confusão mental no qual, por meio de gestos, pedia a morte. Quando voltou para a UTI, Natália percebeu que havia um aparelho de TV na sala e pediu para assistir ao Show da Fé. Assim, ela passou a acompanhar às mensagens do Missionário R. R. Soares diariamente, as quais acalentaram o seu coração.

Ao ser transferida para a enfermaria, as pernas de Natália foram desinchando gradativamente, e ela recebeu alta hospitalar. A docente seguiu então para a casa da sobrinha. Ainda sem conseguir andar normalmente, precisou do auxílio de um andador para fortalecer os membros inferiores.

A partir de então, a professora teve de lidar com as escaras (úlceras de pressão) – feridas que surgem em pessoas que ficam deitadas por longos períodos. Depois que se desenvolvem, podem levar dias, meses ou até anos para cicatrizar. Esse quadro ainda seria agravado por uma segunda internação, motivada por uma forte anemia, ocorrida pouco tempo depois da primeira alta médica.

As lesões na pele só pioravam, e, segundo os médicos, poderiam causar infecções graves. Isso porque haviam se tornado tão profundas que haveria a necessidade de enxertá-las por meio de cirurgia plástica. Mesmo diante de tantas lutas, Natália nunca desistiu de buscar a cura em Deus: orava sempre com o Missionário R. R. Soares, tomava a água consagrada e passava o líquido nos ferimentos. 

A professora, seu irmão, João César Pinheiro Kirka, e a sobrinha, Erivânia da Silva Kirka
Foto: Arte sobre foto de arquivo pessoal com auxílio de IA

Lutas e vitórias – Aos poucos, as feridas foram melhorando, e, em fevereiro de 2020, quando voltou ao hospital para realizar a cirurgia plástica, seu quadro era outro. Contrariando o prognóstico, o médico percebeu que o processo de cicatrização das escaras estava evoluindo de forma surpreendente. Por isso, durante o procedimento, não foi necessária a colocação de enxerto. Dois meses depois, a lesão, que inicialmente poderia levar anos para fechar, já estava cicatrizada. Assim, com o passar do tempo, Natália retomou suas atividades.

Ela conquistou também outra bênção: apesar de tantas batalhas, conseguiu comprar um imóvel. A professora, que vivia em uma casa antiga situada em uma rua muito movimentada, nutria, por tempos, o sonho de se mudar. Certo dia, ao passar em frente a um prédio, viu uma placa de venda. Embora tenha imaginado não ter condições de comprar o apartamento, resolveu, movida por curiosidade, procurar a proprietária a fim de saber os detalhes do local. O valor era muito alto, mas não o suficiente para abalar seu desejo de adquirir aquele imóvel.

Natália passou a orar pelo apartamento e foi direcionada pelo Senhor a assumir o compromisso de patrocinar a obra de Deus. Algum tempo depois, encontrou a dona do imóvel novamente e foi indagada por ela se ainda tinha interesse em fechar o negócio. Natália respondeu afirmativamente, mas admitiu que não tinha a quantia necessária.

Para a surpresa dela, a proprietária aceitou, como entrada, o valor que a professora tinha disponível, e o restante foi financiado. Solucionada a parte burocrática, ela se mudou para a residência nova e ainda ganhou alguns móveis da antiga moradora. Segundo Natália, essa conquista veio para reafirmar a sequência de vitórias que Deus lhe concedeu por misericórdia e graça. “Estou plenamente feliz, pois o Senhor me permitiu continuar vivendo!”


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