Medicina e Saúde | Revista Graça/Show da Fé
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Foto: Eddy Billard / Unsplash

Doença moderna

Dores constantes na região da coluna cervical e na cabeça. Esses são alguns dos sintomas de uma nova doença ortopédica que tem feito cada dia mais vítimas, o text neck. Em português, significa algo como pescoço de texto, uma alusão à inclinação da cabeça para frente, durante o uso, principalmente, de smartphones e computadores.

Em adultos, quando o pescoço está ereto, o peso da cabeça sobre a coluna cervical é de cerca de 5kg. Se há uma inclinação em torno de 45 graus para frente, o peso exercido sobre a coluna poderá ser de 22kg ou mais. A longo prazo, essa sobrecarga afeta ligamentos, tendões, músculos e vértebras, provocando dores e podendo até alterar a curvatura normal da coluna.

No início, o problema é praticamente imperceptível. Com o passar do tempo, porém, pode causar, além de dores no pescoço, incômodo nos ombros, na coluna lombar e nos braços. A fim de prevenir a enfermidade, é importante evitar a má postura, posicionando o dispositivo de forma a reduzir o estresse na cabeça, no pescoço e nos membros superiores; diminuir o tempo de exposição aos aparelhos digitais e praticar atividades físicas regularmente. (Élidi Miranda, com informações de Update Comunicação)

Foto: All Go / Unsplash

Vilã silenciosa

A hipertensão arterial (ou pressão alta) é a mais comum entre as doenças cardiovasculares. Pode levar a complicações, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) – mais conhecido como derrame – e insuficiência renal. É uma condição assintomática que pode surgir em qualquer época da vida, embora seja mais comum entre adultos e idosos.

O número de indivíduos com esse diagnóstico vem aumentando nas últimas décadas devido a diversos fatores, como maior expectativa de vida e o crescimento do número de pessoas obesas. Ademais, o sedentarismo e a ingestão de alimentos pouco saudáveis são fatores de risco para a elevação da pressão sanguínea.

Mesmo em fases muito avançadas, não é possível saber, por meio de qualquer sinal físico, se a pressão está elevada ou normal. É um erro comum achar que dor de cabeça, cansaço, sensação de peso nas pernas ou palpitações são sintomas de que a pressão está alta. Somente é possível obter essa informação por meio da aferição com aparelho próprio.

A hipertensão pode ser controlada pelo acompanhamento feito em consultas regulares com profissionais de saúde. A adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, redução do estresse e a prática de exercícios físicos, é igualmente essencial. (Élidi Miranda, com informações de BCW Brasil e MD.Saúde)

Mente magra

Foto: Divulgação

Cinco minutos com a Dra. Bruna Mariza

POR ÉLIDI MIRANDA

Comer não é só uma questão de sobrevivência: quem está acima do peso precisa repensar sua alimentação. É o que propõe a Dra. Bruna Mariza, endocrinologista e especialista em emagrecimento. Criadora do programa Os segredos da mente magra, ela fala, nesta entrevista, sobre os princípios do “comer racional”:

Em décadas passadas, as pessoas tinham silhuetas esbeltas e, geralmente, não faziam qualquer tipo de dieta. Hoje, existe a internet com milhares de informações acerca de nutrição, e os índices de obesidade só aumentam. O que mudou?

A modernidade trouxe a praticidade, em tudo. Por exemplo, antes da Era automobilística, caminhávamos mais. Hoje, consumimos alimentos processados, reprocessados, congelados, com acréscimo de conservantes e muito mais calóricos. Em décadas passadas, ao entrar em um supermercado, encontravam-se dois ou três tipos de biscoito recheado e alguns refrigerantes. Atualmente, há um corredor inteiro com grande variedade desses biscoitos, todo tipo de refrigerante, e tudo com preço acessível. Além disso, devido à correria do dia a dia, nós nos tornamos mais estressados, frustrados, ansiosos e depressivos, e acabamos descontando na comida. Em minha opinião, temos três fatores principais: comidas mais calóricas, menor gasto de energia para as atividades cotidianas e a busca de uma recompensa emocional na comida.

Quando o assunto é perda de peso, diz-se que basta “fechar a boca”. Isso é realmente eficaz?

Sim. A dieta faz efeito. Mas, até para fazer dieta, a pessoa precisa estar com a mente boa. É necessário entender os princípios e seguir com a dieta mais adequada para que seu processo de emagrecimento dê certo. Os três pilares para um emagrecimento saudável e duradouro são fundamentais para a perda e manutenção de peso. A mente vem em primeiro lugar, a dieta, em segundo, e o exercício físico, em terceiro.

O que é ter uma “mente magra”?

Em resumo, é preciso entender que o alimento é nutriente para o seu corpo e não apenas uma fonte de prazer imediato. Podemos fazer um exercício simples antes de comer qualquer coisa: em vez de pensar só naqueles segundos de prazer, pergunte-se: “Qual benefício esse alimento vai me trazer?”. Ter uma mente magra é olhar para o alimento como uma fonte de nutrientes para o corpo e não só como fonte de prazer. É buscar desvincular a alimentação da emoção. Esse alimento é bom ou ruim para mim? Ele me aproxima ou me afasta dos meus objetivos? Fazer esses exercícios mentais nos ajuda a ter uma alimentação mais consciente.

Isso seria o “comer racional”?

Sim. “Comer racional” é ter consciência do alimento que vou ingerir, entender o que ele fará no meu organismo. Se vou comer um brigadeiro, preciso saber das consequências que ele pode acarretar no meu emagrecimento. Comer racionalmente é praticar esse exercício consciente na hora de se alimentar.

Como é possível alcançar essa nova forma de pensar sobre a alimentação?

É possível, com uma reprogramação mental. Precisamos rever nossas crenças, todas as informações sobre alimentação que recebemos dos nossos pais quando éramos crianças e, assim, gravar novas informações, um novo comando, condicionando o nosso cérebro a pensar corretamente.

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