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Detecção precoce

Foto: Goodluz / Adobe Stock

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A próstata – glândula que integra o sistema reprodutivo masculino, localizada logo abaixo da bexiga – é responsável pela produção dos nutrientes e fluidos que constituem o sêmen. Pelo fato de a uretra passar pelo interior dela, alterações prostáticas podem criar dificuldades para urinar, uma queixa comum entre o público masculino com mais de 50 anos.

Ter o diagnóstico da doença o quanto antes é fundamental, pois, nos estágios iniciais, o câncer de próstata tem um alto percentual de cura, atingindo mais de 90% dos casos. Dessa forma, homens com ou sem sintomas devem procurar um urologista para avaliação a partir dos 45 anos, quando houver casos desse tipo de tumor na família, ou a partir dos 50, quando não existirem fatores de risco. Os exames de triagem mais comuns incluem a medição do antígeno prostático específico (PSA) no sangue; o exame retal digital, que permite ao médico avaliar o tamanho e a forma da próstata; a ultrassonografia, que identifica alterações na estrutura da glândula, e a fluxometria, a qual avalia a força e a quantidade do jato de urina. (Élidi Miranda, com informações de Biblioteca Virtual em Saúde e Instituto Nacional do Câncer – Inca)


Medidas essenciais

Foto: Andreaobzerova / Adobe Stock

Estima-se que quatro em cada dez pessoas terão um episódio de dor ciática ao longo da vida. Responsável pelos movimentos dos membros inferiores, o nervo ciático é o mais longo do corpo humano. Suas raízes partem da coluna lombar, passam pelo quadril, pelas pernas e vão até o dedão do pé. Por isso, geralmente, a dor é descrita como uma sensação que começa próximo ao quadril e irradia para as nádegas e pernas. O incômodo também pode vir acompanhado de formigamento, dormência ou ardência.

A dor ciática se deve à compressão das raízes nervosas pelos discos intervertebrais, quando eles estão desgastados. Essas estruturas cartilaginosas funcionam como amortecedores entre os ossos da coluna. No entanto, quando não estão íntegras, podem acarretar uma série de complicações, como a inflamação do ciático.

Manter o peso corporal adequado, praticar atividades físicas e não fumar são algumas das medidas essenciais para evitar o problema que, em geral, pode ser tratado com medicamentos e sessões de fisioterapia, porém casos mais avançados podem exigir intervenção cirúrgica. (Élidi Miranda, com informações de Agência Health)


Linguagem do coração

Foto: Divulgação

Cinco minutos com a psicóloga Nivia Ray

Por Élidi Miranda

Expressar-se de maneira eficaz e empática, promovendo a compreensão mútua, é a definição de comunicação não violenta (CNV), um método desenvolvido pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, na década de 1960, com foco na resolução de conflitos de forma pacífica. Nesta entrevista, a psicóloga Nivia Ray explica a importância de utilizar essa técnica diariamente em casa e no trabalho.

Quais são os benefícios e a importância da CNV nas relações pessoais e profissionais?

Ela nos possibilita resolver conflitos sem criar confrontos. O que normalmente ocorre nas interações sociais, sejam pessoais, sejam profissionais, é uma disputa na qual sempre um perde e o outro ganha, tornando-se um violento embate. Isso não significa ser agressivo fisicamente ou fazer uso de xingamentos. Somos violentos quando julgamos, criticamos e rotulamos; quando culpamos o outro pelo nosso desconforto, quando queremos diminuir a dor de alguém, ou não consideramos os sentimentos e as necessidades da outra pessoa. A interação proposta pela CNV é o ganha-ganha: somos estimulados a pensar em nós e nos outros de forma compassiva.

De que maneira se dá esse processo de comunicação não violenta?

Para que uma conversa não violenta aconteça, ela tem como grande premissa duas questões-chave: o que está vivo em mim e como posso tornar minha vida maravilhosa. Para isso, existem quatro passos a serem seguidos: 1)observar e analisar a situação, sem julgamentos, pois temos a tendência de distorcer os fatos de acordo com as nossas lentes. 2) nomear os sentimentos que estamos experimentando a partir daquela situação e validá-los. Tais sentimentos, aliás, podem ser classificados como confortáveis ou desconfortáveis. 3) entender quais são as minhas necessidades naquele momento. Observe que esses três pontos falam sobre o que está vivo em mim. 4) a comunicação em si, que não deve soar como uma ordem ou crítica. Isso é o que torna a nossa vida maravilhosa.

Como o autoconhecimento está relacionado à capacidade de se comunicar de forma não violenta?

Olhar para dentro de si é o primeiro passo para uma comunicação compassiva. Preciso ser capaz de saber o que está vivo em mim, o que estou sentindo e de que estou precisando. É um chamado para a autorresponsabilidade. 

Qual é a importância da empatia na CNV?

Comunicação não violenta é a linguagem do coração. Ter uma escuta empática é essencial para que ela aconteça, porque as pessoas querem ser vistas e ouvidas. Primeiro, olho para o que vive em mim (autoempatia). Depois, abro espaço para olhar o que vive no outro (empatia). Isso fala de intenção, conexão e presença.

De forma prática, como alguém pode melhorar a habilidade de se comunicar de forma não violenta?

Conectando-se com o que vive dentro de si – descobrindo os próprios sentimentos e as próprias necessidades –, sendo empático, isto é, olhar para as emoções e necessidades do outro; eliminando julgamentos, saindo de cena quando a raiva surgir e buscando criar um diálogo compassivo com as pessoas antes de responder às situações.


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